50. Nem Sei Como Agradecer

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Lee Minho




- Changbin, o que você está desenhando? - Franzi o cenho enquanto analisava o desenho bem de perto.



- Ué? Eu disse que iria desenhar o Jisung em uma festa do telhado! É a minha vingança por não ser tão importante na vida dele. - Deu de ombros e continuou pintando o telhado do que parecia ser a minha casa.



- Você tem sérios problemas, Binnie. - Revirei os olhos mas ri. Jisung também analisou o desenho de Changbin e apenas grunhiu antes de pegar um giz preto e passar por cima.



- Ei! - Changbin protestou mas Jisung apenas empinou o nariz, mostrando que não se importava com os protestos de Changbin.



- Bem... Vejo que os desenhos estão prontos. - A professora sorriu carinhosa para Jisung e eu revirei os olhos.



- Eu sou seu sobrinho e você nunca me lançou um olhar amoroso. Estou vendo que as reuniões de família serão péssimas para mim, mas maravilhosas para Jisung. - Revirei os olhos e Jisung me abraçou de lado.



- Jisung ainda prefere o grandão mais que todo mundo. Meu amorzinho. - Deu um leve beijo em meus lábios, fazendo com que minhas bochechas ficassem quentes sob o olhar de titia.



Titia raspou a garganta e Jisung se sentou novamente em seu lugar. - Vejo que nossas atividades de hoje acabaram e os meninos terão de ir para as aulas em alguns minutos, então acho que já posso ligar para Anne e... - Jisung arregalou os olhos e negou veementemente com a cabeça.



- Jisung ainda non quer ir, mas obrigado por perguntar. - Disse com as sobrancelhas franzidas e eu quase soltei um gemido. Jisung podia ser muito fofo quando queria.



Quando queria.



- Eu acho que não foi uma sugestão, Jisung. - Changbin murmurou com um sorriso provocador e Jisung miou descontente.



- Mas Jisung quer aprender tudo que tem que aprender. - Cruzou os braços acima do peito. - Como... Como Jisung faz para non se esquecer de falar que nem Minho? Como Jisung aprende todos os números? Como Jisung faz para escrever o nome? - Disparou as perguntas contra titia, que apenas riu de sua empolgação, deixando Jisung ainda mais chateado.



- Você prometeu que se comportaria, prometeu que me deixaria estudar depois das suas aulas. - O lembrei e me levantei da cadeira. - Não seja um gatinho egoísta, estivemos aqui por você, agora faça a sua parte, hum? - Beijei o topo de sua cabeça, mas ele permaneceu com a expressão insatisfeita. - Você prometeu que iria com a minha mãe para casa, não pode voltar atrás agora. Você vai voltar amanhã e tenho certeza que titia vai te ensinar tudo que você quer aprender, mas tem que ser um bom gatinho.



- Hoje non? - Formou um biquinho com os lábios.



- Sua aula já acabou, é hora de ir para casa. - Jisung assentiu cabisbaixo e começou a guardar os próprios materiais na mochila.



- Minho... - Titia me chamou no canto e eu estranhei o sorriso enorme nos lábios dela.



- Sim? - Arqueei uma sobrancelha e me aproximei de sua mesa.



- Eu sei que não queria que ninguém soubesse sobre Jisung, mas... - Arregalei os olhos e senti meu estômago afundar. - Se acalme, eu não vou contar nada a mais ninguém, eu só tive que contar a seu tio sobre isso. - Franzi o cenho e ela fez sinal para que eu me sentasse em frente a ela. - Sabe que seu tio tem muitos contatos por conta do trabalho dele com pessoas famosas e influentes. - Assenti ainda sem entender onde ela queria chegar. - Eu pensei que isso poderia ajudar na situação de Jisung e decidi explicar a ele. Seu tio não acreditou no começo, sabe como ele sempre duvidou de tudo que seus avós diziam. Mas por fim ele teve que acreditar, ele sabe que eu não mentiria sobre isso.



- Bem, eu não queria que ninguém ficasse sabendo, tia. É muito arriscado para Jisung, eu não estou disposto a deixar ele virar uma cobaia, um objeto de estudo. - Suspirei cansado e titia assentiu devagar.



- Peço que me perdoe, e entenda que foi com a melhor das intenções. Seu tio me contou sobre um homem que pode ajudar Jisung com toda a documentação. Jisung não tem registro então ele pode facilmente emitir alguns. Não serão falsos, pois Jisung existe e pode provar isso facilmente. Será um processo demorado e até mesmo cansativo, mas que com certeza dará certo. Ele pode emitir certificados também, pode ajudar Jisung a entrar direto no primeiro ano do ensino médio. - Arregalei os olhos e titia fez questão de acrescentar. - Isso se ele aprender tudo o que tem que aprender em alguns meses. Jisung terá aulas de reforço e não será fácil ensina-lo tudo que um adolescente do ensino médio deve saber, mas acho que conseguiremos sim fazer isso em apenas seis meses. Teremos que continuar com as aulas depois que ele conseguir entrar, apenas para garanttir que ele vai se adaptar e entrar no ritmo. É um desafio, mas é um desafio que vale a pena e que eu estou confiante que dará certo.



- Eu nem sei como agradecer, eu nem sei como reagir, vai ser maravilhoso para Jisung. É muito doido, e eu realmente estou curioso para saber quem é tão poderoso ao ponto de fazer isso por Jisung e... - Titia levantou uma mão para me calar.



- Você nunca saberá, eu não posso te contar. Pode colocar o trabalho do seu tio em risco e o importante é o resultado e não os meios. - Assenti devagar e abri um grande sorriso. - Estou fazendo isso pela memória de seus avós, eles dariam o sangue para ajudar Jisung.



- Eu sei disso. - Sorri triste. - Gostaria que eles estivessem vivos para conhecê-lo.



- Eu mantive algumas anotações do seu avô sobre os híbridos, acho que podem ajudar a compreender algumas coisas. A verdade é que eu não conheco Jisung direito e metade do que está escrito não faz sentido para mim, mas pode ser que faça algum sentido para você. Vou separar alguns e trazer amanhã.



- Muito obrigado, tia.



- De nada, querido. Acho que Jisung ficará feliz com a notícia, acho que ele está precisando dela agora. - Apontou para o gatinho chateado, sentado em sua cadeira com um grande bico nos lábios.




- Hannie?


...

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