45. Uma Coisa De Cada Vez

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Lee Minho




Assim que tudo ficou resolvido entre Jisung e eu, desci para a sala de estar para conversar com a minha mãe, porém ela já estava conversando com outra pessoa pelo telefone.



- Okay, acho que Minho irá adorar isso, tenho certeza, e obrigada por me avisar. - Ouvi ela dizer pelo telefone e desligar.



- Por que eu escutei o meu nome?



- An... - Se virou para mim. - Por nada não, filho, era apenas a sua avó, ela está sentindo muitas saudades de você e perguntou se você irá gostar do presente que ela quer te dar, nada mais que isso. - Assenti mostrando que entendi. - E aí? Vai me contar o que anda acontecendo e eu ainda não sei? Porque eu ainda estou muito perdida com tudo e nem ao menos tive tempo para processar todas as informações. Por que não me ajuda com isso? Conte a história desde o começo.



- É bem complicado. Jisung é um híbrido e não há nada mais complicado que isso no momento. - Suspirei.



- Eu sei como é difícil esconder isso do mundo e ainda sim tentar não privar Jisung de muita coisa, mas é assim que tem que ser. Eu entendo seu medo que os outros descubram sobre ele e concordo, mas também entendo como é difícil para ele.



- É bem difícil mesmo, Jisung fica muito tempo sozinho aqui e eu sinto muito por ele ficar tão entendiado e se sentir mal por não poder estar com as outras pessoas. E além disso, Jisung é muito inocente, o fato de ter saído de casa apenas para dar um abraço que acreditava ser de despedida em Natan nos provou isso.



- Natan esteve aqui? Jisung saiu? Mas estava tudo trancado! - Disse confusa.



- Eu sei disso, mas Jisung é um híbrido e pode ficar em sua forma felina, ou seja, qualquer janela aberta é quase uma porta para ele.



- Por que ele saiu? Ele sabia que Natan queria roubar ele de você, pensei que Jisung tivesse escolhido ficar com a gente.



- E ele escolheu, mas Natan ao perceber o quão ingênuo é Jisung disse para ele sair pela janela porque queria abraçá-lo pela última vez. Assim que ele saiu para fora, Natan agarrou ele com as mãos e queria levar ele para casa, para forçá-lo a escutar e talvez mudar de idéia, mas Seungmin viu isso acontecer e impediu.



- Que bom que Seungmin viu e impediu. Estaríamos desesperados uma hora dessas, nem poderíamos ligar para a polícia, já que Jisung não tem registro, não é meu filho e é um híbrido. Não poderíamos fazer absolutamente nada.



- Foi realmente muita sorte Seungmin escolher logo aquele momento para deixar o vídeo game aqui em casa.



- Seungmin esqueceu que você estava no colégio?



- Não, ele pensou que a senhora estaria em casa e quis deixar aqui.



- Ah, sim... Estou muito preocupada com essa situação e não consigo evitar ficar preocupada com você, meu filho. - Me abraçou.



- Como assim? Jisung que estaria em perigo.



- Mas você gosta tanto dele que eu já nem sei qual seria sua reação ao perdê-lo. - Comentou e acariciou meus cabelos. - Eu percebi o quanto se gostam, e Jisung não parou de falar de você um minuto se quer. Perguntou tudo que podia e não podia sobre você porque, segundo ele, queria conhecer mais do namorado, então... Quer me falar sobre isso também? - Arqueou uma sobrancelha para mim e eu senti meu rosto corar.



- Não tem muito o que falar...



- Não? Meu filho se apaixonou por um híbrido de gato e acha que não é nada demais e que não tem muito o que falar? - Brincou.



- Eu não sabia que isso iria acontecer e é tão estranho... - Suspirei.



- Vejo que está bastante pensativo quanto a isso.



- Sim, eu tenho medo de que alguém descubra que ele é um híbrido e o perder, mas agora eu tenho outros medos também para somar com este, como... O que eu farei se Jisung gostar de outra pessoa? O que eu faço para deixar meu pedido de namoro mais especial? E se Jisung se enjoar de mim? E se ele sentir que algo está faltando? Como será nossa vida se ele nem ao menos tem muita liberdade? Ele é um pouco inocente, tenho medo de estragar isso. Eu não sei muito sobre relacionamentos e bem... - Senti meu rosto queimar de vergonha. - Ele é meu primeiro namorado, mãe. E homem e não mulher, é... Confuso.



- Diz que Jisung parece uma criança de tão ingênuo mas você também é bastante. - Zombou.



- Ei! - Protestei.



- Isso definitivamente não é ruim, só torna o que sentem mais puro e jovial, acredite em mim. E namorar um homem é tão natural quanto namorar uma mulher, meu filho. Não deveria ficar com isso na cabeça, não é um problema enorme. E sobre ele se apaixonar por outra pessoa... Acho bem difícil, ele parece gostar muito de você.



- E quanto ao pedido? E se ele não quiser mais?



- É lógico que ele vai querer, e quanto ao pedido... Não importa o quão simples foi e o quão direto foi, foi especial só pelo fato de você ter feito e ter ficado feliz com isso.



- Mas eu queria refazer o pedido.



- Faça isso então. - Disse como se fosse óbvio.



- Mas esse é o problema, eu não sei o que fazer.



- Não sei como te ajudar nisso, mas meu conselho é que você deixe as coisas como estão, se acostume com a idéia e fique ainda mais ligado nele. E depois, vai ver que ficará inspirado o suficiente para fazer o pedido especial que tanto deseja fazer. - Piscou.



- Acho que tem razão.



- Sempre tenho, afinal, sou sua mãe e mães sabem das coisas. - Rimos.



- O que eu faço se Natan aparecer aqui outra vez?



- Sinto que ele já viu que Jisung não quer ir com ele e que ficará infeliz se isso acontecer, então acredito que ele não vai mais aparecer, mas se aparecer... Uma coisa de cada vez, não podemos antecipar as coisas desse jeito, vamos acabar enlouquecendo. Apenas aproveite o momento, filho, tudo irá se ajeitar com o tempo. - Beijou minha testa assim como eu fiz com Jisung. - Seja feliz.



- Eu já sou, mãe.



...

Heey!

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