Me beija com raiva

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Luta por mim, desiste, não
E lembra o que eu disse
Amar é muito melhor do que ter razão






Um movimento subito fez Brasil acordar alarmado. Seu primeiro instinto foi olhar para o loiro ao seu lado na cama, que o encarou de volta preocupado. Eles sentiram a movimentações de novo, então começaram a se levantar. Japão cruzou a porta com dificuldade, respirando fundo

- O que tá rolando? - Brasil perguntou quando o japonês se apoiou na batente

- Terremoto! - os dois arregalaram os olhos para ele - Precisamos sair do prédio, agora!

Eles começaram a pegar o máximo de coisas que podiam, mochilas, roupas, coisas jogadas. Os três saíram do quarto vendo Colômbia passar por eles também cheia de coisas

- Não temos muito tempo! - eles se juntaram na sala, um caos e desespero, o chão tremendo abaixo deles e pedaços do teto se soltando

- Precisamos sair do prédio, sem tempo pra pegar o que quer que seja! - França pegou a pistola e as munições que estavam na sua mochila e colocou nos bolsos da calça. Os outros imitaram os movimentos dele - Peguem as malas, todo mundo pra baixo

- E o resto? - Colômbia foi em direção a cozinha, uma pilastra caiu bem em sua frente - Sem tempo pro resto!

Os movimentos começaram a ficar mais bruscos, coisas caíam, pedaços do chão se desfaziam e o teto se rachava mais a cada segundo. O simplesmente ficar de pé já estava se tornando uma grande provação. Eles correram até a escada de incendio e começaram a descer

- Puta merda! - Croácia gritou quando um pedaço da escada caiu bem na sua frente, o separando do grupo

- Draz! - França gritou olhando pra trás - Você tá bem? - todos se juntaram na frente do bloco de concreto que os separava do amigo

- Eu to bem, calma - ele tentou mexer na passagem - Eu to preso aqui em cima

- A gente vai te tirar daí - o japonês falou, olhando em volta e pensando em alguma possibilidade

- Continuem descendo, se algo mais obstruir a passagem todos nós ficamos presos

- n'y pense même pas! Eu não vou te deixar aqui sozinho - o loiro falou ficando bravo com a resistência do outros

- Cuidado! - Colômbia puxou Argentina pra perto dela com tudo, vendo um pedaço de concreto cair quase em cima dele - Você tá bem?

- To sim - os dois se olharam e viram a situação constrangedora que estavam, com o garoto estando com o rosto perto demais dos peitos da menina - Perdón - ela assentiu - Y gracias

- De nada - ela disse ainda assustada com o balançar do prédio

- Japão, tira ele daqui, eu prometo que vou dar um jeito de sair - a voz do croata era tão firme que até o japonês acreditou nele

- NÃO! Você tá maluco se acha que vai fazer isso. Croácia você não tem esse direito! - ele começou a bater no bloqueio e puxar com as mãos, mesmo sem obter sucesso nenhum - Fils de pute!

- Volim te - foi a última coisa que França ouviu antes de ser literalmente arrastado escada abaixo pelo japonês

Ele gritou, tentando se livrar do aperto, mas desistindo quando Brasil o segurou do outro lado e continuou o puxando pelos degraus. O rosto manchado pelas lágrimas, os soluços quebrados na voz fraca. Argentina entendia bem aquele desespero. Ele imaginou se foi essa visão que Catalina havia encontrado quando achou o loiro em cima do corpo de Luciano. Ou talvez fosse pior, pois o desespero de fazer o moreno voltar a vida deixava a cena ainda mais horripilante

PilantraOnde histórias criam vida. Descubra agora