Capítulo 18

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— Ei! Onde você está indo? 

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— Ei! Onde você está indo? 

  Sarada segurava a saia do vestido com uma das mãos, enquanto dava passos apressados para tentar acompanhar o homem que parecia nem um pouco apto em parar de andar para escutar a voz da moça. 

  Ela não estava entendendo a mudança de humor repentina, e acreditava que isso se dava ao fato da mulher de cabelo azul — Ada — ter aparecido. Ela não sabia o que havia acontecido entre os dois, mas havia percebido a tensão entre eles, também percebeu como ele estava sério e desconfortável, como se desejasse que a mulher fosse embora imediatamente. 

— O que houve? — Perguntou a mulher, quando conseguiu chegar até o loiro e tocar seu ombro. Fazendo-o parar de imediato. 

— Eu preciso de ar, só… preciso de um tempo. — Ele respondeu tropeçando em suas próprias palavras, Sarada franziu as sobrancelhas. 

  Boruto simplesmente não suportava ficar mais naquele lugar, e entendia que Sarada não entenderia mesmo que explicasse, e sabendo que não teria como explicar o motivo para estar daquela maneira, ele teria que contar coisas que não estava preparado para falar. 

  E conhecendo aquela Uchiha, ele sabia que ela não se contentaria com uma meia resposta, tão pouco ficaria feliz sem ter uma resposta dele. 

Mas era um preço a se pagar. 

  Boruto se virou rapidamente, e Sarada não conseguiu raciocinar quando foi surpreendida com um beijo forte e intenso vindo dele, que a fez perder o ar imediatamente, os olhos se fecharam lentamente quando ela se permitiu entregar-se ao momento, sentindo a mão direita do homem pressionar o lado direito de seu rosto com uma força controlada. 

— Só confie em mim. — Ele soprou em seus lábios quando se afastou dela, ainda mantendo os rostos próximos e o olhar focado nos lábios da mulher.  

  Por um momento Sarada sentiu falta do calor da mão daquele homem em seu rosto, dos lábios pressionando brutalmente contra os seus… 

  Ela sentiu uma sensação desconfortável em seu peito enquanto o observava se afastar com passos pesados, mas sabia que não podia fazer nada, nem se dar ao luxo de interferir na vida pessoal daquele homem, afinal não tinham uma relação que se estendesse além de beijos quentes e algumas poucas palavras trocadas. 

  Talvez fosse a hora de encarar a realidade, nem sequer conhecia aquele homem, nem seu nome, seu trabalho ou qualquer coisa relacionada a sua vida. O que ela sabia? Que ele é rico e que tem a letra B em seu nome, nada além disso. Já do contrário, ele sabe seu nome, seu trabalho, sabe até mesmo seu endereço para enviar cartas. Foi então quando tudo pareceu se tornar uma realidade triste e cruel, que ela sequer tinha fatos para embasar seus pensamentos. 

— Por qual outro motivo ele saberia tanto sobre você, Sarada? — Ela perguntou a si mesma, com um olhar nublado e decepcionado. 

  Foi então que o fascínio repentino dele nela se tornou uma possibilidade dele a usá-la para algum trunfo maior. Talvez para conquistar alguma coisa… mas não tinha como saber isso com as peças faltando, e não tinha como não ficar insegura com isso, o mundo dos negócios a preparou para uma realidade cruel, e aprendeu a reconhecer quando a querem usar. 

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