018 - 𝐄𝐋 𝐒𝐈𝐍 𝐍𝐎𝐌𝐁𝐑𝐄 (𝐏𝐀𝐑𝐓 𝟏) / 𝐻𝑂𝑀𝐸

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|⠀ ⠀ ⠀ — 𝐷𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟𝑎 "𝒞ℎ𝑖𝑡𝑎" 𝐻𝑜𝑓𝑓𝑚𝑎𝑛

|⠀ ⠀ ⠀ ❝𝐎-𝐀𝐍𝐎𝐍𝐈𝐌𝐎

|⠀ ⠀ ⠀ — 𝐿𝑎𝑠 𝐴𝑙𝑚𝑎𝑠, 𝑀𝑒𝑥𝑖𝑐𝑜.

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⠀ ⠀ ⠀Ela vestia roupas tão simples quanto qualquer uma outra, um pouco imundas e desgastadas devido o tempo, e um pouco largas para o seu corpo, mas isso não importava agora. A mulher estava totalmente limpa, sem armas, sem escuta, totalmente indefesa e sozinha, a não ser pelas batidas de seu coração que eram intensas quando ela se aproximou em uma das entradas principais da mansão.

⠀ ⠀ ⠀Ouvir e sentir seu próprio coração, era a única garantia que ela tinha que ainda estava respirando.

⠀ ⠀ ⠀Os cabelos desganhados e curtos dela, pareciam ter sido atingidos por uma ventania e tanta, e uma mecha atrapalhava um pouco sua visão, porém, não o suficiente para ela ver dois seguranças armados na porta, esses dois homens mascarados que ficaram tensos com a presença dela. Agressivos como eram, atiraram no chão, quase perto dos pés delas, no intuito de render a mulher que estava muito calma, e aparentemente com medo.

Calma! Calma! — Dandara levantou os dois braços em rendição, se ajoelhando rapidamente, os olhos caídos e demonstrando inferioridade e medo, o que com toda certeza era uma grande mentira. — Eu tenho informações! Sou útil. Sei de coisas que seu chefe vai adorar saber. Eu estava lá, eu vi tudo...até demais, sobre os homens que os atacaram.

⠀ ⠀ ⠀O corpo dela estava fraquejado e gelido assim que seus braços foram agarrados, colocados para trás com selvageria e ela logo foi levantada novamente pelo mesmo criminoso. O outro, começou a falar por rádio em sua língua nativa com alguém, ainda apontando uma arma para a cabeça de Dandara enquanto caminhavam para a porta.

⠀ ⠀ ⠀Após dar cinco passos para frente, o homem que segurava Dandara por trás a empurrou com força para frente, ela tropeçou nos próprios pés, tentou se equilibrar e quase conseguiu se colocar de pé, mas não deu tempo, ela tropeçou novamente nos proprios pés, e enfim caiu no chão  gelido como uma mulher qualquer atrapalhada.

⠀ ⠀ ⠀O mesmo soldado que a empurrou deu uma risadinha com a situação alheia, como se tivesse gostado de tal humilhação. Dandara gemeu com o impacto, e então, olhou para trás, ainda no chão, olhou para os dois homens com certo desgosto no olhar.

⠀ ⠀ ⠀Ela facilmente quebraria o pescoço de ambos em menos de quinze segundos, faria os dois se afogarem em seu próprio sangue, assim como ela tropeçou em seus próprios pés como uma barata tonta, mas às circunstâncias não a deixavam...Dandara podia fazer aquilo. PODIA. Ela mesma sabia disso, mas às consequências eram bem claras, como sempre, então, ela se mostrou calma e sem jeito.

— Peço uma chance! Uma chance. — Dandara tentava os convencer, quase como se estivesse necessitada daquilo. O sotaque da mulher parecia mais mexicano. — Me deixem falar com o seu líder, e se eu estiver errada, podem atirar na minha cabeça. — Ela encarava o homem que ainda falava por rádio, e esse a encarava também.

⠀ ⠀ ⠀Enquanto o homem conversava com uma outra pessoa atravéz do rádio sobre o que fariam, o outro soldado se ajoelhou diante de Dandara, mascarado, observou muito bem os olhos da mulher, com certa malícia, crueldade e suspeita. A mulher fez uma careta de desaprovação com aquele olhar duvidoso lançado sobre ela. O mascarado aproximou a canhota do rosto alheia, e com o anelar afastou cuidadosamente uma mecha castanha da soldado para trás, e gentimente segurou o queixo dela com o polegar e o indicador. Dandara facilmente quebraria aqueles dedos largos do homem, cobertos por uma luva preta de couro, mas ela só recuou um pouco o rosto.

𝙳𝚁𝙾𝙿𝚂 𝙾𝙵 𝙿𝙰𝙸𝙽⠀ 𝑆𝑖𝑚𝑜𝑛 𝐺ℎ𝑜𝑠𝑡' & 𝐴𝑙𝑒𝑗𝑎𝑛𝑑𝑟𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora