Ananda...
Não sei onde eu estava com a cabeça quando sair sozinha, só queria esquecer um pouco todos esses problemas, mesmo sabendo de todos os perigo que me rodeava, estava sem ânimo, me sentindo culpada por tudo o que anda acontecendo nesse lugar, mesmo elas dizendo que a culpa não é minha sei que muita coisa teria sido evitado se eu tivesse me afastado quando tive oportunidade, porém o que sinto pela Isa é mais forte que eu, mesmo sabendo que aquela infeliz estava com outra eu a ainda a quero, o pessoal diz que eu tenho ela em minhas mãos, mas tem horas que penso que é ao contrário.
Estava muito assustada quando os tiros começaram, o único local aberto era a igreja, mesmo com medo entrei, os tiros eram muito próximos, a gritaria era assustadora, quando a igreja foi invadida eu pensei que ali seria o meu fim, fui puxada no susto acabei gritando chamando a atencão dos homens, era o Guilherme, tinha algumas pessos também ali, fui colocada dentro de um baú, por sorte eles não olharam o local, so pediu para que feche a porta e que só era para sair da igreja quando os tiros cessasse.
Passei dois dias escondida ali, o Guilherme me deu a triste notícia que a favela foi tomada, se antes eu já estava com medo, agora estava apavorada, chorei muito pois não tinha nenhuma notícia, não sentia medo por mim, mas por elas, será que ela conseguiram sair a tempo, eram tantos questionamentos na minha cabeça, a angústia só em pensar que elas foram pegas pois estavam me procurando, é tanta coisa que tem horas que penso que vou enlouquecer, dias sem conseguir dormir, estou na casa do Guilherme, ele está diferente comigo, mas me garantiu me tirar daqui, estou com medo, penso em não esperar, hoje mesmo quando ele dormir eu saiu desse lugar.
__você precisa comer alguma coisa, a dias que você não come e nem dorme.
__só vou ficar bem quando eu tiver a certeza que minha família esta bem__ele não gosta quando eu falo assim, mas elas são a minha única família.
__olha no que elas te transformaram, você deixou elas entrar na sua mente__caminha de um lado a outro__ seu pai foi morto por aquela mulher e você, você arrancou a língua daquela garota na praça__já fecho a cara, odeio quando falam assim delas.
__e cortaria novamente, sou grata por tudo o que você me fez até aqui, mas não aceito que você fale desse jeito de nunhuma delas__me afasto quando ela tenta se aproximar__meu pai não era diferente, meu pai não, tenho até vergonha de dizer que já chamei aquele homem de pai um dia, e aquela mulher, espero que ela sofra muito antes de morrer__ele me olha como se não acreditasse nas minhas palavras.
__você está se escutando garota?__pergunta um pouco alterado__ Aquela garota te transformou em um monstro.
__aquela garota como você diz foi a única a se importar de verdade comigo, única não, pois sua mãe e sua tia fizeram o mesmo, quer saber o que o seu pastorzinho de merda fez com a filhinha querida? me vendeu__ele não parece surpreso, já vir que vai dar merda, preciso sair daqui.
__ele só queria seu bem__não dar, vontade de matar esse infeliz, mas preciso ganhar tempo.
__ele me usava para conseguir informações, eu quase que morro por conta da soberba deles, sabe o que aquela garota fez, apanhou para não me ver machucada, se não fosse por elas eu estaria sendo abusada a essa hora ou já estaria morta, já que o seu pastorzinho me jogou em um caminhão cheio de meninas que foram brutalmente abusadas, e levadas para outro país, você diz que ela é ruim, mas ela não aceita as astrorcidades que aqueles dois merdas aceitavam, eu vivia uma mentira, e foi ela quem abriu os meus olhos, se você quer continuar cego, que continue.
Ele não diz mais nada, senta com o celular em mãos, não posso esperar mais, preciso sair daqui, se ele defende tanto aqueles desgraçados é porque aceita todas as coisas que eles já fizeram.
