-Quer brigar mané?
-Agora não é a hora, docinho - ele diz e abre a porta da casa.
-Docinho? - encaro seu rosto debochado - Que porra é essa?!
-Nunca viu "As meninas super poderosas" ?
-Vi, mas..
-Entra logo, dps fala.
-Tá me sacaneando né?
-Talvez..... É, acho que sim.
-Aé? Agora toma - empurro meu dedo no olho dele e entro na casa.
-Porra garota - ele entra também e puxa meu cabelo.
Quem ele pensa que é pra puxar meu cabelo? Eu lavei semana passada e ele faz isso?
Avanço na guela dele com ódio e o vejo tentar tirar minhas unhas de sua nuca enquanto prendo minhas pernas na sua cintura tentando soltar a cabeça dele do próprio corpo e o matar.
Observo ele olhar pros lados e me bater na parede com força fazendo com que eu perdesse a força e me segurasse nele pra não cair na prateleira de vidro que ficava ao lado da porta mostrando porta-retratos da família dele.
Me seguro nele e arregalo os olhos com medo dele me soltar, mas recupero a calma e fico o encarando assustado.
Os olhos dele são tão bonitos... Na verdade ele em si é bonito, muito bonito.
Observo cada detalhe do seu corpo enquanto sinto ele fazer o mesmo com o meu rosto, que por sinal está acabado; olheiras, lagrimas e pequenos sinais que enfeitavam as dobras do meu rosto.
Seu rosto combinava perfeitamente com seu corpo, como se ele tivesse sido moldado unicamente a mão, os olhos puxados que combinavam com a pele recém rosada, sua boca vermelha e convidativa entre-aberta e o seus cabelos bagunçados cobrindo sua testa com algumas rugas na testa e... não consigo me concentrar no resto, sua respiração quente bate no meu rosto frequentemente; pelo sufocamento constante.
Quando me dou conta já estou apoiada na mesinha o encarando.
Isso é tão errado.... eu tô fazendo isso com um aluno, menor de idade, briguento e lindo; mas ainda é SÓ UM ALUNO.
Não pode ser mais doque isso, entendeu Ha-yun?!
Só um aluno...
-Min-jun, eu vou quebrar a sua cara.
-Por que?
-Para de me olhar assim.
-Eu? Eu não.. eu tava olhando a parede.... não - ele gagueja nervoso - não era você não.
-Então me solta - as mãos dele que seguravam a minha cintura enquanto suava frio são soltas rapidamente.
-Eu... Eu vou fazer o chá. - ele sai e vai pra cozinha.
Me sento no sofá e começo a refletir o por que tive que submeter a conhecer essas crianças ignorantes.
E a minha conclusão é:
Não faço idéia.
-Ouh pitoco de jardim - chamou colocando o chá na minha frente - bebe devagar, tá quente demais.
-Quem tu chamou?
-Você - ele aponta pra mim e eu semicerro os olhos com desprezo pra ele - docinho.
-Vou te fazer engolir esse chá pelo - ele me interrompe.
-Olha boca, projeto de demônio.
-Eu vou te fazer tomar esse chá pelo buraco de baixo - digo irritada assoprando a xícara - e eu faço mesmo.
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Uma bibliotecária nas estrelas
RomansUma bibliotecária extremamente racional e um aluno irritante tem os seus destinos cruzados de maneira estúpida, seria apenas rivalidade ou.. Algo à mais? -Eu te odeio. - digo irritada. -Te odeio mais. - ouço ele dizer baixo. -Te odeio muito mais...