Capítulo 2

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FORTALEZA VERMELHA,

APOSENTOS DA PRINCESA


Agora, armada com fundos extras, informações de primeira, um povo leal e uma boa impressão aos Lordes de seu reino, tudo que ela precisava era garantir um exército oculto que respondesse à ela, e à ela apenas.


Ela passou tempo com Criston, então. Eles discutiram longamente como reunir um exército, se deveriam pedir permissão ou não, se deveriam fazer isso de maneira escondida ou aberta, e como fazer. Criston acreditava que os irmãos de sua ordem jamais iriam levantar suas espadas contra ela e talvez ele estivesse certo, mas os mantos dourados eram leais a outro homem, e não seria ela uma tola de confiar em sua proteção.


Como um bom escudo juramentado, ele aceitou sua opinião, e a aconselhou com o melhor de suas habilidades. Havia muitos bastardos morrendo de fome nas ruas, e filhos de prostitutas sendo mortos, então ela começou com eles. Um exército de meninos verdes e esqueléticos. Ela comprou uma casa nas Terras da Coroa e levou cem meninos que encontrou em diferentes estados de calamidade por King's Landing para lá.


Nesta casa, ela havia colocado trinta servas de sua mais alta confiança, alegando a elas que se apiedou daqueles pobres meninos e planejava dar a eles uma boa infância. Funcionou, é claro. Seu pai estava ciente de suas atividades e parecia contente com isso, o povo clamou por sua bondade infinita e logo, mais levas de bastardos apareciam. Ela não os desamparou, claro que não, por que ela faria? Eram mais homens para o seu crescente exército.


Logo, ela tinha dez grandes casas das Terras da Coroa, quase um vilarejo inteiro, que ela nomeou de Dragon Head, em homenagem ao emblema de sua casa. Quatro casas infestadas de meninas e seis casas lotadas de meninos.


Criston parecia impressionado com sua astúcia, suas espiãs, Olivia e Millie, pareciam insatisfeitas por não terem pensado nisso antes dela, e suas servas de maior confiança, Emily e Emma ficaram felizes por ela ter achado um jeito de conseguir o que queria. Eles eram todos muito queridos e leais, ela andaria pelas chamas por eles, e eles morreriam por ela. Disso, ela não tinha dúvida alguma. Seus laços se tornaram inquebráveis no momento em que eles começaram a melhorar o Reino em segredo.


No entanto, ela se lembra vivamente da bagunça que foi organizar todos os seus protegidos.



FLASHBACK


"Separe todos eles por idade, a menos que sejam irmãos" disse a Princesa, e parou para refletir sobre isso "Separe duas casas, uma é apenas para pares de irmãos, e outra é para pares de irmãs, independente de suas idades. Irmãos devem permanecer unidos, a menos que não desejem. Uma para meninos, e outra para meninas, é melhor não misturá-los" instruiu à Sor Criston, que concordou obedientemente.


"Quais idades, Alteza?" perguntou Olívia, e Rhaenyra pensou sobre isso.


"Duas casas serão para crianças pequenas, até os cinco anos, mais servas e amas de leite devem ser encontradas para a função lá. Duas casas para os de seis dias de nome, até os doze, nestas casas é melhor deixar os professores contratados de Braavos e alguns septões e septas. Duas para os de treze até os dezesseis, e nessas é melhor deixar os dançarinos de Braavos, e alguns dos cavaleiros de minha confiança, que mais tarde nomearei. Duas para os de dezessete, e lá é melhor já encaminhá-los para um ofício" esclareceu para o cavaleiro e a espiã, que novamente assentiram.

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