2°Capítulo

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Ananda...

Quando fui convidada a ir até a casa da dona Maju, não pensei em me deparar com aquela garota, fui ao banheiro, não sabia em que porta entrar, entrei na primeira que encontrei aberta, era um quarto lindo, espaçoso, mas quando sai do banheiro me deparei com ela, já vi ela algumas vezes de longe, era a filha da dona Maju, na hora nem me dei conta de quem se tratava, era ela, a que comanda tudo, só em lembrar do nome meu corpo entra em choque, ela é linda, nem parece que faz essas atrocidades que o pessoal diz que ela é capaz de fazer, mas ela é bastante safada, não sei se ela fez aquilo para me assustar, mas eu estou com medo, não gostei do jeito que meu corpo reagiu ao seu toque, mas acredito que ela não desconfiou, nunca tive esse tipo de reação e, mesmo sabendo que é pecado pela primeira vez me vejo pensando nessas coisas, meu Deus, o que essa mulher fez para me deixar assim, quando ela passou a língua sobre os meus lábios sentir meu coração acelerar, não era só medo e, quando suas unhas acariciaram meus seios, quase que fechava os olhos, mas consegui me manter firme, quer dizer, fingi ser né, ela falava umas coisas tão sujas, nunca ouvi aquelas coisas, por isso o espanto, mas o modo que ela me olhava e falava de forma tão provocativa que aquilo não me encomodou, ao contrário, estava horrorizada, mas não com as palavras, estava horrorizada com a reação do meu corpo, nunca fiquei assim nem com o Carlos, quando ele me beijava, tive que saí correndo, pois meu pai sempre diz que devemos fugi do pecado da carne, mas só eu sei o como foi difícil sai daquele quarto, não por ela me impedir, mas por eu está gostando daquilo tudo, ela disse que iria me ligar, sei que só foi para me deixar nervosa, ela nem meu número tem, nem mesmo meu nome ela sabe.

__algum problema querida, você está pálida?__ela não parece nada com o que o meu pai tanto me falou, mas a filha também não aparenta e olha só.

__não é nada, bom já esta tarde, tenho que ir para casa__ela abre um largo sorriso e me puxa para um abraço, isso é tão bom.

Viemos falar com ela sobre o espaço que ela tem, ela tem uma ONG para crianças e adolescentes, precisamos do espaço para um evento da igreja, ela foi super prestativa e, disse que o local está a nossa disposição, quando estávamos saindo uma outra mulher entra, ela se aproxima da dona Maju e dar um selinho em sua boca, as meninas saíram me puxando para fora da casa.

__tu é doida, você sabe quem é aquela mulher? Ficou parada igual uma idiota.

__Só não sou acostumada a vê esse tipo de coisa.

__sei não, você voltou estranha do banheiro, aconteceu alguma coisa?__arregalo os olhos, ela cruza os braços e arqueia a sobrancelha, será que eu devo contar, mas se ela falar com o meu pai, melhor deixar quieto.

__estava assustada, a casa é cercada por homens armados, nunca tinha visto tanta gente armada.

Parece que ela acreditou na minha mentirinha, tenho que passar a noite de joelhos orando e pedindo perdão a Deus, pequei várias vezes em um único dia, sinto falta da época que eu estava no colégio, tudo era mais fácil, entro em casa encontrando meus pais na sala, eles mal conversam, vivem brigando, mas quando sai na rua só andam de mãos dadas, e trocam juras de amor, só eu sei o que se passa dentro dessa casa, aos olhos dos outros são um casal exemplar, tenho medo de ter uma vida igual a da minha mãe.

__e aí, entrou na casa?__confirmo com a cabeça__na próxima vez você vai levar uma esculta

__mas pai.

__mas nada, vai tomar um banho, seu noivo está vindo aí, ele vai te levar na lanchonete, vocês dois precisam ser vistos juntos ele precisa ter acesso livre na favela, esses bandidinhos pegam muito no pé de quem é de fora.

Nem tento conversar, pois sei que não adiantará, sinto que isso que ele quer fazer é errado, mas não posso ir contra uma ordem do meu pai, tomo um banho demorado, passo hidratante por todo o meu corpo visto um vestido não muito justo, ele vai até o meu joelho, penteio o cabelo e amarro em um rabo de cavalo, passo um gloss nos lábios, só para dar um brilho, passo meu perfume e coloco uma rasteirinha em meus pés, minha mãe bate na porta.

