Capítulo 24- sentença

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- Sim Meritíssimo, eu me considero um perigo para a sociedade. - Olho para Lauren que estava chorando também.

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- A defesa tem a palavra. - Havila informa e Haroldo se levanta.

- Meritíssimo gostaria de chamar a Dra. Liz Albuquerque que estava presente na noite em questão.

Saio da cadeira dando espaço para Liz se sentar, ao passar por mim escuto um: Vai ficar tudo bem. Sorrio de volta para ela antes de retornar ao meu lugar.

- Pode nos dizer como você estava presente naquela noite em que tudo aconteceu?

- Eu estava passando de carro, quando vi uma movimentação em frente a casa que sabia ser de Camila, e então resolvi parar e ver se estavam precisando de alguma coisa, ao descer Camila estava muito assustada, desnorteada, foi então que ela me contou que o suposto namorado da mãe dela havia planejado assaltar a casa dela.

- E o que ela disse?

- Que morreria se fosse preciso mais não sairia de casa. Sinceramente é uma situação difícil, eu em seu lugar teria feito a mesma coisa.

- Meritíssimo, uma pergunta a testemunha? - O promotor pede.

- Concedido.

- Então você mataria por isso?

- Nas condições em que me encontro não, mas Camila perdeu um filho e Camila estava com problemas em casa, e com a mãe alcoólatra, eu teria tido um surto com o diagnóstico que Camila tem.

- A réu por gentileza se dirija até aqui.

Me levanto confiante de que Liz tinha me ajudado.

- A testemunha falou que você havia dito que sua casa seria assaltada aquela noite, o que você tem a dizer sobre isso?

- Naquela noite depois do ocorrido, meu tio me chamou na porta de minha casa, me contando que estava no bar de ouro quando ouviu o Francisco combinando com mais dois caras de ir na minha casa pegar a chave de minha mãe que estava bêbada com ele, e começou a descrever tudo que tinha dentro da minha casa, e foi então que minha tia chegou para trocar os cadeados, e ai Liz chegou e se ofereceu para passar a noite vigiando minha casa comigo.

- E o que aconteceu Camila?

- Por volta das três da manhã, uma moto parou com um homem e uma mulher e então eu desci do carro chamando a atenção deles, perguntando o que eles estavam fazendo ali com uma serra sendo tirada da bolsa para o cadeado, a mulher se revoltou e veio para cima de mim, foi quando eu e ela caímos no chão lutando pelas nossas vidas, eu não me lembro muito bem de nada, pois na hora senti uma raiva absurda e fiquei cega, mas ela pegou a faca que estava caída ao nosso lado, e era ela ou eu, mas na força ela perdeu e eu estava cega, não enxergava nada, só percebi o que eu fiz depois do cara dizer que havia esfaqueado a esposa dele e me esmurrar.

- Mas quem estava com a faca de início, era você não era Camila? - O promotor me olha e eu sabia que estava ferrada na mão dele, ele era bom.

- Meritíssimo, se a senhora permitir podemos chamar a próxima testemunha? - Haroldo interrompe aquela minha troca de olhares com o promotor. Ela também não queria que eu respondesse aquela pergunta.

- Pode chamar a próxima testemunha. - Dr. Robert Parkinson entra na sala, de início fico surpresa com sua presença ali, eu não sabia bem quem seriam as minhas testemunhas, isso foi combinado entre Lauren, Haroldo e Saraiva.

- Doutor, o senhor afirma que a réu foi internada por livre e espontânea vontade? - Haroldo era velho, mas dava para ver porque era um dos advogados mais renomados.

Até o Para Sempre- Especial: Nunca Vou Te DeixarOnde histórias criam vida. Descubra agora