16 - Capítulo

76 13 4
                                    

O amor, essa palavra, em uma cidade onde o amor transpõe o nome de todas as ruas, todas as casas, todem mais da sua saúde. Tem sido um sacríficio, mas eu já sinto uma diferença enorme no meu fôlego nos shows. Acho que como uma pessoa pública, tudo que eu puder falar para fazer bem ao próximo, dar bom exemplo, eu devo compartilhar"
"Quero continuar sempre seguindo a questão da minha alimentação que foi o que me transformou de verdade, quero seguir sempre. É o que me move, o que mudou completamente. Não adianta fazer a abdominoplastia sem a saúde", continuou. "Gosto muito de me cuidar, descobrir novos alimentos maravilhosos"

No fim da noite meus pés estavam exaustos, pedi para Murilo ficar sentado comigo conversando um pouco para eu não fazer a cansada sozinha. e foi uma festa incrível para Murilo, na qual fez muitos contatos e reativou outros, recebeu propostas e marcou reuniões. Dava para ver de longe o sorriso dele de felicidade! 
Mas o que realmente chamou nossa atenção foi o tamanho do vinho que ganhei, duas garrafas gigantes.
Eu ainda tinha dúvidas se aquela era uma boa ideia, sair com Murilo .. não conseguia sair e não se aproximar dele. No fim das contas ele ainda estava salvo porque não ficou com mais ninguém além de mim nesse tempo todo que estamos ficando, eu tinha sim se declarado e também não só tinha se aproximado dele fora do profissional como eles quase haviam transado várias vezes. Era só isso que vinha a cabeça. Eu sentia tanta vontade de estar com ele outra vez, de toca-lo, beija-lo, fazer amor com ele até perder as próprias forças. Parecia uma outra vida aquela em que só tinha que se preocupar com minhas composições e não prescisa esconder nenhum relacionamento..
O táxi parou em frente a casa de shows onde estávamos pela madrugada, Murilo penso que iríamos  de carro, mas logo explico que se íamos beber mais, melhor que ficássemos na base de táxi. Táxi. Eu que comandava o roteiro, já que Murilo não conhecia São Paulo e nem gostava da cidade. O levou para um barzinho na Zona Rosa, onde no juntaramos com outros. Me se lembrei de Maiara e Maraisa e queria que estivesse ali comigo e Murilo, Luísa também, imaginou os 4 fazendo algo assim, como seria legal.. melhor dizendo, como poderia ter sido legal. Murilo  era simpático e adorável com todos, logo estava rodeado de fãs. Parecia que pelo menos aquela noite ela havia ganhado um gostinho da vida. Eu me sentia feliz apenas em ver ele ali sorrindo e feliz também.
S

aíamos de lá já um pouco bêbados, ambos com sua cerveja na mão, caminharam quarteirões para espairecer, estavamos tontos, riamos das tiradas da noite dos caras no bar, fugiamos dos fãs, eles riam bobos, estavam bem. Ele me puxou pelo ombro e ne abraçou, faço o mesmo com ele o abraçando pelo quadril e se aconchegando em seu abraço caminhando junto a ele. Nos sentaramos na escada, batendo fotos e tudo ao redor estávamos bem, estávamos alegre, então por que também não ficar? dei uma golada na cerveja e sorriu.

- Você já me deu umas aulas também, já ajuda. - eu ri.

- Tá vendo só, eu sou uma desastre para dança e te enganei bem. -  brinco vendo ele dar uma gole na cerveja sorrindo - Você vai se sair bem. - digo gentil - Não só nisso de dançar mas.. você é um cara incrível, vai se dar bem em tudo que tentar fazer.

- Jura? - ele pergunta sério, com o rosto próximo ao meu me encarando.

- Juro. - confirmo baixo sem tirar os olhos dos dele.

- Até se eu tentar te beijar agora? - eu suspiro mordendo os lábios sem tirar os olhos dele.

E tudo que queria se dar bem aquela noite era nisso. Murilo segurou meu
rosto com os dedos lhe apertando a nuca e com a respiração agitada, próxima, ele me calou com um beijo. O que era um longo selinho sem demoras virou um beijo intenso, sedento, cheio de saudade e paixão. Nossa bocas se devoravam, as mãos procuravam mais, desejavam mais e eu o apertava contra mim, o envolvia sem cessar aquele beijo. Sentia ele morder e chupar meus lábios num suspiro o beijava com ainda mais sede. Eu o beijava como se minha a vida dependesse daquele beijo, como se aquilo fosse meu ar. Nossas testas coladas, suspiros, olhares fixados um no outro. Murilo com a mão no rosto me acariciou delicadamente sorrindo e eu pisco demoradamente mas quando abre os olhos e volta a encara-lo, era real. Os olhos cor de mel ainda estavam me encarando cheios de desejo e carinho.

- Mas é muito impossível te ver e não te querer. - sorri derretida - Você parece que me completa..

- Talvez eu complete mesmo.. - murmuro antes de tocar apaixonadamente o rosto dele e juntar meus lábios com os dele novamente o beijando.

Difícil para mim foi frear aquele desejo, se despedir dele no táxi. Eu sabia que quando saísse e a razão batesse tudo seria esquecido e apagado.

Com Amor, MaríliaOnde histórias criam vida. Descubra agora