Ananda
Dois meses que estamos aqui, se eu disser que está sendo fácil, estarei mentindo, vivir pouco com a Isa, mas foram os melhores dias da minha vida, mas estamos conseguindo aos pouco, não sei se foi uma coincidência, mas a mulher do aeroporto está em uma casa no mesmo condomínio que a gente, não gosto do jeito que ela me olha, só está ela e os filhos, segundo ela veio passar as férias, toda vez que ela me vê me enche de pergunta, do tipo, quem é o pai do bebê, onde estão os meus pais, chegou até a perguntar sobre quantas pessoas havia na casa, não respondir, fui ate grossa com ela, mas foi preciso, já até falei com a Tóia, ela ficou um pouco apreensiva e, amanhã mesmo iremos para um outro lugar.
__já terminou de arrumar as roupinhas do Théo.
__já sim, só deixei o básico__ela me ajuda a colocar as malas para fora, para não levantar muita suspeita os seguranças vai levar as malas hoje e, sairemos amanhã__a senhora acha que são eles?
__a Tóia esta chegando pela manhã__já me bate um nervosismo__vamos voltar, ela acha que não estamos seguras e, que alguém nos entregou.
__estou com medo, não por mim, mas pelo o Théo.
__vai dar tudo certo.
__eu nem percebir as perguntas dela no aeroporto, o jeito também que ela me olhava, muito estranha, só fui pensar nisso depois que falei com a Tóia.
__vai dar tudo certo__noto o inusiasmo dela, tá morrendo de saudades da Tóia, dois meses longe uma da outra, pelo menos ela tem a certeza que terá o seu amor ao seu lado.
Estava nervosa, com tudo isso, sinto como se fosse acontecer algo, passei praticamente toda a noite em claro, não poderia dormir, o medo não é pouco, pela manhã estava angustiada, fiquei pior depois que a Tóia ligou pedindo para sairmos da casa que não era seguro ela vir até aqui pois a polícia está de olho.
__vamos.
__Ela esta bem?
__Não se preocupe, ela está bem, e nós também vamos ficar.
__desculpa a preocupação exagerada.
__preocupação nunca é demais.
__a Aline?
__já foi na frente, a Tóia disse que seria melhor, para não chamar muita atenção.
Ajeitamos o Théo na cadeirinha, olho para o lado vendo a tal da Flávia se aproximando.
__estão de saída?
__sim, porque a pergunta?
__vem almoçar com migo hoje, meus filhos não estão em casa.
__vou ver, qualquer coisa te aviso.
__ah, claro, esse aqui é meu número __pego o papel da sua mão doidinha para ela sair daqui.
__Vamos filha.
__preciso ir, depois nos falando.
__posso te dar um abraço?__fico sem entender nada, essa mulher deve ser maluca, como não respondi nada ela me puxa para um abraço, ela não fala nada só se afasta e vai embora, ela é muito estranha.
Já estávamos na estrada cerca de uns vinte minuto, até que o carro é parado bruscamente, já olho assustada vendo o carro cercado por polícia, olho para dona Maju toda assustada.
__se acalma, eles não têm nada contra a gente, fica no carro__fala e desce logo em seguida, ela conversa com um dos policiais, ela negando com a cabeça, notava-se que ela estava alterada.
Ela volta para o carro mas o jeito que ela me olha me deixa com medo, mesmo com medo resolvo perguntar, vai que só seja coisa da minha cabeça.
__algum problema?__ela fica em silêncio por alguns segundo e olha para fora, quando ela volta sua atenção para mim seus olhos estão cheios de lágrimas me dando a confirmação que há sim um grande problema__eles estão aqui para levar a gente?
__não__já olho sem entender o porque ela chora, se eles não estão aqui para nos pegar, ela desvia o olhar__eles vinheram por você, é você que eles querem Maju__fico sem entender, não sei qual a acusação, mas eles estão com uma ordem de prisão contra você__
Já me bate um nervosismo, olho para o Théo assim que ele começa a chorar, tiro ele do bebê conforto, dona Maju fala com a Tóia, mas não me olha, sua voz sai embargada, tento ficar firme, para que ela não sofra mais ainda, quando ela encerra a chamada.
