room 202 · jaeyong

dezesseis

Nunca tive um encontro tão fracassado na minha vida e estou tão decepcionado quanto vocês, acreditem.

Primeiro, por ser feriado, não tinha um único restaurante ou lanchonete vazio nas redondezas, e olha que nós andamos pra cacete procurando. E sim, quando nós saímos da escola, a noite estava linda, mas do nada começou a chover.

Resultado: voltamos pra escola.

Agora estamos embrulhados nas minha cobertas na minha cama com o notebook dele passando o jogo de basquete mais antigo que encontramos. Também tinha uma pizza que conseguimos por milagre no delivery, mas ela já tinha acabado.

-O que achou do nosso encontro? - Se espreguiçou e colocou o notebook na própria cama, óbvio que não voltaria pra lá hoje de novo.

-O melhor que eu já tive. - Riu da minha ironia e beijou embaixo da minha orelha.

-Quer brincar um pouquinho?

-De quê?

-Quem resiste por mais tempo.

-Ah não, Jae! Você sabe que vai ganhar.

-É só prancha, Taeyong. Até parece que você não faz academia. - Revirou os olhos. Não, tem algo errado aqui.

-Como assim "prancha"?

-O que achou que era? - Sim, eu fiz uma linda carinha de paisagem. - Deixa de ser safado, homem. - Riu e bateu na minha perna.

-É sério que não era disso que estava falando?

-Sim! O que você espera de um rato de academia?

-Pouca coisa, mas esperava mais de você.

-A mesma coisa que conseguiu quando me chamou de soca fofo?

-Pra quê lembrar disso? - Virei de costas e escondi meu rosto nas cobertas. Não demorou pra eu sentir a mão pesada dele na minha cintura.

-Se cometer esse erro de novo, posso te mostrar outras formas de como provar o contrário.

-Jae, minha bunda ficou inchada por dias, além das marcas.

-Que bunda? - Nunca joguei uma praga tão forte em alguém na vida como agora. E ele riu tanto.

-Não quero mais falar com você hoje.

-É quase meia-noite, pensa direitinho. -Deixou um beijinho na minha bochecha.

-Jaehyun, acho que aquele ódio que eu tinha por você voltou.

-Não fala isso que eu choro.

-Você gostou quando eu chorei enquanto metia em mim.

-É outro tipo de choro.

-Mesmo assim.

-Não compara. - Me abraçou formando uma clássica conchinha.

-Você já tá duro.

-Só de lembrar do jeitinho que você engole meu pau tão bem já é o suficiente pra eu ficar assim.

Esse quarto vai ter história...