47°Capítulo

965 87 56
                                    

Ananda...

Se eu disser que não estou com medo dessa minha escolha estarei mentindo, porém não me vejo sem ela, pensei que seria fácil, consegui amadurecer, vê as coisas de maneira diferente, a Isa gosta de está no controle de dominar, não posso voltar a ser o que era antes, não vou deixar ela me intimidar, mesmo sabendo que será tarefa difícil, já que aquela maluca não ouve ninguém, mas estou disposta a fazer ela ver as coisas de maneira diferente, sei que o ciúmes e a possessividade dela será um grande problema, vou ter que ter muita paciência, coisa que estou aprendendo a não ter, graças a ela.

__Isabella__ela me olha por cima do ombro__a cama__ela olha com a testa franzida__não vai cair sua mão se você arrumar.

__tu tá de sacanagem?

__não, eu não estou, sou sua mulher não sua empregada__vontade de rir da cara dela__a dona Maju é perfeita, só faltou te ensinar umas coisinhas básicas, mas não se preocupa, vou fazer isso, vou tomar meu banho, espero voltar e encontrar a cama do jeitinho que eu gosto__deixo ela lá, parada, como se não acreditasse em minhas palvaras.

Passei uns dez minutos no banho, estranhei a maluca não ter entrado, saio enrolada na toalha vendo ela brigando com os lençóis, só rindo mesmo, deixo ela com a guerra dos lençóis caminhando até minha mala, pego um vestido e uma calcinha, quando me viro ela está parada, não aguento e começo a rir.

__tá rindo de quê? Como merda vocês conseguem fazer isso? Não dar, desisto__se joga na cama, me aproximo.

__desiste nada, tá quase__olho o cobertor que ela dobrou, sem sobra de dúvidas, até uma criança faz melhor__vamos, levanta, tenho umas fotos para fazer__ela já me olha torto, sei que essas fotos vão me dar dor de cabeça__você vai ter que me ajudar com as tarefas de casa.

__vou contratar alguém para te ajudar.

__vai contratar nada, vamos, levanta, vou mostrar só dessa vez, não gosto de cama bagunçada, nem casa__pior que criança, a má vontade é tanta que não faz nada certo__muito mimada você em, nem a cama arrumava.

__dona Maju até que tentou por um tempo, mas eu sempre dava um jeitinho de fugir, não nasci para isso.

__não nasci para tantas coisa, mas aprendi, vou te ensinar tudo, mas dessa vez você não irá fugir__sumiu ate o brilho no rosto da maluca__precisamos fazer compras, não tem nada aqui.

__vamos tomar café na padaria, preciso mostrar para aqueles bandos de Zé ruela que você é minha__me puxa pela cintura e me dar um selinho__ou é isso, ou matar metade da favela__dou um tapa no braço dela, ela entra no banheiro, demora uma eternidade para sair de lá de dentro, já estava quase batendo na porta para vê se ela estava viva.

E realmente ela fez questão de ir a pé, por todo o canto as pessoas olhavam, algumas até cochicham, na padaria não foi diferente, sentamos, não demora a moça vem nos atender, cheia de sorrisinhos.

__oi little demon, quanto tempo__a ruiva olha para ela com um sorrisinho malicioso__vai querer o de sempre?__a descarada nem um bom dia deu.

__não, ela não vai querer__ela me olha.

__mas ela sempre pede dois pães na chapa e um café preto.

__pois hoje ela vai pedir outra coisa__falo com deboche, a garota faz pouco caso__na verdade eu quem vou pedir e, dá próxima vez um bom dia não fará com que sua língua caia, ou só tem ela a mesa?

Ela não me olha, olha para Isa que faz pouco caso, mas dar para vê que a descarada está se segurando para não rir.

__trás um suco de laranja sem açúcar, um café com leite, duas fatias de bolo e dois pães de queijo__ela anota o pedido, mas a desgraçada tá com o olhar preso na outra safada__mais alguma coisa meu amor__ela sorrir ao ouvir eu chamá-la assim, a ruiva muda até a feição.

Paixão inesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora