Capítulo 11

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DRAGON HEAD,

CABANA DOS BASTARDOS

"Há um julgamento na Fortaleza Vermelha. A Mão do Rei envenenou o Rei e conspirou contra a Princesa" informou Gaemon, de olhos arregalados. 

Todos pararam por alguns segundos. Eles estavam jogando cartas em vários times de três, no chão da sala de estar de sua cabana, acostumados a terem esse momento de descontração juntos. 

"O que você disse?" perguntou Amaera, incrédula.

"O Rei estava sendo envenenado e houve uma conspiração contra a Princesa" ele afirmou uma segunda vez, se sentando em uma das poltronas. 

"Mas isso é traição!" declarou Agnar, com indignação "É morder a mão que te alimentou! Ultrajante!" 

"A Princesa também foi envenenada?" perguntou Eron, olhando ansiosamente na direção do quarto em que os gêmeos descansavam. 

"Não ouvi nada sobre isso" tranquilizou Gaemon. 

"Mas ainda pode ser uma possibilidade" descartou Jaemon, de cenho franzido "Onde você ouviu isso?" perguntou, virando-se para encarar o sobrinho.

"Darius estava comentando com seus homens um pouco alto demais" admitiu Gaemon, meio tímido. 

"Então é verdade" refletiu Haeko, com um olhar sombrio "Envenenar o Rei é uma sentença de morte." 

"Isso não torna os motivos da Princesa ter nos trazido até aqui muito mais suspeito?" perguntou Amarys, inquieta. 

"Ela enviou homens para revistar nossa alimentação, bebida e três curandeiros para atestar nossa boa saúde" objetou Daero, incrédulo "Do que você está falando?" 

"Da conspiração contra ela" respondeu Kilian, atraindo a atenção para ele "Talvez ela queira apoio de mais cavaleiros de dragão para erradicar conspirações contra ela" teorizou, engolindo em seco. 

"Ah calem a boca" reclamou Agnar "Olhem o que vocês estão pensando! Como isso é diferente de traição?" 

"Agnar está certo" afirmou Aethan, que geralmente preferia ficar em silêncio enquanto os outros discutiam, e isso trouxe olhares surpresos até ele "Ela nos deu essa cabana. Ela está nos dando comida fresca, bebida fresca, nos deu empregos e nos enviou tutores de alto valiriano. Vocês querem mais o que? Que provas são necessárias de sua boa intenção?" Aethan balançou a cabeça em negação "Vocês estão se sabotando. Quando eu for a Pedra do Dragão, jurarei lealdade a ela, que é o que ela merece" afirmou tranquilo.

"Ela governa Dragon Head com bondade. Não há sujeira, nem mendigos em suas ruas. Ela está limpando Kings Landing e tornando a capital em algo muito mais agradável" concordou Baelyx, olhando para Aerion ao lado dele.

"Eu e Baelyx iremos jurar com Aethan" confirmou a dúvida do irmão, e os dois sorriram. 

"Ela ofereceu a você a posição de chefe de um ramo secundário da família Targaryen" disse Malon, olhando para o irmão com as sobrancelhas unidas em frustração "Não um nome bastardo e nem o escondendo como uma mancha. Um ramo secundário do orgulhoso nome Targaryen" inclinou a cabeça "E você a retribui com desconfiança…." 

"Porque é estranho que ela ofereça isso" Maekar defendeu o tio "Da mesma maneira que é estranho o pai de um bastardo reconhecê-lo."

"Mas a Princesa não é nosso pai!" Arys quase gritou, irritada "Vocês são idiotas cegos?" perguntou, olhando incrédula para Amarys, Maekar e Kilian "Vocês não veem que essa garota está simplesmente tentando reparar os erros dos homens de sua casa?" 

The HeirOnde histórias criam vida. Descubra agora