Capítulo 24

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  O local era tão frio quanto se lembrava, talvez fosse por conta das cores e o céu nublado carregado, cheio de nuvens pesadas que logo descarregariam em uma chuva pesada

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  O local era tão frio quanto se lembrava, talvez fosse por conta das cores e o céu nublado carregado, cheio de nuvens pesadas que logo descarregariam em uma chuva pesada. Sumire queria que fosse apenas isso, mas não era por isso que sentia tanta angústia e pressão. 

Eram as memórias dequele lugar. 

  Nenhum som, nem muita presença humana, um lugar tão deplorável em sentimentalismo e gentileza que parecia que até as paredes daquela casa haviam absorvido a tristeza e o sentimentos horripilante daquele lugar, que era bonito, muito bonito, com detalhes rústicos, um jardim imenso e belo, as paredes de cores equilibradas e a decoração muito bem escolhida.

  Haviam passado pelo jardim de tulipas brancas que sempre era muito bem cuidado, estavam belas e formosas como sempre, e novos brotos mostravam que em breve, mais belíssimas flores nasceriam. 

— Ele é uma pessoa muito tranquila e segura de si, não é mesmo? 

— É sim. E é tão assustador quanto o fato dele estar certo em praticamente, todas as vezes. 

— Eu acho que você deveria voltar. — Boruto aconselhou a cunhada. — Você não está bem, e aquele cara não vai se importar com isso. 

— Eu estou bem. — Era mentira, óbvio. Mas havia prometido a si mesma de que não deixaria a cabeça ceder. — Isso é exatamente o que Jigen quer, que eu volte, não vou dar esse gosto a ele. 

  Os olhos de Sumire se tornaram mais cinzentos e vazios, opacos sob as nuvens escuras e tristes. As expressões em seu rosto haviam sumido, e parecia que toda sua juventude havia sido sugada, deixando-a vários anos mais velha. Ela cerrou os pulsos com força e soltou o ar após respirar fundo, Boruto estava preocupado com ela, sabia o que estar naquele lugar significava para ela, e o que ela havia passado nos anos que tanto frequentou aquela casa. 

  Mas também havia uma parte muito importante que incluía seu relacionamento com Kawaki, fosse o jardim de tulipas ou as paredes daquela mansão, foram onde se encontraram pela primeira vez. Ela tinha sete anos, e ele tinha dez. 

— Não se preocupe, Boruto. — Ela sorriu para ele de forma gentil. — Cresci aqui, sei como sobreviver nesse lugar. 

  Ela não conseguiu passar a confiança que queria, ao contrário, a voz era muito mais ácida , pesada do que ela imaginava. Boruto impediu qualquer expressão ou palavra, não era o momento para isso, Sumire não precisava escutar nada, tão pouco ter algum comentário expressivo.

— Eu odeio esse jardim. — Ela disse em tom amargo. — Mas é a parte mais bonita dessa casa. 

E conforme os passos avançavam, as tulipas eram deixadas para trás. 

  Assim que adentraram a casa, foram recepcionados pela empregada. Boruto e Sumire foram guiados por um caminho que parecia muito longo e torturante, e dentro de alguns minutos, sentiram um aroma adocicado vindo do escritório de Jigen. Típico dele, que colocava inúmeras essências aromáticas para perfumar o lugar, mas na opinião de Boruto, isso apenas servia para cobrir o cheiro podre do homem. 

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