15.

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ANTÔNIO

— E aí, vocês voltaram?— Fred pergunta ansioso quando volto pro carro com ele e faço uma cara triste, antes de sorrir assentindo.– Graças a Deus!

— Valeu, Fredão. Por tudo!– digo.

— Se quer me agradecer mesmo, me ajuda com a Lari.– ele diz– Ela tomou as dores da Amandinha... e brigou comigo! Você viu.– Fred diz e começo a rir.– Pode não rir. O assunto é sério.

Depois da minha briga com o meu agora ex empresário, recorri logo ao meu advogado, pra ver a possibilidade de processar ele e as perspectivas eram boas. Então peguei o primeiro voo pra São Paulo e Fred foi me buscar no aeroporto.

Tentamos ir até o apartamento de Amanda, ver se Larissa queria nos ajudar mas ela não deixou a gente passar nem da portaria e jogou um balde de água em cima de nós, mas desviamos a tempo, então só molhou o chão. Talvez agora que Amanda conversou comigo, Larissa também converse com Fred e eles se entendam.

Saímos do hospital e rumamos de volta ao prédio de Larissa e Amanda, parando na portaria. O porteiro hesita antes de nos deixar passar, mas acaba cedendo quando Fred faz o que ele sabe de melhor. Vencer o pobre homem pelo cansaço.

Ele bate à porta do apartamento e Larissa atende.

— O que vocês tão fazendo aqui?— Ela pergunta e ia fechar a porta na nossa cara quando Fred coloca o pé.

— Laribela, dona da minha vida, vamos conversar. O Papato e a Amandinha se resolveram!– ele diz– Eu te disse que era uma armação...

— E é...verdade mesmo?– ela pergunta pra mim, que assinto.

— Me admira você ter acreditado numa página de fofoca e não em mim, que você conhece há tempos.– digo um pouco magoado.

— Ah, cara. Desculpa...mas é que...eu fiquei chateada. A Amandinha já sofreu tanto na mão daquele outro traste. Fiquei com medo de acontecer o mesmo com ela agora, com você...

— Eu nunca faria o que ele fez com ela.

— Agora eu sei.– ela diz– E eu espero que voce cuide muito bem da minha amiga. Porque senão, você já viu o que pode te acontecer!– ela diz apontando o dedo na minha cara e engulo em seco. Larissa era alguém super alto astral e gente boa. Mas eu não queria ver ela brava...

— Eu prometo. Mas agora eu acho que vocês precisam conversar né? Eu...vou indo. Fredão, me dá a chave do seu carro?

— Com prazer, Papatinho. Use com responsabilidade.– ele diz e me entrega a chave do carro e da sua casa.– E eu não tô falando só do carro...

— Bruno, pelo amor de Deus...– digo abaixando a cabeça envergonhado.

— Cara, vocês vão ter a minha casa todinha pra vocês amanhã. Eu não tenho nada contra mini sapatinhos e sapatilhas correndo por aí, mas...

— Tá, tá bom. Tchau!– digo e me despeço dele e da Larissa– Juízo vocês dois!

Desço as escadas e ando até o carro de Fred, dando partida e dirigindo ate a casa dele. Ando até o meu quarto lá e deito minha cabeça no travesseiro, adormecendo em seguida. Agora eu podia dormir tranquilo porque as coisas estavam no seu lugar de novo.

Acordei no dia seguinte e, depois de arrumar as coisas pra receber Amanda, fui buscá-la no hospital, parando no caminho pra comprar flores. Ao chegar, estaciono o carro e fico esperando por ela na porta. Vejo quando ela sai, acompanhada de outro cara, que a abraça. Ando até os dois...

Safe Inside | DocShoeOnde histórias criam vida. Descubra agora