Triste pra sempre - revisado

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Tenho medo de ser só isso
Minha vida daqui pra frente
Porra, eu não quero ser
Triste pra sempre

Apesar de todos ainda estarem temerosos, alguns tomaram a liderança e começaram a organização, dando ordens e acalmando os mais nervosos. 

Dentro das maletas haviam armas, para os especialistas, duas pistolas e vários pentes. 

Para os combatentes, um fuzil. 

Além das armas, haviam algumas roupas especiais e um mapa para cada um. Eles começaram a trocar de roupa ali mesmo no meio de todo mundo, mas todos evitavam de se encarar.

- Ei - uma voz melodiosa o chamou - Você que é o Brasil, né? 

Virou-se na direção da menina que estava perto da mesa, já vestida, ele estava colocando a regata, mas parou no meio do caminho.

- Sou, por quê? - respondeu tentando lembrar o nome dela, Venezuela provavelmente. Ela deu um risadinha.

- Já pensou que isso tudo pode ser culpa sua? - os outros começaram a prestar atenção na conversa dela.

- E como caralhos a culpa é minha? - soltou a regata no chão colocando as duas mãos na cintura, ficando de frente pra menina.

- Estamos obviamente no Brasil e todos estão falando português, mesmo que ninguém tenha nascido aqui - as pessoas começaram a se entre olhar confusas.

- E o que isso tem haver? É só um codinome - respondeu ficando emputecido.

- Nossos codinomes são os países que nascemos, inteligência rara. São os lugares que estamos representando aqui dentro - se sentiu meio burro por não ter percebido isso - Se você é o Brasil, então nasceu aqui e sabe o que esta acontecendo.

- E tirou essa conclusão da onde? - a raiva em sua voz era cada vez mais presente. Um menino veio até o lado dele, talvez com medo de que voasse na garota - Do cu? - disse com sarcasmo.

- Típico brasileiro, mas eu to de olho em você - falou e começou a se distanciar, ficando do outro lado da sala ainda encarando o homem. 

- Ei, você tá bem? - o menino do lado dele perguntou e ele se virou irritado.

- Tô - falou bravo pegando a regata do chão.

- Desculpa, eu não queria te estressar ainda mais - analisou o outro.

Coréia, esse era o nome dele, mais baixo e mais magro do que si, tinha um rosto redondo e extremamente adorável, porém parecia muito rápido e inteligente, talvez fazer amizade não fosse algo tão ruim.

- Não, foi mal eu... Ela me deixou pilhado - continou se vestindo - Agora todo mundo vai achar que isso é culpa minha - tirou mais algumas roupas da mala.

- Ninguém pensa isso - outra voz de mulher fez ele se virar.

- Colômbia - a reconheceu na hora.

- Ninguém tá contra você, Brasil - atrás dela, vinham mais três homens.

- Na verdade estamos a seu favor - o mais alto falou - Você foi muito bem mandando todo mundo se arrumar e ajudando com as coisas.

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