📚Capítulo 06✨

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Ele não pode morrer.

Assim que chamei a Samu, me aproximei dele e fiquei observando seu rosto perder a cor e sua boca ficar seca.

Ele já havia fechado os olhos quando, sua pele estava perdendo o calor e a cor que admirei à poucas horas atrás.

A Samu chegou e o levou, estou escondendo o máximo que posso para não desesperar Ye-jun novamente, ela estava parcialmente calma até agora pouco quando contei oque ele era comigo e oque fez, ela conseguiu se acalmar e como eu já temia.

-Oque aconteceu com o Min-jun? Por que tinha uma ambulância saindo daqui a pouco tempo?

-Ele teve alguns ferimentos, mas logo vai voltar.

Ele não teve "alguns ferimentos" ele teve grande parte de sua pele perfurada por cacos de vidros minúsculos e algumas partes do corpo roxas pelos murros.

Mas como eu vou explicar isso pra ela? Vou mata-la de preocupação se falar assim.

Já Do-yun teve pouco tempo de liberdade após sair da casa, ele correu em direção a polícia; burro ou imbecil?

Ambos.

A polícia o pegou e ainda vai negociar o tempo de cadeia dele, mas já estou mais tranquila.

Apesar de que ele vai sair de lá em breve e vai me perseguir e tentar me matar novamente? Acho que essa é uma probabilidade grande, mas lá eu descubro.

Estamos indo ao hospital ver como Min-jun está, Ye-jun ainda está abatida e acoada mas consegue ir até o irmão comigo.

Ver ele aos aparelhos, respirando por um tubo, de olhos fechados e com diversos curativos e esparadrapos espalhados por sua face e torso, me machucou bastante.

Até porque foi por minha culpa que ele está aqui, eu o deixei lá sozinho, eu tenho essa responsabilidade de me preocupar por ele.

-Ha-yun, eu vou buscar água pra nós duas - Ye-jun diz baixo tocando meu braço e sai logo após eu assentir.

Toco a mão fria do garoto à minha frente e começo a refletir.

E se eu fosse mais educada e não tivesse o enfrentado naquele dia.

Se eu não tivesse me aproximado dele, nem tivesse o tirado da detenção.

Será que eu o teria feito passar por isso?

-Ha-yun - ouço a voz rouca dele com dificuldade - oque aconteceu? O Do-yun foi preso? A Ye-jun teve algum problema?

-Oi Min-jun! - digo surpresa - Não, nada demais aconteceu após aquilo, a Ye-jun já está bem e ele foi preso - digo enquanto solto sua mão devagar.

-Então por que está chorando?

-Eu não tô chorando.

Eu to chorando?

-Está sim, vem aqui mais perto.

Me aproximo e ele toca minhas bochechas.

-Minha mão está molhada, por que estava chorando? - ele diz se distanciando novamente e eu limpo meu rosto rapidamente antes de Ye-jun entrar na sala novamente e avançar no irmão alegre.

-Obrigada irmão!! - ela diz o apertando contra si e eu sinto ele apertar meus dedos que estavam perto da mão dele.

-Vai me matar assim, garota - ele diz bravo recuperando o ar e afrouxando o aperto nos meus dedos - já não basta Ha-yun, agora você tambem?

-Em minha legítima defesa, eu tenho motivos para te odiar. - me defendo.

Ela começa a interroga-lo e começamos a rir muito com seus pensamentos aleatórios sobre oque ela faria caso ele morresse.

Uma bibliotecária nas estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora