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AMANDA

Depois do ocorrido com os jornalistas e fotógrafos, o resto do dia transcorreu bem. Fizemos o almoço de sexta e comemos todos juntos e animados, falando exatamente sobre o fato de que agora eu estava famosa e todo esse tipo de coisa, mas eu não entendia como alguém conseguiria se acostumar com isso.

Eu tinha certeza absoluta que ia demorar pra isso acontecer comigo. Eram tantas notificações pra me seguir que eu até abri o perfil de uma vez e agora, as notificações que chegavam eram as marcações de perfis de fofoca.

— Como voce lida com isso?– pergunto pra Antonio que estava sentado do meu lado, mostrando as milhares de notificações no Instagram.

— Sei lá, já tô acostumado...fora que...não sou exatamente eu que lido, né?– ele dá de ombros.

— Tá bom, senhor super famoso com uma equipe que cuida das suas redes...– digo fazendo uma careta e ele sorri– E eu sei que você é famoso porque é lutador e é reconhecido e coisa e tal mas e eu?

— De novo isso, Amandinha? Você é uma garota incrível. É com você que eu quero ficar e a opinião dos outros não importa pra mim. Eu gosto de você. Gosto mesmo...– ele diz e me dá um beijo na testa.– Boa parte dessa galera que quer te conhecer, gosta de mim e quer me ver bem.

— Você falou bem. Boa parte. Não são todos...

— Nem Jesus agradou todo mundo! Ou você esqueceu que é exatamente disso que a gente tá lembrando hoje? Além disso, como eu já falei, mas vou repetir: Eu gosto de você e é isso que importa...– ele diz e assinto, sorrindo– É só não ligar para as críticas.

— Olha, desculpa atrapalhar o clima do casalzinho, mas a mamãe precisa de mais algumas coisas lá de Curitiba, já que as lojas daqui já fecharam.– Lucas diz.– Ela quer que vocês vão lá pra ela.

— E por que sempre a gente?– pergunto.– Nunca vi ela mandar você...

— Ninguém mandou você não saber cozinhar, irmãzinha.– Lucas se defende e reviro os olhos– O que? Você consegue queimar ovo frito, Amanda! Ovo frito.

— Que mentira, Lucas!– digo pra ele.

— Pensa bem, Antônio! Você quer ficar com ela mesmo. A gente não vai aceitar devolução!– meu irmão diz e Antônio começa a rir.

— A gente vai lá...– ele diz

— Tá vendo? Seu namorado é mais solícito que você...— Lucas diz e faço uma careta pra ele, mas saio com Antônio pra Curitiba.

— E é melhor a gente se apressar! Tem uma chuva vindo.– Antônio diz

— Realmente.– digo olhando pro céu– Fora que eu odeio dirigir com chuva.

O mercado estava fechado, então tivemos que rodar pela cidade atrás das coisas que a minha mãe queria. Quando finalmente encontramos tudo, o céu desaba sobre nossas cabeças numa chuva torrencial.

— Que droga. Essa chuva não vai passar agora.– digo. Ainda estávamos dentro de um comércio.

— Não vai mesmo...mas talvez dê uma trégua.– Antônio diz e seu telefone toca. Ele se distancia de mim pra atender e estranho aquilo.

ANTÔNIO

Era meu empresário, de novo. Eu havia ignorado isso o dia inteiro, mas é claro que ele não ia me deixar em paz até falar comigo.

— Como assim você está namorando aquela mulher e eu não fui informado?— ele pergunta assim que atendo.

— Que eu saiba você cuida da minha vida profissional, não da pessoal!– retruco.

— Quando a pessoal afeta a profissional, é minha obrigação cuidar dela sim.— ele diz.– Você tem contratos, tem uma imagem a zelar. Ou esqueceu do que movimenta a indústria?

— Eu gosto dela...– argumento.– E você não pode fazer nada quanto a isso.

— Não duvide...Você vai voltar pra cá no domingo?– ele muda de assunto rapidamente.

— Vou!– digo.

— Ótimo. Aqui nós conversamos...– ele diz e desliga. Volto pra onde Amanda estava. Acho que estava na hora de contar pra ela que eu voltaria pra Los Angeles no domingo.

— Quem era?– ela pergunta.

— Meu...empresário.– digo.

— Ihh, ele disse alguma coisa sobre a gente, né? Pode me falar, é sério!— ela pergunta nervosa e engulo em seco.

— Na verdade, não foi por isso...Foi...porque eu vou precisar voltar pra Los Angeles...no domingo e não na segunda.— digo, o que era verdade.

— Ahh, sério? Que pena!– ela diz– Achei que a gente fosse aproveitar mais...

— Nada impede a gente de aproveitar agora...– digo e ela cora, envergonhada.

— Antônio...a gente tem que voltar pra casa. Meus pais vão ficar preocupados.— diz.

— Com essa chuva? Acho difícil a gente conseguir voltar agora.– retruco.— Manda uma mensagem pra eles avisando...

— E onde a gente vai ficar, gênio?— pergunta ela.

— Alguma...pousada, não sei?— digo e ela assente, dando o braço a torcer. Aproveitamos pra sair correndo do mercado e ir até o carro. Eu dirijo e Amanda fala com os pais, que aceitam numa boa.

Vamos até um hotel não tão longe dali e nos registramos.

— Olha, fez bem a gente não ter ido.– ela diz– Caiu uma árvore e a estrada tá interditada.

— Meu Deus!– digo.

— Agora...acho que a gente precisa de um banho.– ela diz

— Precisa mesmo.– digo– Quer tomar banho comigo?

— Antônio...já que você...já que a gente tá tentando ter alguma coisa, eu tenho que te dizer...eu acho que ainda nao tô pronta pra...isso.– ela diz.

— Amanda. Eu entendo, de verdade...– digo dando um beijo nela.– E eu vou te esperar pelo tempo que for porque eu amo você...

— Me...ama?

— Achei que você já tivesse entendido isso...– digo e a beijo de novo. E mais uma vez.

— É melhor você ir tomar seu banho...– ela diz e assinto, entrando no banheiro pra tomar banho.

– ela diz e assinto, entrando no banheiro pra tomar banho

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Oieee. Demorei pra atualizar, mas é pq tava meio desmotivada com essa fic. Mas consegui pensar num plot pra ela, então não vou desistir dela. Não desistam também, por favor.

Queria agradecer a vocês pelos 5k de leituras e espero que vocês estejam gostando.

O hot ainda não veio, mas ele vem, juro. Quero explorar essa insegurança da Amandinha com o próprio corpo e como o Antônio vai ser muito importante pra ela se aceitar.

Safe Inside | DocShoeOnde histórias criam vida. Descubra agora