-Olá Min-jun.
O vigia leva ele até o carro e eu entro no carro para levar ele e a mãe ao hospital, o vigia obviamente precisou ficar no condomínio.
Ultrapasso limites de velocidade pelo transito sentindo meu estomago embrulhar e minha cabeça doer de fome, mas ele é mais importante.
Chegamos na urgência e ele logo é levado para um quarto e sendo atendido.
Tento acalmar a senhora ao meu lado e só fico mais nervosa.
Ele já fez isso antes.
Ele sempre faz.
Ele sempre tentou se matar.
-Novamente senhora Lee, remédios demais em pouco tempo - o médico diz com pena do estado da senhora - ele precisa parar, ou o intestino não suportará e se corromperá.
-Eu não consigo o fazer parar, doutor - ela funga diversas vezes e soluça com o choro preso - eu já tentei de todas as formas, mas ele só fica em casa e não me conta nada, eu o visito todos os dias e escondo os remédios em locais diferentes mas ele sempre acha e toma... Não consigo o parar.
-Precisamos interna-lo se continuar.
-Eu posso - oque eu to fazendo? - eu posso o parar, eu conheço métodos para isso. - termino de dizer e vejo eles me encararem perguntando "quem é você?".
-Não precisa querida, não po- a interrompo.
-Eu quero, quero ajudar - digo segurando a mão da senhora - por favor.
-Ah meu Deus, você se preoculpa demais com as pessoas - ela suspira - está bem, obrigada.
Sorrio e entramos na sala, novamente ele naquela maca de hospital, com tubos e fio conectados nas máquinas.
Aproveito pra observar seu rosto, está mais desgastado e contém algumas cicatrizes pequenas mas que não passam despercebidas,Z4zx! espero que não tenha sido nada grave.
Seu cabelo está maior, mais seco e mais escuro, seus lábios sem cor, rachados e secos e... os batimentos! Ele não está respirando!!
-Ajuda!! Ele não está respirando - grito assustada e vejo a sala encher de médicos e enfermeiros e sou jogada pra fora da sala brutalmente.
Começo a andar pelos corredores nervosa, tentando puxar o ar pros meus pulmões e começo a ver um monstro enorme tentando me bater, mas há coisas impedindo.
Tento me acalmar, me sento no chão querendo chorar e começo a bater no meu peito a fim de tentar tirar a dor.
É ela, a crise de pânico.
Aquela dor desgraçada, aquele medo, o momento em que a minha própria mente me sabota, me machuca e me faz querer morrer.
Me sinto sozinha, e estou, literalmente sozinha.
Não tenho família, nem amigos, só quem me resta são os livros, que não estão aqui.
O meu refúgio não está aqui, ele não está me protegendo do monstro que tenta me alcançar, mas algo estranho está impedindo.
Uma mão, um olhar e até... sangue? Há sangue em tudo, há remédios, embalagens, latas de bebidas alcoólicas e anotações sobre... o espaço?!
Eu tô doente ou louca?!
Começo a chorar compulsivamente, sentindo o monstro se aproximar e a mão ir embora devagarzinho, como se estivesse tentando permanecer firme me protegendo.
Me aperto enquanto me abaixo a fim de encontrar algo para me apoiar, sinto mãos no meu pescoço e tento tira-las, mas me apagaram.
Acordo com a claridade da sala e vejo que estou em uma maca, olho ao redor e me espanto ao ver Min-jun deitado na maca ao lado.
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Uma bibliotecária nas estrelas
Storie d'amoreUma bibliotecária extremamente racional e um aluno irritante tem os seus destinos cruzados de maneira estúpida, seria apenas rivalidade ou.. Algo à mais? -Eu te odeio. - digo irritada. -Te odeio mais. - ouço ele dizer baixo. -Te odeio muito mais...