12°Capítulo

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Ananda...

Já tem uma semana que não sei nada sobre a Isabella, a favela está um caos, ninguém entra e ninguém sai, desde o dia que o lugar que ela estava foi atacado que aqui vem sofrendo várias tentativas de invasão, ouvi meu pai e minha mãe comentando que ela perdeu algumas favelas que são do seu comando, eles estavam muito felizes, faziam festa, diz eles que não vai demorar para todos serem mortos, só de pensar nessa possibilidade fico apavorada.

Entrei em choque no dia que vi as imagens do local onde ela estava, havia muito sangue, a casa foi completamente destruida, foram muitos tiros, eu chorei por horas meu pai todo preocupado querendo me levar ao médico sem entender o motivo, que eu estava daquele jeito, só em pensar na possibilidade dela está morta me deixa mal, me bate um arrependimento quando lembro que até uns dias atrás eu estava ajudando o meu pai, mas eu não fiz por mal, eu mal sabia o motivo dele esta querendo fazer isso, ele é um pastor, nem deveria esta se envolvendo nessas coisa, ele não iria simplismente prendê-la, mas a queria morta, e isso me causa medo, eu não quero que nada de ruim aconteça a ela e a ninguém da sua família

__nenhuma notícia, nenhum ataque, se ela estivesse viva já teria atacado, pode ter certeza__ouço meu pai falar ao telefone__vocês tem que continuar tentando, elas estão aqui, tem que matar a Maju e a Tóia, só assim para acabar com esses desgraçados, tenta amanhã pela manhã, aproveite a ajuda da polícia, eles que vão levar a culpa caso algo dê errado__ouço ele falar aquilo tudo perplexa pelo modo que ele fala, como pode desejar a morte de outra pessoa desse jeito.

__tô só de olho em você dona Ananda, deu agora para ouvi conversar atrás da porta__me assusto quando ouço a voz da minha mãe__esculta aqui garota__ela me empurra na parede segura meus braços com força__estou de olho em você, sua carinha de sonsa não me engana, sei que você está aprontando e, quando eu descobrir, nem seu pai vai me impedir de acabar com você__me assusto com o modo que ela fala, ela me olha com ódio, tento puxar meu braço mas ela aperta com mais força, eu nunca senti medo da minha mãe, não desse jeito, o ódio é visível__espero que você não fale nada do que ouviu nessa casa, ou faço questão de te mandar para o buraco de onde você nunca deveria ter saído.

Puxo meu braço com força, consigo me soltar e corro para o meu quarto, sem entender as coisas que ela falou e, também sem saber o que vou fazer, eles vão mata a dona Maju e, eu não posso fazer nada, se pelo menos ela estivesse aqui, se eu falar a alguém eles irão matar os meus pais e eu vou junto, também, tem essa ameaça da minha mãe, que até agora estou sem entender quem é essa mulher, ela nunca foi carinhosa, mas ela nunca chegou ao ponto de me ameaçar desse jeito.

Eu estava sozinha, meus pais saíram, dizendo que iriam para o congresso, mas já estou achando que essa história de congresso é tudo mentira, quero entender como eles conseguiram sai da favela, já que está proibida a saída e a entrada, não importa se é moradores ou não, tentei ligar diversas vezes para ela, mas só ia para a caixa postal, se eu já estava nervosa, imagine então quando às cinco da manhã começou o tiroteio, os gritos lá fora eram aterrorizantes, eu me tranquei no quarto e fiquei deitada no chão, pedindo a Deus para ninguém sair ferido, meu pai ligou perguntando se eu estava bem, só disse que estava morrendo de medo, ele disse que tudo iria ficar bem, que logo a favela vai esta limpa, isso me causou uma aflição, em saber que pessoas estão morrendo lá fora e meu pai está por trás disso tudo.

Quando os tiros foram parar já se passava do meio dia, no twitter da comunidade só divulgava as imagens e o desespero das famílias que procuravam pelos seus entes querido, eram corpos e mais corpos empilhados no meio da praça, eles não conseguiram tomar a favela, mas deixaram um rastro de sangue, eu queria saber notícias da dona Maju, mas nada sobre ela foi postado, acho que isso é bom.

No finzinho da tarde sai de casa a fim de obter algum tipo de notícia, me arrependi, pois em cada rua que eu passava se ouvia o lamento, eram gritos desesperador, famílias chorando a morte de seus, pais, filhos, esposos, mas o que mais me doeu foi saber que crianças foram mortas covardemente, eles não vinheram só para matar bandido, mataram inocentes, eu me sinto culpada pois eu sabia que eles iriam atacar e não fiz nada, fiquei com medo de falar, quando me aproximava do hospital avisto a dona Maju, ela e outra moça que sempre está com ela, l choram muito, já fico aflita, imaginando que é algo grave, será que a Isa está machucada, por isso elas estão aqui, ninguém pode se aproximar, o local está cercado por homens armados, na certa para fazer a segurança dela.

Fiquei alguns minutos ali, mas não consegui obter nenhuma informação, voltei para casa quando foi informado o toque de recolher, quem fosse pego na rua iria ser punido, volto para casa angustiada, em saber que não tenho notícias, e, ainda pensando na possibilidade dela está machucada.

Estava em meu quarto quando batem a porta, era meu pai para avisar que eles já haviam chegado, ele se trancou no quarto com minha mãe e, eu fiquei funçando os sites em busca de notícias, mas nada concreto, só especulações, assim que o dia clareou eu tomei um banho esperei o horário do toque acabar e sai de casa, nem cheguei a vê meus pais, nem sei se eles estão em casa, eu só queria notícias e, mais uma vez fui para o hospital, mas igual a ontem ninguém se aproximava, e as que tinham autorização para entrar eram os que tinham parentes ferido, fiquei por horas ali, querendo saber quem realmente estava ali,  quando um carro escuro chegou, a mãe e a tia da Isa sairam desse carro, elaa pareciam muitos abatida.

Antes mesmo dela entrar no local, a mesma moça para ao lado dela e os gritos das duas eram desesperador, as duas choravam e gritavam, o número de pessoas foram aumentando, só para olhar, eu estava em choque, meus olhos inundados, eu tremia sentia que a qualquer momento eu iria desmaiar, meu único pensamento era, foi tudo minha culpa, teve um momento que a tal da Tóia me olhou com um olhar raivoso, como se ela soubesse de algo, eu não queria que isso acontecesse, eu não queria que nada acontecesse a ela nem a ninguém.

Quando voltei para casa meus pais estavam na sala, eles não me perguntaram onde eu estava, só me mandaram ir para o meu quarto e só sai quando eles chamarem, entrei no quarto, mas algo me disse para eu ir até lá e foi isso que eu fiz, eles discutiam, meu pai estava bastante alterado.

__como você pode fazer isso? Você é maluca, eram só crianças.

__você viu a ordem que foi dada, qualquer um que fosse importante para a Maju e a Tóia.

__mas duas crianças porra, você está maluca.

__fala baixo, quer que todos ouçam.

__eles são netos do Barão, esteja ciente disso, ele não estava por dentro dos planos da Andreia, o objetivo era a Maju e a Tóia, pior ainda é saber que nem a favela eles conseguiram tomar.

Fico em choque ao ouvi isso, ela não fez isso, quem é essa mulher que a anos eu chamo de mãe.

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Olá meus amores, demorei mais cheguei, o dia hoje está corrido, capítulo postado, espero que não me chinguem, não me cancelem, não me odei, espero que gostem, votem e comentem ajudem a sua MIGA aqui bjs.

Paixão inesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora