(Dias depois...)
Pov Regina
— Tenho uma novidade... — Henry anuncia, entrando na cozinha onde Emma, eu e Lilly estamos preparando o almoço.
— Outra?! — questiono de súbito assustada e já com a mão sobre o peito.
Emma, que está mais perto de mim, logo me segura e me faz sentar na cadeira, possivelmente com medo que eu desmaie de novo.
— Calma, mamãe e mãe! Eu não engravidei outra adolescente da cidade! — diz com ar brincalhão — Mas também não sei se vocês vão gostar muito do que tenho a dizer. — continua fazendo mistério e sinto o meu coração subir para a garganta.
— Henry — Emma pronuncia o nome dele num tom de bronca — Deixe de fazer tanto suspense e diga logo o que tem para nos contar — ordena muito séria, enquanto hiperventilo.
— Nossa... vocês também estão sem senso de humor nenhum! — ele faz pouco caso — Já parecem duas avós rabugentas! — além de tudo, tira sarro da nossa "condição".
Emma fica ainda mais séria e pega um tomate em cima da mesa para jogar nele, provocando uma risada em Lilly, que se diverte com toda a cena, assim como o irmão, que desvia facilmente do tomate.
— Ei, mãe... Se você começar a jogar coisas em mim, não vou deixá-la brincar com seu neto ou neta. — ele ameaça, zombando dela antes de prosseguir: — É o seguinte, eu vim comunicar que fui aceito em duas universidades, uma da Ivy League e a outra da Califórnia. Poderei estudar em Yale ou Berkeley. — finalmente desfez o suspense, sorrindo com satisfação.
A primeira a correr para parabenizá-lo é Lilly. Ela se joga nos braços do irmão e o enche de beijos. Não consigo evitar me lembrar de quando os dois eram menores e Henry morria de ciúmes da irmã, até o dia que ela falou sua primeira palavra: um balbucio que lembrava o nome dele, algo como "Eny".
Segundo a babá que cuidava deles naquela noite, Henry ficou tão feliz e orgulhoso, que permaneceu por mais de duas horas sentado perto da porta da mansão, esperando que chegássemos de um jantar comemorativo para contar a novidade.
Quando entramos, ele nos pegou pela mão e nos arrastou escada acima, levando-nos ao quarto de Lilly, onde ficamos por cerca de mais uma hora, segurando nas grades do berço, esperando-a repetir a palavra.
Emma e eu achávamos que o ciúme do menino devia-se ao fato dele ser adotado, pois na época em que lhe revelamos isso coincidiu com o nascimento de Lilly, que é minha filha biológica. Porém a maneira como Henry sempre mostrou entender bem que não foi rejeitado, mas sim colocado para adoção porque seus pais morreram numa tragédia, além da forma como ele e a irmã passaram a se dar bem e ser muito unidos depois deste evento, mostraram-nos que ele sofria apenas do ciúme natural de irmãos mais velhos, que se sentem ameaçados pela chegada de outros bebês na família.
Sou tirada dessas recordações ao ver Emma abraçando e parabenizando nosso filho pela conquista dele:
— Você tá cheio de novidades este ano, não é garoto? — Ela levanta a mão para bagunçar o cabelo dele — E acho que além dos parabéns pela aprovação, você também merece uma recompensa... Nós vamos comprar um carro para você e vou te ensinar a dirigir em Herbie. — minha esposa diz animadamente, mencionando o nome do seu velho fusca.
— Filho, você ainda não nos disse qual das duas vai escolher, mas acho que deveria optar por Yale — não consigo reprimir meu desejo de influenciá-lo, porque é óbvio que prefiro Yale. Além de ser uma das melhores universidades dos EUA, também fica mais perto de onde moramos e poderei visitá-lo com mais frequência.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cenas de Um Casamento [SwanQueen]
Fanfiction[CONCLUÍDA] Emma Swan tem um casamento aparentemente sólido com Regina Mills. Elas se conheceram ainda na adolescência, quando se apaixonaram e começaram a namorar. Tiveram dois filhos e parecem compartilhar uma vida feliz, até que, numa quarta-fei...