__seu noivo já está ai, não demora garota__ela sempre foi assim, seca, nunca demostrou nenhum tipo de carinho por mim, ela nem me espera falar, só dar as costas e sai, pego minha bolsa e celular.

Ao chegar na sala ouço os dois conversarem, isso só me deixa mais mal, me escondo para ouvir com mais clareza sobre o que eles falam.

__não vejo a hora de vê toda essa gente morta__o meu pai fala__estamos recebendo uma grana preta para isso, não podemos falhar, aquela mulher é muito esperta, não vai dar nenhum vacilo, ou você nem sai vivo daqui.

__sei disso, aos poucos estamos colocando gente aqui dentro, a Andreia disse que temos que chegar na Maju, ali é o ponto fraco daquela mulher demoníaca, foram anos planejando isso.

__ela matou a minha irmã, eu prometi vingar a morte dela, além de me vingar, ainda estou ganhando uma grana preta.

__que você faz aí garota, tá ouvindo a conversa__me assunto ao ouvi a voz da minha mãe, ela me puxa pelo braço e me leva até o quarto, ela segura meu queixo ckm força__só faz o seu trabalho direito, esquece qualquer coisa que você ouviu, você não quer vê seu pai com raiva, ou quer?__ela larga meu rosto e sai, meu Deus, onde meu pai está se mantendo, ele não pode fazer isso comigo, ela vai me matar.

__vamos sua idiota, vai ficar parada aí__passo sem olhar para ela.

Volto até a sala, assim que eles me veem se calam.

__boa noite.

__oi meu amor, demorou.

__desculpa__estou encomodada com essa situação, eles disseram que ela fazia mal para os moradores, agora descubro que na verdade eles estão ganhando dinheiro e meu pai quer se vingar dela, já estou me sentindo culpada por esta fazendo isso, isso é errado.

Ele e meu pai conversam sobre o casamento, eu fico aérea, como uma pessoa vive na igreja e está planejando matar uma pessoa, ele falou as coisas que ela já fez, mas não podemos ser iguais a ela.

Estávamos na lanchonete, o Carlos com um sorriso enorme no rosto, se antes a presença dele me encomodava, agora então, olho para a porta quando ouço uma voz, meu corpo chegou a arrepiar só em ouvi.

__aí dona Maria, trás um hot dog no capricho__ela para de falar assim que me vê, ela abre um largo sorriso me deixando nervosa, ela caminha em a nossa direção, ela não vai fazer isso, ela deve ser louca__essa cadeira, está ocupada?__pergunta olhando para mim, não sei nem o por quê ela perguntou, já que já foi puxando a cadeira que está ao meu lado e sentando__seu noivo?__ele estica a mão em sua direção.

__Carlos, muito prazer, você é?__ela ignora sua mão, mas não tira os olhos dele, como se ela conseguisse lê os pensamentos dele só em olhar

_little demon__ele finge espanto ao ouvir seu nome, nome não né, sinto algo aperta meu joelho por baixo da mesa, olho discretamente vendo a mão dela ali, me mecho encomodada, ela faz um monte de perguntas ao Carlos, ele a responde normalmente, ela continua com o aperto, mordo os lábios quando sinto um encomodo nunca sentido antes, ela parece que notou, pois olhou para mim e sorrio__nos vemos daqui a pouco, Ananda__ela dar um aperto com mais força, que me faz puxar o ar com força, olho confusa, quem disse meu nome a ela, ela levanta e sai indo em direção ao balcão, aí meu Deus o que foi isso, o Carlos me olha estranho, será que ele percebeu.

__ela é esperta, não fica muito perto dela, ela só quer saber se estamos mentindo, por isso as perguntas, não precisa ficar nervosa.

O Carlos foi até o banheiro, quando ela me vê sozinha, vem na minha direcão, ela não para, ela só diz que está me esperando nos fundo e sai, será que ela descobriu tudo e vai me matar, aí meu Deus, o que eu faço.

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Paixão inesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora