Paixão inesperada

88°Capítulo

Ananda

Ainda sem acreditar, como isso foi acontecer, olho a reportagens, a vejo ali, algemada, sendo exposta como se fosse um troféu, ódio, isso é a única coisa que consigo senti, ódio em saber que tem tanta gente falsa e sujas, que teve coragem de trair a confiança dela, pois todos sabem que isso teve dedo de alguém daqui, quando eu penso que as coisas vão melhorar, recebo uma banho de água fria, me fazendo pensar que jamais teremos paz.

__não quero te ver assim__olho para a dona Maju, ela tenta me passar força, mas sei que ela está sofrendo assim como eu__ela já saiu de situações bem piores, dessa vez não será diferente.

__eu sei disso, porém eu tenho medo, não por mim, mas por ela, mas prometo que dessa vez não vou me abater, vou ser forte por ela.

__você já é forte, vamos pensar positivo, desliga essa TV, melhor não tá vendo essas coisas__ela pega o controle e desliga__o advogado vem hoje a tarde, ele está na delegacia.

__ele pode fazer algo por ela?

__acredito que você já saiba a resposta__só balanço a cabeça em concordância__ele só esta lá para garanti a integridade física dela, mas não poderá fazer nada para tirar ela de lá de dentro, mas também sabemos que lá ela não ficará por muito tempo.

Realmente, ela não ficará, mas sinto que ela não está bem, estou angustiada, queria ela aqui, sei que mesmo com o advogado, eles vão machucá-la, sem contar que ela tem muitos inimigos, só queria a certeza que nada irar acontecer com ela, mas acho difícil.

[...]

Pense na vontade que eu estou de esmurrar a cara dessa tal de Yasmin, garota insuportável, se a Isa não estivesse nessa situação ela estaria ferrada, mas juro, minha vontade é de ir eu mesma até aquele lugar e tirá-la de lá, só quero ouvir da boca dela o que ela teve com essa idiota, essa ridícula consegue me tirar do sério várias vezes, pior é saber que é minha irmã, na frente do pessoal me chama até de irmãzinha, mas quando estamos sozinhas fica de indiretinhas, vontade de descontar toda a minha raiva nela, falando em irmã, queria notícias da Fernanda, mas não tenho coragem de ligar, mesmo que eu não tenha sido apontada como suspeita da morte daquele desgraçado, penso que ela possa esta me culpando, espero que ela esteja bem, o que a Isa fez com aquele desgraçado foi até pouco, o idiota estava irreconhecível.

Um mês já se passou e não temos nenhuma notícia, nem mesmo o advogado tem acesso a ela, já pensei diversas vezes em ir eu mesma até lá, mas me lembro que não posso vacilar, ela precisa ter a certeza que eu estou bem e segura, mas eu só queria essas certeza.

__ela não vai aceitar isso, é melhor não__entro na sala ouvindo a dona Maju, olho vendo o Grego, o advogado, a insuportável e Tóia, pela cara delas, sei que não vou gostar de nada.

__algum problema?

__melhor tu sentar__a Tóia aponta a cadeira, me sento já esperando mais problemas.

__consegui falar com a little demon__olho para o advogado assim que ouço ele falar__ela vai fugi, mas para isso precisa que alguém vá visitá-la, pois precisa passar algumas informações, como minha visita é monitorada, então pensei em uma visita intima, estou tentando duas visitas, esse é o máximo que irei consegui, mas é o suficiente, uma será uma visita normal no pátio.

__eu vou__todos me olham.

__aí é que está o problema, ela não te quer lá dentro, me mandou até arrumar outra pessoa.

__eu posso fazer isso__olho para a cara de sonsa dessa vaca, a merda que ela vai, deixo nada.

__não, você não pode e nem vai, eu quem vou__dou um sorriso amarelo, a cobra me olha com deboche, a única certeza que tenho é que ela não vai.