Mas me chama eu sempre vou
Todo mundo me avisou
Que você iria me deixar
Louquinho
Se o mundo estava acabando, ele podia esperar. Algumas horas não fariam diferença não é? Horas? Há quanto tempo eles estavam ali? Argentina sentia que podiam ser segundos, mas provavelmente nunca seria o suficiente. Ele puxava Brasil contra si com força, tentando alcançar cada pedaço de pele exposto no moreno, cada beijo mais necessitado que o outro. Brasil segurava os quadris dele com tanta força que tinha quase certeza que iria deixar uma marca ali, mas não se importava com isso agora, ele só queria que cada canto de seu corpo estivesse grudado no do loiro, mesmo não fazendo issoAs mãos de Brasil flertaram com a barra da camisa do outro, colocando dois dedos na pele quente, sentindo ela se arrepiar. Argentina puxou seu cabelo enquanto o moreno subia as mãos pelas costas marcadas e fortes. Os arrepios desceram pela espinha, fazendo Martín arfar contra a boca quente do outro. Ele aproveitou que se afastou pra colocar algumas coisas pra fora
- Você me deixa louco - ele falou com o hálito batendo contra a boca do moreno - Eu te odeio tanto
- Eu também Martín, eu também... - ele grudou os lábios mais uma vez, descendo e subindo as mãos pelas costas arrepiadas, sentindo os puxões e arranhões na nuca
Luciano sentia o coração bater tão forte que começou a achar que ele atravessaria as costelas. Ele já havia admitido, vendo o garoto suado com a camisa molhada na mão salvando Espanha, que aquilo não era ódio. Ele sabia que em circunstâncias intensas, as pessoas tendem a sentir com mais força, não tinha razão pra negar. Ele sabia que Martín negava por medo, por não querer se abrir, por ter tantas muralhas em volta do coração. "Cabeça dura do caralho" ele pensou enquanto movia as mãos para os quadris alheios.
Mas ele não negaria. Se tivesse que falar, ele iria admitir. O desespero do loiro em o perder só demonstrava que ele sentia o mesmo. Mas ele não o forçaria a se abrir, então por enquanto, se contentaria com o "eu te odeio".
Brasil sentiu o calor subir quando o loiro chupou sua língua da forma mais depravada que ele já sentiu. O empurrou com rapidez contra uma cômoda, o pensando entre o corpo e a madeira. Ele apertou a cintura marcada, o puxando e empurrando contra o móvel, Martín gemeu no meio do beijo, sentindo a ereção do outro contra a coxa. Ele empurrou o quadril pra frente, esfregando o próprio membro endurecido na virilha alheia. Brasil quem soltou um gemido agora, um pouco mais alto, mexendo os quadris.
Eles sabiam que não poderiam ir muito longe, estavam em um quarto qualquer e a casa estava cheia de pessoas desconhecidas, qualquer um podia entrar, mas iriam aproveitar enquanto durava. Os quadris se esfregavam com força, cada vez mais desesperados pelo contato. As mãos de Brasil subiram a blusa do outro, achando seu caminho até os mamilos durinhos. O corpo inteiro do loiro estava arrepiado, em contrapartida, o corpo do moreno parecia pegar fogo. Argentina gemeu no beijo quando os dedos do outro se apertaram no ponto sensível, ele se sentiu exposto demais, mas a movimentação dos quadris e o estímulo em seu peito o deixaram tão enevoado que sua mente nem deu ouvidos a insegurança
Os beijos do moreno passaram a descer, indo para a mandíbula, e então para o pescoço. Queria poder marcar a área até não sobrar pedaços vazios, mas não era o momento ideal, então se contentou em deixar beijos molhados e mordidas fracas, sentindo as unhas do outro se enfincarem na sua nucanuca
- A gente precisa... parar - Argentina tentou falar mas acabou soltando um gemido manhoso no final pela pressão mais forte da mordida, as maos quentes agarraram sua cintura - Lu...
- Puta merda - o moreno subiu até estar rente ao ouvido do outro - Não me chama assim ou eu vou enlouquecer
- A gente precisa. - o moreno deu um beijo demorado no maxilar dele e então se afastou devagar, deixar as mãos por último, apreciando cada segundo antes de o soltar totalmente
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Pilantra
FanfictionO mundo está acabando. Isso é um fato. 2020 foi somente uma pequena degustação do que estava por vir. Então em 2024, a ruína finalmente acometeu a humanidade. No meio do caos, os governos mundiais se reuniram e tomaram uma decisão, uma maneira de c...