Sarada Uchiha é uma garota trabalhadora e sonhadora, ambiciosa e determinada por suas conquistas, sonhos e metas, uma jornalista de prestígio e ainda por cima, herdeira da multimilionária família Uchiha.
Mas será que toda essa sua ambição e determi...
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Talvez fosse o cabelo, preso de uma forma diferente com ondulações delicadas, ou a cor. Não, sabia que não seria isso, mesmo com tantas variações de cabelos negros, não confundiria as madeixas da Uchiha.
Mas eram definitivamente os olhos.
As íris contornadas por uma armação dourada fina jovial, tendo pouco reflexos pelas lentes frente aos seus olhos. Olhos atentos, paralisados enquanto encaravam-lhe.
Boruto controlava os olhos para não expressar a sensação estranha que estava sentindo. Talvez fosse vergonha, ou surpresa. Provavelmente uma mistura dos dois.
Como podiam ser tão idênticas?
Uma versão mais jovial de Sarada, em um vestido preto curto e com os olhos mais verdes que já tinha visto na vida. Reluzentes como uma pedra de esmeralda e analíticos como os de uma cobra venenosa.
— Posso ajudar? — Ela simplesmente disse, com uma mistura de tédio em sua voz, mas com o olhar desconfiado.
— Eu… — Estava perdido, tentando raciocinar como eram olhos verdes no rosto que obviamente lembrava Sarada. — Me confundi.
Sentia-se constrangido, aquela adolescente era mais jovem do que Himawari e tão parecida com Sarada que podia julgá-las gêmeas. Mas os detalhes do rosto e sua aparência obviamente remetiam a uma adolescente em seu auge.
A sensação de tê-la confundida com uma mulher de vinte e quatro anos era desagradável, muito desagradável.
Era uma adolescente, afinal.
Os olhos verdes o encararam de cima para baixo, por cima da armação dos óculos enquanto ela tinha uma expressão encrenqueira e um quase sorriso no rosto que Boruto não conseguia decifrar.
— Minha irmã deve estar se preparando, ou, cuidando de algum detalhe. — Deu de ombros. — Não sei dizer se ela teria uma ligação, teria que ser muito urgente para ligar a alguém que está em um evento de divulgação.
O loiro definitivamente tinha mais perguntas do que respostas, mas não conseguiria proferir nenhuma delas. As engrenagens de seu cérebro não funcionavam tão bem como desejava.
Franziu o cenho analisando o rosto da adolescente, reconhecendo um rosto encrenqueiro em sua face. Coincidentemente, uma expressão muito nostálgica à de Himawari quando estava aprontando alguma coisa.
— Você não parece muito bem. Precisa de assistência médica, Uzumaki?
(...)
O som da porta de madeira se fechando causou um impacto estrondoso, com as dobradiças de ferro produzindo um som equivalente a necessidade de óleo, ou uma boa manutenção.
Mas o som não havia sido causado pela má manutenção da porta, e sim por causa da tamanha força aplicada sobre ela.
— Ei! — Ela berrou em um grito agudo, soltando o braço das mãos do loiro.
