11. Muitas vezes, Muitas maneiras

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Potter entrou no cio na noite do dia 18. Portanto, Severus esperava que os dias 19 e 20 passassem em um tempo sem limites, uma névoa de foder e dormir e comer e foder novamente.

E isso era verdade, de certa forma; mas, na realidade, a maior parte do tempo foi gasto estudando o emaranhado de contradições que era Harry Potter.

Ele era quieto.

— É demais?

Com o rosto vermelho pelo esforço e com os cachos grudados na testa, onde pressionavam os azulejos da parede do chuveiro, Potter balançou a cabeça.

— É o que você precisa?

Uma mordida no lábio e um aceno de cabeça desta vez.

Com o jato do chuveiro batendo em suas costas, Severus empurrou-se mais fundo no corpo de Potter e segurou-o com força.

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Ele era barulhento.

— Mais forte - mais forte - oh Deus - por favor, mais forte - é tão bom - por favor - sim...

A louça estava espalhada pelo chão, os restos da refeição não consumida espalhados pelo tapete; o último prato restante na mesa caiu.

De onde as pernas do garoto estavam fechadas em torno de sua cintura, enquanto o homem mais velho o esmagava, Severus deu algumas palmadas na bunda de Potter, até onde pôde alcançar. Afinal, ele ainda não havia terminado de comer os legumes.

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Ele era ousado.

— O que, em nome de Merlin, você pensa que está fazendo? — Severus gaguejou após um momento de silêncio absoluto, observando a visão tentadora de Potter estirado no sofá perto da lareira, vestindo nada além de um chapéu vermelho de Natal e longas meias listradas.

— Abraçando o espírito natalino? — Potter perguntou, olhos verdes arregalados em uma paródia de inocência. Ele tinha uma tigela de castanhas com manteiga à sua frente e lambia cada uma delas com uma língua hábil antes de colocá-las na boca. Sua mão livre estava se acariciando vagarosamente. Aninhado em sua cabeleira escura, seu pau duro balançou em concordância.

Potter acabou caído de frente sob a árvore, com a bunda para cima enquanto Severus o fodia novamente por trás. Alguns enfeites foram quebrados e eles ficaram horas tirando agulhas de pinheiro de lugares estranhos de seus corpos. E a árvore definitivamente tinha uma inclinação torta depois disso que nem mesmo a magia dos elfos poderia consertar.

Valeu a pena, no entanto. Severus não se sentia tão gentil com as decorações de Natal há anos.

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Ele era tímido.

— Snape, você poderia me dizer, hum, por que há, er, fluido vazando dos meus mamilos?

Severus, que havia virado as costas para seu companheiro depois que eles se separaram de seu último acoplamento e estava tentando dormir apesar do fato de ser apenas meio da tarde, olhou para os mamilos em questão com entusiasmo.

Os pequenos picos brilhantes estavam tensos e inchados - e sim, trilhas gêmeas de âmbar escorriam pela superfície lisa do estômago e abdômen de Potter.

— Quando isso começou? — ele murmurou.

— Algumas horas atrás, eu acho. — Potter fez aquela coisa de torcer o nariz que Severus quase conseguiu se convencer de que não achava adorável. — Está tudo meio confuso, então não posso dizer exatamente. O que é?

— Aestus lactea.

Quando o menino apenas pareceu inexpressivo, Severus acrescentou:

— Leite do cio, Potter. — E o fato de estar aparecendo agora, mais do que nunca, indicava que eles não estavam tão longe do cio de Potter quanto Severus acreditara.

Holiday Magic | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora