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- P'fa você já está bêbada .Deixei ela sozinha por dois minutos enquanto eu fui ao banheiro, e quando eu volto, tem uma garota sentada no colo dela, e ela está visivelmente bêbada. Eu poderia deixar, e ir embora, mas os boatos amanhã serão desastrosos, e ela não está em condições de lidar com mais um escândalo. Ordeno que a moça desconhecida saia do colo dela e a pego pela mão.
- vamos pro quarto, você está horrível.
- eu não vou embora, a festa só tá começando.
- exatamente, e você já está bêbada, vamos.
- não quero ir Charlotty, já que você mandou ela embora, senta aqui no meu colo.
Ignoro esse comentário estúpido, porque sei que ela não está sóbria, mas minha paciência já está acabando.
- se você não vai comigo, então eu vou sozinha, e você não vai dormir no nosso quarto.
Ela faz uma cara confusa, analisando as opções e se decide pelo mais sensato.
- tá bom, eu vou embora, mas você é muito sem graça sabia?
Sim eu sei, mas ela vai me agradecer amanhã.
Carregar uma pessoa e bêbada é mais difícil do que eu pensei, no caminho pro quarto do hotel, a gente quase caiu duas vezes.
A empresa responsável pelo Miss grand Tailândia, alugou uma ala inteira do hotel só para as modelos e a equipe, mas como nossos quartos ficam no décimo andar, eu tive que carregar ela do salão no térreo até o elevador, e agora até o nosso quarto. Por incrível que pareça parece que ela está mais sóbria agora, mas não o suficiente para eu deixar ela sozinha. Entro no quarto com ela se apoiando em mim.- P'fa, espera aqui eu vou acender a luz e te levar para a cam....
Paro o que estava falando quando ela me empurra de súbito contra a porta, minhas costas se chocam contra a madeira quando ela pressiona seu corpo contra o meu. P'fa me olha de forma diferente, nunca vi esse olhar antes, é uma mistura de dor e desejo, ele encosta nossas testas e eu consigo perceber sua respiração se acelerar assim como a minha.
- eu não aguento mais Charlotty.
Ela fala aproximando a boca do meu ouvido, sinto todo o meu corpo se arrepiar, mais ainda quando ela começa a beijar meu pescoço. Estou parada imóvel contra a porta, parece que perdi o controle sobre meus membros, eu sou maior que ela então facilmente poderia a empurrar pra longe, mas não sei porque não fiz nada. O toque de sua língua quente na minha pele, me causa sensações que eu nunca senti antes, nem quando outras pessoas beijaram o mesmo lugar. P'fa pressiona mais o seu corpo contra o meu e sua coxa toca no lugar mais sensível do meu corpo, me sinto estremecer, quando ela faz pressão alí. Com uma mão ela está segurando meus cabelos em minha nuca e a outra ela percorre meu corpo, me deixando cada vez mais fraca, parece que ela já conhece o caminho de cor.
Minha mente está um turbilhão de emoções, a sanidade em algum lugar está gritando para eu empurrar ela pra longe, porque eu vou me arrepender disso amanhã, mas todo o meu corpo anseia por esse toque ha muito tempo. É mais forte que eu, ela sobe uma trilha de beijos pelo meu pescoço, até parar no meu queixo, nossas mãos estão entrelaçadas agora, parece que meu corpo está agindo por conta própria.
Engfa me olha nos olhos, tão intensamente que ela poderia ver minha alma se eu não desviasse o olhar. Ela segura em meu queixo e levanta meu rosto me fazendo olhar para esses olhos castanhos mais uma vez.- eu quero você Charlotty, mais do que eu já quis qualquer coisa nesse mundo. Você vai ser minha?
Nossos lábios estão se roçando levemente, ela faz a pergunta quase me beijando, meu coração responde instantaneamente que sim, eu já sou dela a muito tempo. Porém um sinal vermelho enorme está piscando na minha mente. Eu não posso deixar o desejo tomar conta de mim, e estragar a nossa amizade por apenas uma noite de prazer.
Ela não espera resposta e morde meu lábio inferior, deixando minha mente totalmente em branco, minha boca se abre levemente, esperando seu próximo movimento. Quando alguém começa a abrir a porta, eu tomo um susto tão grande, como se eu tivesse sido pega na cena de um crime. Empurro P'fa pra longe e ajeito minha roupa que está toda bagunçada , um segundo antes de Heidi entrar no quarto.- o que vocês estão fazendo nessa escuridão?
- estou trazendo P'fa para o quarto, porque ela não estava bem.
Digo me virando pra ela que não está mais do meu lado, Heidi acende a luz e eu vejo que ela já está na cama.
- P'fa, você tem que se trocar, não vai dormir com esse vestido e saltos.
Digo me aproximando, mas percebo que estou falando sozinha, pois ela já está dormindo profundamente. Me sento na beirada da cama e começo a tirar seus saltos com cuidado pra não a acordar, percebo que Heidi ainda está parada no mesmo lugar.- o que foi?
- o que aconteceu aqui?
- como assim? P'fa estava bêbada, e eu trouxe ela pro quarto.
- e porque você está tão vermelha, e suas roupas e seu cabelo todo bagunçado?
- porque ela é pesada, é difícil carregar alguém bêbado, sábia?
- Não sei não, já tem mais de meia hora que vocês duas saíram de lá.
Ah que maravilha, agora temos um agente do FBI entre nós, eu nem consegui assimilar o que acabou de acontecer, e vou ter que arrumar desculpas para me explicar.
- está tarde, eu estou cansada, suada e toda dolorida. Amanhã você faz quantas perguntas você quiser.
Digo empurrando ela pra fora do quarto sem dar chance dela retrucar, fecho a porta e me encosto na madeira. Devagar vou deslizando, até me encontrar sentada no chão gelado.
O que eu acabei de fazer? como eu pude ser tão fraca? E o pior de tudo, como eu vou olhar pra P'fa amanhã?