📚Capítulo 05✨

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-Quer brigar mané?

-Agora não é a hora, docinho - ele diz e abre a porta da casa.

-Docinho? - encaro seu rosto debochado - Que porra é essa?!

-Nunca viu "As meninas super poderosas" ?

-Vi, mas..

-Entra logo, dps fala.

-Tá me sacaneando né?

-Talvez..... É, acho que sim.

-Aé? Agora toma - empurro meu dedo no olho dele e entro na casa.

-Porra garota - ele entra também e puxa meu cabelo.

Quem ele pensa que é pra puxar meu cabelo? Eu lavei semana passada e ele faz isso?

Avanço na guela dele com ódio e o vejo tentar tirar minhas unhas de sua nuca enquanto prendo minhas pernas na sua cintura tentando soltar a cabeça dele do próprio corpo e o matar.

Observo ele olhar pros lados e me bater na parede com força fazendo com que eu perdesse a força e me segurasse nele pra não cair na prateleira de vidro que ficava ao lado da porta mostrando porta-retratos da família dele.

Me seguro nele e arregalo os olhos com medo dele me soltar, mas recupero a calma e fico o encarando assustado.

Os olhos dele são tão bonitos... Na verdade ele em si é bonito, muito bonito.

Observo cada detalhe do seu corpo enquanto sinto ele fazer o mesmo com o meu rosto, que por sinal está acabado; olheiras, lagrimas e pequenos sinais que enfeitavam as dobras do meu rosto.

Seu rosto combinava perfeitamente com seu corpo, como se ele tivesse sido moldado unicamente a mão, os olhos puxados que combinavam com a pele recém rosada, sua boca vermelha e convidativa entre-aberta e o seus cabelos bagunçados cobrindo sua testa com algumas rugas na testa e... não consigo me concentrar no resto, sua respiração quente bate no meu rosto frequentemente; pelo sufocamento constante.

Quando me dou conta já estou apoiada na mesinha o encarando.

Isso é tão errado.... eu tô fazendo isso com um aluno, menor de idade, briguento e lindo; mas ainda é SÓ UM ALUNO.

Não pode ser mais doque isso, entendeu Ha-yun?!

Só um aluno...

-Min-jun, eu vou quebrar a sua cara.

-Por que?

-Para de me olhar assim.

-Eu? Eu não.. eu tava olhando a parede.... não - ele gagueja nervoso - não era você não.

-Então me solta - as mãos dele que seguravam a minha cintura enquanto suava frio são soltas rapidamente.

-Eu... Eu vou fazer o chá. - ele sai e vai pra cozinha.

Me sento no sofá e começo a refletir o por que tive que submeter a conhecer essas crianças ignorantes.

E a minha conclusão é:

Não faço idéia.

-Ouh pitoco de jardim - chamou colocando o chá na minha frente - bebe devagar, tá quente demais.

-Quem tu chamou?

-Você - ele aponta pra mim e eu semicerro os olhos com desprezo pra ele - docinho.

-Vou te fazer engolir esse chá pelo - ele me interrompe.

-Olha boca, projeto de demônio.

-Eu vou te fazer tomar esse chá pelo buraco de baixo - digo irritada assoprando a xícara - e eu faço mesmo.

Uma bibliotecária nas estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora