Eu amo a chuva.
Não a chuva em si, mas toda a bagagem que a acompanha.
É lindo observar como as gotículas caem, como encharcam o chão, flores e folhas. Como limpam os telhados e muros, como levam todas as impurezas da cidade, como refresca a mata; como nos agrada.
Eu amo observar a chuva.
De certo também é triste, transmite medo, destrói o frágil, parece raivosa.
No entanto, vejo o poético da chuva. Se comparada a pensamentos, é como os bons que lavam nossa alma, que levam sujeiras e acumulam em alguns lugares. Mas pode ser comparada aos ruins, que destroem e levam nossos telhados.
Eu amo a chuva.
Os dias tem sido calorosos, vivos. Me sinto próxima de uma paz ensurdecedora, mas a chuva... ah, a chuva... me distância da lida caótica da cidade, me deixa pensativa, me deixa abraçar minhas cobertas e sentir o cheiro de casa.
Ah, a chuva... é mais que um fenômeno, e isso não é sobre chuva.
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Minha alma densa
Poetry"A densidade da minha própria alma dói e me faz querer desistir."