__tô confiando o meu pequeno a senhora__passo os dedos no rostinho do meu pequeno__assim como a Isa confiou ele a mim, sei que a senhora fará o possível e o impossível por ele.
__já estamos providenciando o advogado, tudo vai ficar bem, eu te prometo.
__mas se não ficar__ela tenta falar, mas eu não permito__se não ficar cuida dele do mesmo jeito que a senhora vem cuidando de mim todos esse tempo__sorrio limpando as lágrimas que insiste em cair, não posso ser fraca, dou um beijo na cabecinha dele__toma ele__entrego o meu pequeno com o coração apertado, mesmo sabendo que ela fará de tudo por ele, ajeito ele em seu colo, a puxo para um abraço, ela beija a minha testa__amo vocês viu, e obrigada pela família maravilhosa que vocês me deram.
__tudo vai se resolver.
__eu sei que vai, mas enquanto isso não acontecer, só cuida dele e, seja forte como a senhora sempre foi.
__estão levando mais um pedaço de mim.
__eu vou, mas eu volto, vou voltar por vocês__beijo mais uma vez o meu pequeno e sem olhar para trás saio ouvindo o chorinho do meu filho, isso me quebra, olho ao redor vendo alguns dos seguranças rendido.
Eles apontaram a arma na minha direção, se aproximam com cautela, como se tivesse com medo, será que pensam que eu estou armada, levanto as mãos para o alto, com uma certa violenta um dos policiais me imobiliza e coloca as algemas desgraçados, olho para o carro dona Maju está lá, com os olhos cravados em mim, ela chora bastante e meu pequeno também, pois daqui dar para ouvir, faço sinal para que ela vá, será pior ver o sofrimento dela, mas ela não vai, certamente vai me acompanhar, fui jogada em um dos carros, bando de ignorantes, eles não falavam nada, olhei para trás assim que o carro saiu do lugar, o carro que a dona Maju estava foi cercado, impossibilitando dela sair do lugar, que merda está acontecendo aqui.
Já tinha uns trinta minutos que estávamos na estrada, olhei para o lado quando notei uma moto na nossa cola, tinha duas pessoas na moto, não dava para vê claramente, mas não, não pode ser, ela não faria isso comigo, meu corpo todo esta em choque com essa possibilidade, eu já chorava, de alegria, de raiva era uma mistura de sentimentos, mesmos ela estando em uma certa distância e, com aquela roupa eu a conheceria a quilômetros, ela está viva, encosto a cabeça olho fixamente, sentindo todo meu corpo estremecer, eu estava ainda aérea, o carro parou, eu ainda olhava para a moto, que parou em uma pequena distância, fui tirada do carro, na hora tentei correr até, mas fui segurada, olho vendo ela em pé ao lado da moto e tira o capacete, os policiais tentava me puxar, mas eu não me movia, eu queria ir até ela, queria tocá-la para ter a certeza que tudo era real, que não é mais um sonho, iguais os que venho tendo esses últimos dias, fui arrastada para longe dali, eu não reagia, só chorava olhando para ela, até que a porta fechou e eu não conseguir mais vê-la.
Fui colocada em uma sala, eu não estava bem, eu precisava sair daqui, preciso falar com ela, ela está viva, a minha Isa está viva, passei horas ali, mas ninguém vinha até mim, se ouvia vozes alteradas, isso já me deixando mais nervosa, quando a porta foi aberta, não tinha reação, não entendia o que ela estava fazendo ali.
__o que você faz aqui? É algum tipo de brincadeira.
__hora de voltar para casa, filhinha.
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Olá meus amores, cheguei, é né, nunca que eu iria matar a minha bebê, espero que gostem votem e comentem ajudem a MIGA aqui bjs.
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Paixão inesperada
RomanceNossa little demon cresceu e se tornou uma mulher fria, temida por todos, que não acredita no amor, que ao longo dos anos fez seu legado dentro e fora do Brasil, que verá sua vida mudar quando uma paixão inesperada mudar todos os seus pensamentos, l...