Já era noite e o Guilherme estava um pouco estranho, ele saiu alguma vezes, e percebir que todas as vezes ele fechava a porta com a chave, coisa que ele não fazia antes, já me vem na cabeça a possibilidade dele ter me entregado, estava deitada quando ele entrou no quarto, fingir está dormindo, ele senta ao meu lado e passa as mãos pelo meu cabelo.
__não queria fazer isso__fala baixo__mas precisava te livrar das mãos daquela mulher, sua mãe garantiu que ninguém irá te machucar__já me apavoro, mas continuo com os olhos fechado__espero que um dia você me perdoe.
Ele levanta quando seu telefone toca e, atende ali mesmo.
__ela esta dormindo... sim, podem vir nesse horário, só me garanta que ela vai ficar bem, e que ninguém a machuque, ela foi usada e só precisa da nossa ajuda__daqui a uma hora, acredito que seja melhor, só deixar o carro na parte de trás, vou ficar a sua espera.
Ele desliga o telefone, mas não sai do quarto, penso o que posso fazer, me levanto quando ele entra no banheiro, vou até a cozinha e pego um pedaço de madeira, não vou matar, mas preciso sair daqui, volto para o quarto vendo que ele ainda não saiu do banheiro, me posiciono ao lado da porta, quando ele abriu a porta dei na cabeça dele fazendo ele cambalear.
__tá maluca__bato mais uma vez dessa vez ele acaba caindo, aproveito para bater com mais força, batir umas três vezes até ele apagar, nervosa era pouco, estava apavorada, arrasto ele para dentro do banheiro fechando a porta por fora, pego o celulta dele e saio do quarto e fecho também com a chave, resolvo sair pela frente, vai que eles já estejam nos fundo, as ruas estavam desertas, me escondia pelos becos, apavorada, preciso achar um lugar para me esconder e depois tentar entrar em contato com alguém, jogo o celular dele longe quando penso que ele possa ser rastreado e assim ser encontrada, não conheço muito bem o lugar, mas sei que quando eles chegarem até a casa do Guilherme, não vai ficar casa nesse lugar que eles não entre.
Nem sei que horas era, eu estava em um barraco apavorada, entrei no primeiro lugar que eu achei, pois timha vários homens armados correndo pela favela, os tiros parecia cada vez mais longe, eu estava encolhida, no canto da parede, orando para que isso acabe, me desespero quando a porta foi aberta, não dava para ver quem era, pois estava tudo apagado, me encolhe ainda mais, afim de não ser vista.
__aí meu Deus__grito assim que a luz foi acesa e a vejo ali, parada com um bebê em seu colo, ela me olha como se não acreditasse, ela coloca o bebê sobre a cama, me levanto e corro até ela, me jogando em seus braços.
__porra garota, onde tu tava, estava preocupada__ela se afasta me olhando toda preocupada, dou um selinho nela e volto a abraça-lá, ela me aperta forte, nem precisa dizer que eu já estava chorando__você está bem? Te machucaram?__só balanço a cabeça em negação, nos afastamos quando ouvindo um chorinho ecoar, olho o bebê sem entender nada, pego em meus braços, sorrio ao ver seus olhinhos abertos, lindo demais__você aceita ser a mãe do meu filho?__volto minha atenção para ela quando ouço sua pergunta__agora vou precisar de você mais ainda.
__ele é nosso?
__isso é um sim?__confirmo com a cabeça__te amo sabia?__olho para o bebê que me olha todo atento
__também te amo
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Olá meus amores, nossas meninas se encontram e, o melhor, agora elas tem um filho, para amar e cuidar, mas será que elas conseguem sair da favela sem ser vista? Espero que gostem, votem e comentem ajudem a MIGA aqui bjs.
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Paixão inesperada
Roman d'amourNossa little demon cresceu e se tornou uma mulher fria, temida por todos, que não acredita no amor, que ao longo dos anos fez seu legado dentro e fora do Brasil, que verá sua vida mudar quando uma paixão inesperada mudar todos os seus pensamentos, l...