21. Não Precisa Entender

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— Cheguei! — Gritei quando entrei em casa.


— Filho, eu tenho uma má notícia... — Mamãe entrou na sala com a cabeça baixa.


— Deixa eu adivinhar... Jisung sumiu?


— Isso. — Me olhou atordoada. — Como sabe? Por que está tão calmo quanto a isso?


— Pelo simples fato de ter encontrado um certo gatinho dentro da minha mochila. — Abri a mochila e o peguei no colo.


— Mas que gatinho travesso! — Riu e se aproximou para acariciar a cabeça do gato. — Eu fiquei preocupada quando não o encontrei, sei o quanto ama este gato. — Fez carinho nas orelhas do mesmo que aceitou de bom grado. — Bem, acho que ele não aguenta esperar você voltar do colégio.


— Eu sei disso. — Suspirei. — Mas não é permitido animais de estimação no colégio, então ele terá que esperar. — Coloquei Jisung no chão. — Vou passar a vasculhar minha mochila antes de sair. — Estreitei os olhos para o híbrido.


— Ah, não seja tão duro com o pobre gatinho. Ele fica o dia inteiro trancado no quarto sentindo sua falta, acho que deveria levar ele para passear como recompensa.


— Levar ele para passear? — Ri e neguei com a cabeça. — Ele é um gato teimoso e não um cachorro.


— Tem donos que levam seus gatos para passear. — Franziu o cenho.


— Mas eu sou o dono chato do Jisung, e digo que não vou levar. — Sorri falso. — Ele vai acabar aprontando que nem fez hoje. — Cruzei os braços e encarei o híbrido com um tom acusador.


— Ele é um gato e não uma criança, Minho. — Riu.


— Eu não teria tanta certeza assim... — Ri sem humor. — Vamos, Jisung! — Chamei enquanto subia as escadas.


O híbrido miou e se sentou me olhando.


— Eu não vou te levar no colo, você não merece meu afeto e carinho por hoje. — Empinei o nariz.


Jisung abaixou a cabeça e miou baixo.


— Não adianta reclamar. — Cruzei os braços.


O híbrido levantou e subiu as escadas lentamente.


— Isso me assusta profundamente, filho. — Mamãe arqueou uma sobrancelha.


— O que?


— Nada. — Riu e abanou a mão.


...



— Trata Hannie como uma criança! — O híbrido voltou a sua forma humana assim que entramos no quarto.


— Porque você é. — Dei de ombros.


— Non! Minho é! — Cruzou os braços e apontou o dedo para mim.


— Você colocou a sua segurança em risco hoje. Não achou suficiente o fato de ter entrado na mochila escondido e teve que me desobedecer mais uma vez, mesmo depois do que nós conversarmos e combinamos.


— Hannie se sente sozinho aqui.


— Minha mãe sempre fica em casa.


— Sinto sua falta, grandão.


— É, eu percebi isso quando fugiu de mim no colégio e foi fazer amizade com os caras do preparatório... — Bufei e me sentei na cama ao seu lado. — Agora me explica essa idéia estúpida de sair da mochila, colocar a minha roupa e ir falar logo com eles.


— Hannie non foi falar com eles. — Me corrigiu.


— Ah, não? — Arqueei uma sobrancelha.


— Non. Hannie se vestiu e foi atrás do grandão. — Sorriu e fez um rápido carinho na minha mão.


— Continua...


— Por que? Minho está aqui! — Inclinou a cabeça em confusão.


— Eu quis dizer para você continuar a contar o que aconteceu.


— Ah, tá. — Riu fraco. — Queria conversar com Min, Changbin e Bang Chan no colégio.


— Então você se vestiu apenas para fingir ser aluno e andar com a gente? — Franzi o cenho.


— Sim! — Sorriu fraco. — Mas o ruivo chamou o Hannie. — Deu de ombros. — Ele é legal, mas Hannie queria ter encontrado Minho.


— Ele? Legal? — Arqueei uma sobrancelha.


— Sim. — Franziu o cenho. — Até deu um abraço em Hannie.


— Jisung, você não faz idéia do que ele e os outros alunos do preparatório fazem. Eles não são legais com todo mundo, só foram com você porque você é bonito.


— Hannie é bonito? Obrigado! — Beijou minha bochecha. — Grandão também é muito bonito. — Sorriu grande.

     

— Ai, Hannie! — Ri e cocei os olhos. — Você me encanta e me irrita. — Revirei os olhos. — Eles não são legais, não fale com eles.


— Por que Min non é amigo deles?


— Porque Min é um bebê careta na visão deles. — Respondi com sarcasmo. — Metade do que eles falam eu não entendo, e estou começando a achar que sou tão inocente quanto você. Sem contar que Bang Chan me explicou o que Lucy quis dizer com "festa diferente", ela quis dizer "drogas"


— Non...? — Me encarou confuso sem saber sobre o que eu estava falando.


— Não faz idéia do que tudo que eu disse significa, né? — Ri fraco. — Bem, você não é muito diferente de mim.


— Né! — Riu.


— Não precisa entender, até porque eu vou tomar todos os cuidados para que o que aconteceu hoje não se repita. — Levantei e joguei uma muda de roupas para ele. — Se veste.


— Hannie prefere ficar assim. — Deitou na cama. — É mais fácil.


— Hannie, apenas faça isso, okay? Por favor? Eu quero conversar com você sem precisar tomar cuidado com os meus olhos.


— Chato! — Bufou audível.

...


Heey!

Muito obrigada pelos comentários ❤

Cute Kitten | Minsung | Jisung!Híbrido ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora