44 - Capítulo

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"Manhãs são para café e contemplação"- Jim Hopper

Acordo com ele deitado sobre mim, nossas pernas eroscadas, sua cabeça em meus seios e eu o segurando as costas, nossas mãos dadas, largadas no outro lado da cama. Eu amo quando durmo em seu peito, ou de conchinha com ele.. Mas não há nada que me faça sentir mais dele do que acordar toda dolorida depois de claro, uma boa noite de sexo e, dele dormindo sobre mim. A cabeça dele em seus seios me dá aquela velha liberdade de amar, cuidar, proteger ele. Meu homem, meu marido, meu amor, meu tudo. Ele é meu, só meu. Meu nariz inspira o cheio do seu cabelo, acaricio suas costas.. Como se eu pudesse ficar com ele assim, sobre mim pro resto dos meus dias. Ele se mexe sobre mim e beija o vale dos meus seios sorrindo..

- Te esmaguei? - ele me olha

- Você é um pouco pesadinho.. - ele ri - Mas eu nunca dormi tão bem. - ele acaricia meu rosto - Amo quando você esquece de me proteger e dorme sobre mim..

- Você me cansou ontem a noite. - dou uma gargalhada

- Quem olha assim pensa que eu sou uma tarada e você meu homem objeto, coitado de você!

- Mas é.. Sua tarada! - ele cai pro lado e me puxa para deitar no seu peito - Preparei muita coisa para hoje, mas estou pensando seriamente em cancelar tudo só para não precisar sair dessa cama hoje.

- Eu apoio a ideia. - olho para ele - A melhor parte da viagem é essa cama..

- Podemos explorar outras partes da cidade..

- E eu que sou a tarada da história..

- Você que pensou besteira

- Você que tem fetiche por transar em lugares públicos. - ele ri

- Anahi, meu fetiche é você, pouco me importa o lugar. - sorrio doce, beijando seu peito

- Amo você. - ele sorri

- Eu te amo. - ele beija minha testa - Dorme mais um pouco, agora sem eu te esmagar.. - sorrio e adormeço, abraçada a ele.

Quando acordo de verdade, Murilo pediu café da manhã e está pegando a bandeja na porta quando eu abro os olhos, ele se aproxima e coloca a bandeja na cama, eu sorrio. Ele me entrega uma flor.

- Dormiu melhor agora? - ele coloca uma mecha de cabelo minha para trás

- Sempre durmo bem ao seu lado. - pego o telefone - Preciso ligar para Bernardo. - ele assente e eu ligo

Falo por uns vinte minutos com Léo , Murilo fala também. Maiara diz que ele está bem, que só chora um pouco antes de dormir e pergunta por mim. Isso me parte o coração. Ao mesmo tempo que quero voltar logo porque estou morta de saudade, sei que quando eu voltar as decisões precisam ser tomadas.. Por fim, tomamos café, juntos, ouvindo uma música que Murilo colocou na TV, namoramos um pouco na cama e resolvemos tomar um banho juntos e sair. Não preciso falar que transamos mais umas duas vezes só nesse processo, certo? Saimos de casa no começo a tarde e vamos almoçar no Dvijff Vlieghen um lugar bacana que oferece pratos típicos da culinária holandesa que são servidos em um ambiente refinado. Nas paredes, vejo gravuras originais de Rembrandt: um luxo puro. Poncho faz os pedidos, porque eu entendo bem pouco quase nada de culinária Holandesa. Almoçamos tranquilos, conversando descontraidos e trocando olhares intensos, como se fossemos dois adolescentes aprendendo a viver, começando a namorar.. Sorrio ao lembrar como éramos um dia, lá atrás, bem lá atrás. Ele pega minha mão na mesa e acaricia minha aliança.

Eu nunca a tirei, a dele também está lá. Não precisamos falar nada, esse gesto diz tudo. Nenhum de nós quer tirar o outro da vida. Depois do Almoço vamos ao Bloemenmarkt, que é mais conhecido como Mercado das Flores. Entre os vários canais e casas de tijolinhos aparentes de Amsterdã, aqui vemos apenas uma sequência de lojas flutuantes no Canal Singel com prateleiras repletas de gérberas, tulipas, astromélias e muitas outras espécies. Fiz algumas comprinhas para Léo , Dona Ruth , João e meus sobrinhos. Tem uns tamanquinhos típicos daqui que são uns charme, comprei vários. Murilo comprou algumas coisas também, e brincamos com os produtos exóticos. Rimos bastante e saimos daqui de mãos dadas e eu segurando um buquê de rosas vermelhas, rosas que ele comprou para mim. Olho para ele sorrindo, que me puxa pro lado e me abraça.

Com Amor, MaríliaOnde histórias criam vida. Descubra agora