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ANTÔNIO

Depois da chuva de sexta, que acabou durando o resto da noite, eu e Amanda voltamos pra Campo Largo na manhã de sábado, entregando as coisas que a mãe dela pediu. O sábado passou até que rápido e o assédio dos fãs de Amanda já não a incomodava mais. Acho até que as pessoas encontraram uma fofoca nova pra se preocuparem e não ligaram mais pra gente ou pra nossa relação, o que era muito bom.

Passamos o resto do sábado juntos, aproveitando o tempo que tínhamos, pois eu teria que ir embora no domingo de Páscoa bem cedinho se quisesse chegar a Los Angeles ainda no mesmo dia.

Já tinha terminado de tomar café e estava com a minha mochila já arrumada na casa de Amanda, quando meu telefone toca. Era minha mãe.

— Bom dia, Dona Wilma!– digo atendendo.– Feliz Páscoa!

— Bom dia, meu filho. Esqueceu que tem mãe?– ela pergunta e rio.

— Jamais.– digo.– Como estão as coisas por aí? Receberam os ovos de Páscoa que eu mandei?

— Recebemos sim. Obrigada, filho! Mas confesso que senti sua falta aqui conosco...

— Eu sei, mãe. Queria ter estado aí, mas não consegui...

— É...E que bom que voce não passou sozinho, né? Na verdade, acho que está muito bem acompanhado...– ela diz e sorrio.

— Então a senhora viu?

— Seria impossível não ver, meu filho. Estava em todas as páginas de fofocas...– ela diz– Eu...fiquei sabendo que tenho uma nora por meio delas.

— Oh, mãe...as coisas aconteceram meio rápido...A gente não ia abrir pra ninguém agora, mas esse povo não sabe respeitar o relacionamento alheio...

— Mas a família dela sabia?– minha mãe pergunta, porque é claro que isso não ia passar despercebido a ela. Só que eu não podia e nem ia contar sobre a história do namoro de mentira.

— É...eles souberam primeiro porque a Amandinha me chamou pra passar a Páscoa aqui pra eu não ficar sozinho e a gente não ia esconder né...mas eu ia te contar!– falo pra ela.

— Tudo bem, filho. O que importa é você estar feliz. Mas da próxima, traga ela pra me conhecer!– Minha mãe diz e sorrio.

— Pode deixar, mãe. E eu garanto que a senhora vai amar ela.– digo sorrindo quando Amanda aparece e me olha confusa.– Aliás, não quer falar com ela agora? Ela tá bem aqui na minha frente.

— Passa pra ela.– minha mãe pede e entrego o telefone a Amanda, sinalizando que era minha mãe. Ela arregala os olhos antes de pegar o telefone da minha mão.

— O-oi dona Wilma! O...seu filho fala muito da senhora.– Amanda cumprimenta ela sorrindo e as duas começam a conversar, com certeza alguma coisa sobre mim.– Obrigada! Pode deixar...– ela diz e passa o telefone pra mim, que me despeço da minha mãe

— O que ela te disse?

— Que eu sou a mulher certa pra você, que tá doida pra me conhecer...e que é pra eu cuidar bem do filho dela...– Amanda dá de ombros sorrindo.

— Pode ter certeza que você já tá fazendo...– digo e puxo ela para os meus braços, iniciando um beijo lento. Eu não me canso de beijar essa mulher.

— Desculpa interromper o doce de vocês, mas temos que sair agora, Antônio.– Lucas diz pra mim e eu sabia que ele tinha razão. Se eu não quisesse perder o voo pra São Paulo, teria que sair de lá agora

Havia ligado pra Fred ontem e pedi que ele arrumasse minhas coisas, que mandei deixarem na casa dele pra ele levar pra mim no aeroporto de Guarulhos, de onde eu já ia direto pra Los Angeles, esperando chegar lá no começo da noite.

— Eu vou com vocês...– Amanda diz e sorrio, me despedindo da família e das tias dela e prometendo voltar em breve. A viagem até Curitiba foi bem tranquila como era domingo e feriado, não tinha muitos carros na estrada.

— Tem mesmo que ir?– ela pergunta quando chegamos.

— Vai com ele!– Lucas oferece.– Nem vamos sentir sua falta.

— Aham, sei!– Amanda diz– Não é bem isso que me dizem quando eu tô em São Paulo, hein?

Termino de me despedir deles dois é embarco rumo a São Paulo, prometendo que ia mandar mensagem quando pousasse. Eram quase nove da manhã quando o avião pousou e eu desembarquei, encontrando com Fred na área de desembarque.

— Fala, Fredão!– cumprimento ele.

— E aí, Papato! Tá vendo como seguir meus conselhos é sucesso? Agora você e a Amandinha tão juntos.– ele diz e sorrio.

— É...valeu, Fred. E valeu por trazer minhas coisas também.– digo e ele assente.

— Disponha! Mas agora eu tenho que ir, cara. O Cris tá doido pra abrir os ovos de Páscoa, mas pedi pra ele me esperar.– diz se despedindo de mim rapidamente e saindo do aeroporto. Acho a relação dele com o filho muito bonita.

Sou tirado dos meus pensamentos ao ouvir meu próximo voo ser chamado e despacho a mala, embarcando novamente no avião rumo a Los Angeles. Aproveito pra mandar mensagem pra Amanda E pro meu empresário, que me esperaria no aeroporto e já trato logo de dormir antes que esse avião comece a se mexer.

Porque infelizmente hoje eu não teria uma mão amiga pra segurar a minha.

Mas quem sabe em breve?

Só pra dizer que eles são muito fofos, apenas 🥺🤏🏽

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Só pra dizer que eles são muito fofos, apenas 🥺🤏🏽

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