Há um aperto irritante em meu estômago. Há uma revolta em meu âmago. Há uma dúvida, um choro entalado, uma dor, um lamento, uma angústia e eu não consigo me retirar disso.
Quais as chances de eu me desprender de minha alma ansiosa? Quais as chances de eu não criar os piores cenários? Como não me perder em meus medos e temores?
Se há uma pedra em meu caminho, sou eu mesma e se há ainda um caminho na pedra, também sou eu porque serei eternamente prisioneira de meus pensamentos.
Enquanto eu viver.
Isso era para ser um desabafo romântico, clichê, mas se tornou o confessionário de um autor quebrado e inerte em si mesmo.
Há um aperto irritante em meu estômago que me mantém viva e me mata, que me alerta e me amolece. Me sinto perdida no vácuo do pós vida. Será que morri? Se morri, quando foi? Se é que um dia vivi.
Não há lamento no ansioso. Apenas o choro, o medo e o aperto no peito.
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Minha alma densa
Poetry"A densidade da minha própria alma dói e me faz querer desistir."