Estando na alegria mínima de estar do lado do Zoro enquanto ele dormia, não percebi o tempo passar, e o convés estava praticamente vazio, o que colaborou para poder deixa-lo encostado no meu ombro sem problemas, mas conforme o tempo passou, Zoro foi acordando, mesmo sendo uma mulher seus costumes se mantiveram os mesmo - se bem que eu acho que o gênero nãomuda muita coisa - então ao acordar, ele falou como se estivesse separando o sonho da realidade.
Zoro: Minhas espadas se quebraram... Por causa daquele pássaro maldit... - ele bocejou e se deitou dessa vez no meu colo.
- Zoro?
Zoro: Cala a boca seu merda... Eu não vou fazer isso...
Como ele estava entre o sonho e a realidade, decidi fazer uma brincadeira que acabou dando bons resultados, passei a mão em seus cabelos e disse num sussurro.
- Me beija...
Zoro: Me traz cerveja e eu penso no seu caso.
Fiquei na dúvida se ele estava acordado ou dormindo, mas quando seus olhos olharam para mim, sabia que estava falando isso completamente consciente, e eu não iria perder essa oportunidade.
- Se diz...
Coloquei ele no chão devagar e me levantei para ir buscar a cerveja dele, no caso elas ficam na geladeira na parte inferior, peguei a favorita dele e voltei para onde estava, nem parecia mais com sono quando me aproximei com a cerveja.
Zoro: Agora você está falando minha língua.
- Pois é, aqui Marimo.
Ele pegou a garrafa, a abriu e começou a beber, me sentei do lado dele o observando beber os goles mais duradouros de toda sua vida, quando deu uma pausa se aproximou de mim e sussurrou.
Zoro: Vamos para a cozinha, lá eu beijo você sem ninguém encher o saco.
- Como quiser vem...
Ele foi o primeiro a se levantar e pegar suas katanas para ir a cozinha enquanto bebia, fui logo em seguida, tentando não pensar muito no quanto meu corpo estava pedindo por aquilo. Ao entrar na cozinha fechei a porta vendo ele beber o último gole da garrafa, a colocou na bancada e se aproximou de mim, suas mãos seguraram meu rosto e o idiota se aproximou sem nem se quer encostar os lábios, e disse aos sussurros.
Zoro: Acho que esse é o seu maior sonho, me beijar sendo mulher, você está em um dia de sorte...
- Eu queria beijar você em todas as suas versões...
Zoro: Não posso fazer nada se solo qualquer coisa mesmo quando não preciso.
Finalmente nossos lábios se encostaram e começou o beijo, apenas selinhos de encontro, para ter certeza de que era isso mesmo, as minhas mãos estavam coçando para encostar nele, mas estava com receio de fazer isso, então fui devagar encostando em seu rosto, sentindo cada detalhe único, quando a intensidade aumentou minha mão estava em sua nuca segurando seus cabelos verdes de marimo e suas mãos ainda se mantinham fortes em meu rosto.
- Sabia que iria ser perfeito assim, não resistiu...
Zoro: Cala a boca, só fiz isso porque me deu a cerveja, nada mais - disse entre beijos.
- Para de mentir marimo idiota...- voltei a beijar ele.
Já estávamos em uma situação complicada, onde faltava ar até para nós mesmos, o levei indiretamente para perto da bancada, lá tinha um certo apoio a mais, as minhas mãos quiseram imitar as suas que deslizavam pelo meu corpo em busca de algo inexistente, toda aquela situação se alguém olhasse de fora parecia que estávamos sem nos beijar a muito tempo, mal saberiam que é a primeira vez.
- Gostoso...
Zoro: Eu acho que assim ta bom, eu me vendo fácil por uma garrafa - ele se afastou de mim e foi até a bancada deixar a garrafa ali.
- Se for assim, vou te dar sempre...
Zoro: Nunca vi alguém tão gado, deve ser genético - ele caminhou em direção a porta, mas segurei seu braço e o trouxe para perto.
- Culpa sua, quem manda ser um gostoso.
Zoro: Lide com isso, me solta porque não te dei permissão para fazer isso.
Soltei seu braço e o vi sair da cozinha com suas três espadas, mas não consegui ficar chateado com sua arrogância, estava tocando meus lábios sem acreditar que eu realmente tinha conseguido isso.
- Vitoria!
|Zoro|
Acreditar que eu realmente me vendi por cerveja, era uma forma de me enganar, não ia deixar passar que eu aceitei por causa dele e não da cerveja, o Sanji era um idiota, aceitar que estava pensando nele seria o mesmo que decretar minha morte. Por isso, quando saí da cozinha fui para o convés de novo e acabei dando de frente com a Robin, não disse nada a ela e apenas fui para o canto do barco e me sentei ali ajeitando meu kimono até que do nada senti um arrepio na nuca, olhei ao redor para ver se era algum perigo, ao longe, vi um barco vindo em nossa direção.
- Já tem treta nova pelo visto.
Usopp: ATAQUE AO SUL!!!
Nami: O que? Precisamos do Luffy, cadê essa praga?!
Chopper: Está dormindo!
- Relaxa, não vamos incomodar o capitão com meio dúzia de piratas.
Franky: Vamo bora! SUPER!
E lá fomos nós, nos preparar para o ataque, me levantei ajeitando roupa, tirei o kimono da parte superior do meu corpo para ter mais mobilidade, quando menos percebi o loirinho estava ao meu lado, e sem que eu dissesse nada ele deu um jeito de amarrar minha calça para ficar justa ao meu corpo.
Sanji: Ficou bom?
- É, minha calça não vai cair enquanto eu luto.
Sanji: Ótimo, vamos lutar Marimo.
Ambos esperamos o barco se aproximar para pular nele e entrarmos na briga contra eles, uma luta divertida de se ter, e que nos rendeu a prova de que eu continuava sendo mais forte que ele mesmo que um pouco a mais, sobre o barco inimigo nós derrotamos todos ali, ou quase todos, já que por causa de um erro bobo meu, acabei sendo feito de refém com uma faca em meu pescoço, tive um reflexo rápido de o furar com minha katana e tirei a faca do meu pescoço.
- Sujou meu kimono, que merda, ficar com sangue dos outros não da.
Sanji: Quem mandou não estar atento!
- Fica na sua cabelo de macarrão.
Sanji: Da não.
O encarei de cima a baixo e depois decidi que não valeria a pena discutir com ele e apenas voltei para o barco.
Sanji: Que foi marimo!!!
- Não enche Sanji - me sentei onde estava anteriormente.
Sanji: Vai querer o que de almoço? - ele pulou de um barco pro outro me perguntando isso.
- Sei lá, pergunta pro Luffy.
Sanji: Tá idiota...
Ele finalmente me deixou em paz, pude me sentar ali sem mais nenhuma preocupações ou medo de que ele se quer desconfiasse que estava completamente certo de suas afirmações.
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