Living As the Villainess Queen (PT-BR)

Capítulo 103 - É meu dever (2)

Ela não estava errada. Eles fizeram um acordo três anos atrás, e ela prometeu dar a ele um sucessor, sem falar que era uma de suas principais funções como rainha. Mas por que as palavras dela o irritavam?

Na verdade, ele deveria ser grato por ela usar a palavra 'dever'. Além disso, não era melhor do que chamá-lo de cumprimento de contrato ?

Tudo o que ele queria do casamento deles era um sucessor, além disso, ele não esperava mais. 

E porque ele não esperava mais do que isso, ele nunca se decepcionou com ela por qualquer problema que ela lhe causasse.

Mas, recentemente, ele se viu querendo mais do que apenas um sucessor no casamento. Ele queria que ela aceitasse ser a Rainha de Hashi, para cumprir seus deveres e responsabilidades com orgulho. 

Foi por isso que ele deu a ela o papel de administrar o palácio. Para torná-la parte do reino.

E recordou com muito carinho como ela aceitou com entusiasmo a responsabilidade.

Mas era só isso que ele queria?

Ele não conseguia nem encontrar em si mesmo para dizer que sim, isso era tudo que ele queria dela. Mas pela vida dele, ele nem sabe o que mais quer.

 E quanto mais ele pensava nisso, mais seus pensamentos ficavam confusos, confundindo-o muito.

Assim que soltou um suspiro silencioso, ele ficou surpreso ao ouvir outro logo depois. Não era dele, então ele virou a cabeça bem a tempo de ver Eugene fazer o mesmo e eles se entreolharam com espanto.

"Me desculpe, eu te acordei?" ela finalmente disse, reajustando sua posição para falar com ele apropriadamente.

"Não, está bem. Está tudo bem?" ele perguntou, fazendo o mesmo para olhar para ela.

“Sim, eu só estava pensando nas coisas...” ela respondeu, sumindo. Kasser inclinou-se para mais perto.

"No que você estava pensando?"

"Não é nada." ela disse a ele, fazendo-o franzir a testa.

Ele ficou incomodado com a resposta vaga dela, mas sabia que não devia interrogar alguém que não quer falar. Independentemente disso, ele não podia suportar esse sentimento de não saber, não esta noite.

É ela…? De repente, ele endureceu em pensamento.

Ele tinha que saber.

“Eugene”

"…sim?"

“Você está se lembrando de alguma coisa?”

“Não, eu não me lembro de nada,” Eugene respondeu rapidamente quando ela o sentiu começando a se sentar no escuro. Quando ela o viu deitado de lado, plantando o cotovelo nos lençóis e apoiando a cabeça na palma da mão, Eugene balançou a cabeça mais uma vez para tranqüilizá-lo.

“Eu conheci o presidente do banco hoje.” ela de repente compartilhou.

 Não era com isso que ela estava se preocupando no momento, mas ela decidiu pelo menos dar a Kasser algo para conversar. 

“Aparentemente, eu tive algum tipo de fortuna particular. Então chamei para confirmar.

“E o que você achou?”

"Só que eu tenho muito." ela admitiu: "Ainda continuo me perguntando se tudo isso realmente é meu". ela terminou suavemente.

"É seu." ele confirmou para ela, “Provavelmente é do Sang-je.” ele adicionou.

“O Sang-je? Pelo que?"

“Por parabenizá-lo por seu casamento. Todos os Anikas ganham dinheiro quando se casam. 

Kasser disse e finalmente sorriu, todas as provocações podiam ser ouvidas em sua voz.

 “Você está preocupada em ter muito dinheiro? Por que você se preocuparia com isso?” ele riu dela.

Eugene apenas afundou ainda mais em seu cobertor enquanto franzia as sobrancelhas.

“Não parece certo ter todo esse dinheiro. Eu nem sei de onde é,” ela murmurou. 

Se eu pudesse dizer a ele, por que estou tão interessada em estudar a riqueza de Jin.

“Se estiver em uma conta sob a sua, então é seu. Por que importa de onde vem?” ele perguntou confuso, quando o nome Eugene lançou um olhar para ele antes de ela fazer beicinho de frustração.

Essa é realmente a linha de pensamento que alguém teria ao nascer do dinheiro? 

Porque além de Sang-je, Kasser era uma das pessoas mais ricas de Mahar. Isso ainda não a impediu de se perguntar se cada Anika recebia tanto dinheiro ao se casar.

Os Sang-je realmente estimavam Anikas.

“Mas você provavelmente recebeu mais.” Kasser de repente cantou, interrompendo seus pensamentos.

"Realmente? Por que?"

“Porque você se casou com um rei.”

"Por que ele daria mais dinheiro para Anikas se casar com um rei?"

“Provavelmente para confortar uma Anika deixando a Cidade Santa e para ajudá-la financeiramente a se estabelecer em um reino estrangeiro. Mas não conte a ninguém. Só estou contando porque você não se lembra, mas não é algo de conhecimento geral.”

"Oh? Então, como você descobriu? Ela perguntou a ele.
“Acabou de acontecer.” 

Ele disse com um encolher de ombros. Com isso, ele efetivamente encerrou a conversa. Eugene achou estranho que ele mostrasse um pingo de desconforto.

 Então ela não perguntou mais porque não estava mais tão curiosa quanto antes.

Bem, pelo menos não é um dinheiro duvidoso, ela pensou aliviada, sentindo um peso ser tirado de seus ombros.

“Eugene.”

"Sim."

“Sobre o que você disse,” ele fez uma pausa, continuando a ficar em silêncio por um momento antes de falar novamente.

 Eugene esperou pacientemente que ele continuasse. Ela se perguntou o que era tão difícil para ele dizer.

“Não estou tentando criticar você, nem tentando mudar sua opinião,” ele finalmente continuou. Eugene franziu a testa com a mudança repentina de assunto, tentando lembrar o que ela havia dito antes...

“Eu só quero que você saiba, se você não quer um filho, não precisamos.” Ele finalmente disse: “Acho que às vezes as crianças só pioram as coisas”.

Eugene não conseguiu compreender imediatamente o significado por trás de suas palavras. Como as crianças poderiam piorar as coisas? De repente, a ex-rainha que estava na Cidade Santa veio à mente.

Sentindo que cutucou a costa de Kasser em seu ferimento de infância, ela sentiu empatia por ele.

“Talvez seja porque você ainda não me conhece muito bem, mas posso garantir, ninguém pode me obrigar a fazer o que não quero”, disse ela com total confiança, acrescentando até um tom brincalhão, mas ela não ouviu nenhuma resposta dele.

Ela esperou por mais alguns minutos, mas foi recebida por nada além de silêncio. Logo, ela se recostou para conseguir um sono confortável, seus olhos se fechando enquanto o sono lentamente se insinuava nela...

Infelizmente, um segundo depois, seus olhos se abriram novamente quando ela se lembrou de um detalhe importante para suas preocupações.

Ah, esqueci de perguntar', ela estremeceu em pensamento, enquanto mordia o lábio.

Ela ainda precisava saber o que havia roubado antes de fugir para o deserto.