18. Como não temos para onde ir, deixe nevar, deixe nevar, deixe nevar

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Dez anos depois...

Era Natal novamente. Os gansos estavam deitando, as vacas estavam ordenhando, os lordes estavam pulando e os produtos Weasley em todo o país estavam explodindo em uma infinidade de formas festivas, cada uma mais engenhosa que a outra.

E em uma pequena, mas muito bem decorada casa de campo nas terras altas da Escócia, Severus Snape disse "Droga!" e tirou outra forma de bolo fumegante do forno.

Ele era um dos maiores pocionistas vivos. Por que, em nome de Merlin, ele era tão incapaz de fazer um maldito bolo de Natal?

Ele estava tirando as luvas de forno e colocando-as no balcão da cozinha quando braços quentes envolveram sua cintura por trás.

— Outro queimado? — Harry perguntou contra seu ombro.

Rosnando, Severus se virou para encará-lo.

— Se você disser uma palavra...

Harry havia tirado o casaco de inverno, o cachecol e as luvas quando entrou, mas ainda tinha flocos de neve presos nos cílios.

— Se você cortar as laterais, ainda poderemos comê-lo — ele ofereceu com um sorriso.

Severus sentiu suas narinas dilatarem.

— O que? — Harry perguntou inocentemente. Ele ficou na ponta dos pés para dar um beijo na bochecha esquerda de Severus, depois na direita. — Isso foi uma dúzia de palavras, querido, não uma.

Ao ver o sorriso malicioso que dançava nos lábios de seu marido, Severus finalmente cedeu e abaixou os ombros.

— Imp — ele murmurou contra o cabelo de Harry, permitindo que a tensão escapasse dele. — Como estão as crianças? — Ele podia ouvir suas gargalhadas, embora tivessem desaparecido nas colinas nevadas pela janela.

A bufada irônica de Harry fez cócegas no pescoço de Severus. 7

— Tendo uma luta real de bolas de neve. Seb e Ana uniram forças, mas Elodie construiu uma trincheira e está se segurando até agora. Ela tem uma mira assustadora.

Foi a vez de Severus sorrir.

— Des galeões diz que ela será artilheira da Sonserina no terceiro ano.

Harry se afastou, franzindo o nariz.

— Não vou aceitar essa aposta. Você deve pensar que sou um idiota.

Severus permitiu que sua expressão falasse por ele.

— Oh, dê o fora, seu velho idiota — Harry disse satisfeito, contornando Severus para vasculhar a lata de biscoitos de Natal caseiros no balcão que os Granger-Weasley haviam enviado no dia anterior.

Severus o deixou ir, aproveitando a oportunidade para se afastar da cozinha e ir para a sala de estar, que ainda estava cheia de restos do excesso de presentes daquela manhã. Papel picado, bolachas quebradas, fitas moles, meias jogadas no chão. No entanto, os brinquedos (e roupas e livros) que todos esses enfeites descartados tinham guardado não estavam em lugar nenhum, portanto, o Natal, supôs ele, tinha sido um sucesso estrondoso.

Era seu décimo primeiro Natal com Harry, o que significava que já fazia uma década desde que Severus havia reunido coragem e ido à Toca para admitir seus sentimentos. Eles se casaram um ano depois disso, em uma pequena cerimônia na escola, na véspera de Natal, com a presença apenas dos funcionários de Hogwarts, da família e dos amigos de Harry (que, na verdade, eram muitas pessoas, mas Severus só estava olhando para Harry, então o Papa poderia estar lá, se quisesse).

Um ano depois, a primeira filha deles era uma recém-nascida de fraldas, e o presente de Natal de Molly Weasley para eles foi levá-la para passar o dia e deixar os dois dormirem. Agora, Elodie era uma jovem de nove anos, já estudando o currículo do primeiro ano de Hogwarts e compilando sugestões de mudanças para apresentar aos professores. Ela já havia dito a seus pais que queria ser Ministra da Magia quando crescesse. Ela era séria e observadora por natureza, e certamente tão ambiciosa quanto qualquer Sonserino, embora muito mais gentil do que a maioria dos que eram selecionados para essa casa.

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