Epílogo

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ANTÔNIO

Quatro anos depois...

Após o pedido de casamento, não demorou muito até eu e Amanda nos casarmos. Eu já não queria esperar mais pra chamar ela de minha esposa. Ela conseguiu um emprego num grande hospital de Los Angeles e veio pra cá trabalhar, depois de pagar a dívida dela com o FIES.

Ela nunca aceitou um centavo meu pra ajudar a pagar e olha que não faltou insistência, mas ela não deu o braço a torcer.

Eu estava fazendo uma ótima temporada no UFC, mas já estava planejando me aposentar. E não é como se eu não amasse lutar porque eu adoro esse mundo. Só não me vejo mais nos ringues lutando e disputando títulos. Mas talvez como treinador...

Fora que eu queria mais tempo pra me dedicar à minha família, que tinha crescido.

Meses depois de nos casarmos, Amanda começou a sentir enjoos e tonturas e descobriu que estava grávida do nosso primeiro filho: Benício, carinhosamente apelidado por Fred de "carinha de sapatinho". Hoje ele tem três anos. Um ano depois dele, ela engravidou de novo, e aí nasceu o Bernardo, que obviamente ganhou um apelido carinhoso de Fred também. Dessa vez, "carinha de tênis" foi o escolhido. Ele tem pouco mais de um ano.

Eles dois e a mãe são, hoje, o centro da minha vida e me fazem muito feliz. Sou muito grato pela minha família e por tudo que eu conquistei nesses últimos anos. Acho que nada poderia me fazer tão feliz quanto eles me fazem...

Abro a porta e entro em casa, logo ouvindo o som dos pezinhos no assoalho.

— Papai!– era a voz de Benício, que logo aparece na sala e abro os braços pra recebê-lo, carregando-o em meu colo. Bernardo vinha logo  atrás, sob passinhos desengonçados de uma criança de um ano.

— Oi, carinha! Cadê a sua mãe?– pergunto carregando Bernardo com o outro braço.

— Dicanxando lá em cima. A genti tava lá com ela, mas te ouvimos chegar...– ele diz com sua vozinha fofa— Ela disse que tem uma supesa pá voxê.

— É? Então é melhor eu ir lá ver. Vocês vem comigo?– pergunto e eles assentem, ainda no meu colo e subo com eles dois, batendo na porta do nosso quarto.– Amor?

— Entra.– ela diz e faço o que ela pede. Amanda se encontrava sentada no chão, então deixo os meninos e ando até onde ela estava. Havia uma fileira com nosso calçados no chão, do maior, o meu, até um menorzinho. Mas a contagem estava errada...

— Ooh Amandinha, eu acho que voce contou errado...– digo me aproximando dela.

— Não não, tá certo.– ela diz e me olha sorrindo, mas não entendo nada.

— Mas...esse aqui é o meu.– aponto pro sapato social.– Esse é o seu.– aponto pro salto alto– Esse é do Beni.– aponto pro tênis maiorzinho– Esse o do Bê.– digo pro tênis menorzinho – E esse aqui?– aponto pro último, ainda um calçado de bebê.

— Você ainda não entendeu?— ela pergunta com lágrimas nos olhos e arregalo os olhos quando entendo o que ela queria dizer. E tenho ainda mais certeza quando ela coloca três testes de gravidez na minha frente. Todos dando positivo.– Eu coloquei essa quantidade mesmo porque é a quantidade de integrantes da nossa família agora meu amor. Você, eu, o Beni, o Bê...e esse bebezinho aqui...– ela diz apontando pra barriga. E começo a chorar, me aproximando dela e beijando seu rosto e depois sua barriga.– E eu tenho a leve impressão de que agora vai ser uma menina...

— Bom, voce sempre acerta...– digo. Nas outras duas vezes, eu achei que era menina e ela menino. Já dá pra perceber que eu errei feio.— E acho melhor mesmo. O Fred já não tem mais criatividade pra dar apelido pra mais um menino...

— É uma menina...– ela diz sorrindo e a abraço mais uma vez, junto com nossos filhos.

E a intuição de Amanda se provou certeira quando, nove meses depois, a pequena Melissa veio ao mundo. E também recebeu o belo apelido de "carinha de sapatilha".

 E também recebeu o belo apelido de "carinha de sapatilha"

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Agora acabou. Epílogo mais pra vcs verem como eu acho que vai ser as crias deles dois. E é claro que o "tio Fred" não perderia a chance de dar apelido para as crianças ? Obrigada por lerem até aqui

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