Paixão inesperada

83°Capítulo

Ananda

Se eu estou com medo que isso tudo não passar de uma armação para pegar a Tóia, claro que estou, mas confio na Isa,
sei que ela irá conseguir me tirar daqui, queria não conseguir sentir medo, mas é mais forte que eu, mas eu preciso ser forte, elas precisam de mim, sair do banheiro e me deparei com aquele homem nojento sentado na cama, ele me olha com um olhar que me causa repulsa e medo, nem sei o que farei se ele tentar algo, prefiro morrer.

__já tem sua resposta?__ele levanta, mas não se aproxima__vim saber a sua resposta, na verdade você não tem escolhas, ou me ajuda, ou amanhã mesmo você será levada para o presidio, e como te disse antes, vou te colocar na mesma cela que as inimigas da sua mulherzinha__rir cheirando uma brusa minha que estava sobre a cama__te garanto, que aquelas mulheres odeia tanto a little demon, que mesmo ela estando morta elas ainda querem acabar com qualquer um que seja da família, imagina o estrago que elas vão fazer ao descobrir que você era a marmitinha preferida dela e, aí, vai fazer o que eu mando?

__prefiro morrer, mas não farei nada contra a mimha famili__falo com raiva, ele fecha as mãos em punho__minha felicidade vai ser ver a Tóia te torturando, você é um verme.

__sabe quando isso vai acontecer?.... Nunca, e te digo mais, hoje não quero só a Tóia, a Maju, ela também, vou fazer tudo o que eu quiser com ela, e o melhor, na frente da desgraçada da Tóia__ao ouvir ele falar isso fui para cima, eu vou matar esse desgraçado, imundo, ele tenta me segurar, passo as unhas em seu rosto que consegue segurar em meus braços

__você não vai encosta um dedo nela seu maldito, antes disso eu te mato.

__sua desgraçada, eu vou te matar__me empurra me fazendo bater contra a parede, pega em meus cabelos e me levanta.

__me solta seu desgraçado, eu vou te matar, seu maldito.

__agora vou te dar o que você tanto quer__me joga na cama, me desespero quando percebo o que ele vai fazer, ele tira o cinto da calça, quando tento me levantar sinto o impacto da fivela no meu rosto, desgraçado, ele me pega pelas pernas, tento chutar, grito sentindo as lágrimas rolarem.

Ele se deita sobre mim, o medo, é tanto que fico sem ar, sem força para me defender, não consigo nem gritar.

__Sei que você vai adorar__tenta me beija.

__pai__ele sai de cima de mim todo assustado, não consigo enxergar nada por conta das lágrimas__o que o senhor ia fazer com essa garota__me encolho na cama, ela vem até mim tenta me tocar, mas eu não permito.

__Fernanda, vai para o seu quarto.

__não, eu não vou, sai daqui o senhor, tenho vergonha do senhor__fala com desprezo__o senhor tem filhos, é delegado, imagina minha mãe, porra pai, tudo menos isso__olho para ela que me olha com os olhos cheios de lágrimas__desculpa por isso, se eu não tivesse chegado a tempo, que merda__sua voz sai embargada, ela segura em minhas mãos que estão trêmulas__sai daqui, não vou te deixar sozinho com ela__fala sem olhar para o filho da puta, ele sai batendo a porta, consigo voltar a respirar quando ele sai.

Ela não solta as minhas mãos e, fica sentada ali, ao meu lado até eu me acalmar.

__quer um pouco de água?__confirmo com a cabeça__eu vou pegar, não vou demorar, não tenha medo__me dar um meio sorriso se levanta e sai, me ajeito na cama, ela volta com um copo e uma pomada em mãos__para  passar em seu rosto, tá doendo?

__um pouco, obrigada__ela sorrir me entregando o copo.

__precisa agradecer não, tenho analgésico, você quer?

__não precisa.

__você é a garota do aeroporto, só agora que em lembrei__confirmo com a cabeça dando um meio sorriso.