📚Capítulo 08✨

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-Olá Min-jun.

O vigia leva ele até o carro e eu entro no carro para levar ele e a mãe ao hospital, o vigia obviamente precisou ficar no condomínio.

Ultrapasso limites de velocidade pelo transito sentindo meu estomago embrulhar e minha cabeça doer de fome, mas ele é mais importante.

Chegamos na urgência e ele logo é levado para um quarto e sendo atendido.

Tento acalmar a senhora ao meu lado e só fico mais nervosa.

Ele já fez isso antes.

Ele sempre faz.

Ele sempre tentou se matar.

-Novamente senhora Lee, remédios demais em pouco tempo - o médico diz com pena do estado da senhora - ele precisa parar, ou o intestino não suportará e se corromperá.

-Eu não consigo o fazer parar, doutor - ela funga diversas vezes e soluça com o choro preso - eu já tentei de todas as formas, mas ele só fica em casa e não me conta nada, eu o visito todos os dias e escondo os remédios em locais diferentes mas ele sempre acha e toma... Não consigo o parar.

-Precisamos interna-lo se continuar.

-Eu posso - oque eu to fazendo? - eu posso o parar, eu conheço métodos para isso. - termino de dizer e vejo eles me encararem perguntando "quem é você?".

-Não precisa querida, não po- a interrompo.

-Eu quero, quero ajudar - digo segurando a mão da senhora - por favor.

-Ah meu Deus, você se preoculpa demais com as pessoas - ela suspira - está bem, obrigada.

Sorrio e entramos na sala, novamente ele naquela maca de hospital, com tubos e fio conectados nas máquinas.

Aproveito pra observar seu rosto, está mais desgastado e contém algumas cicatrizes pequenas mas que não passam despercebidas,Z4zx! espero que não tenha sido nada grave.

Seu cabelo está maior, mais seco e mais escuro, seus lábios sem cor, rachados e secos e... os batimentos! Ele não está respirando!!

-Ajuda!! Ele não está respirando - grito assustada e vejo a sala encher de médicos e enfermeiros e sou jogada pra fora da sala brutalmente.

Começo a andar pelos corredores nervosa, tentando puxar o ar pros meus pulmões e começo a ver um monstro enorme tentando me bater, mas há coisas impedindo.

Tento me acalmar, me sento no chão querendo chorar e começo a bater no meu peito a fim de tentar tirar a dor.

É ela, a crise de pânico.

Aquela dor desgraçada, aquele medo, o momento em que a minha própria mente me sabota, me machuca e me faz querer morrer.

Me sinto sozinha, e estou, literalmente sozinha.

Não tenho família, nem amigos, só quem me resta são os livros, que não estão aqui.

O meu refúgio não está aqui, ele não está me protegendo do monstro que tenta me alcançar, mas algo estranho está impedindo.

Uma mão, um olhar e até... sangue? Há sangue em tudo, há remédios, embalagens, latas de bebidas alcoólicas e anotações sobre... o espaço?!

Eu tô doente ou louca?!

Começo a chorar compulsivamente, sentindo o monstro se aproximar e a mão ir embora devagarzinho, como se estivesse tentando permanecer firme me protegendo.

Me aperto enquanto me abaixo a fim de encontrar algo para me apoiar, sinto mãos no meu pescoço e tento tira-las, mas me apagaram.

Acordo com a claridade da sala e vejo que estou em uma maca, olho ao redor e me espanto ao ver Min-jun deitado na maca ao lado.

Uma bibliotecária nas estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora