Who's Spiderman? - VegasPete

Capítulo 1

Vegas olhava com bastante interesse para os pequenos recipientes onde haviam posto as aranhas.
Os recipientes estavam dispostos em cima de uma mesa, escolhidas à dedo para a reportagem que ele, e seu colega, estavam fazendo.

Estavam na empresa do tio de Vegas, Korn, que era um biólogo cientista, que estava modificando o DNA das aranhas. E eles estavam ali para saber mais sobre o experimento e o porquê dele.

Vegas não era um grande fã de biologia, sua grande vocação era a fotografia. Desde criança gostava de tirar fotos, pegava os celulares de seus pais e, ao invés de jogar, ficava horas tirando fotos e editando. Foi sua mãe que deu sua primeira câmera de presente: uma DSLR, daquelas que você poderia ver a foto no visor logo após ela ter sido tirada. Ele à tinha guardado até os dias de hoje, mesmo ela não ligando mais. Era uma lembrança de sua mãe.

Vegas estava no segundo ano da faculdade, com 22 anos, e, há poucos meses, começou à fazer um estágio no Clarim Diário, um dos melhores jornais de Nova York.

E, agora, estava ali, observando e tirando fotos das aranhas em seus recipientes.

- Eai, Vegas?

Vegas deu um salto, assustado, sentindo um ventinho quente em sua nuca. Quando se afastou, viu que era Pete, o seu colega do Clarim Diário, que estava ali para fazer a entrevista com seu tio para o jornal.

Pete riu de sua reação e Vegas suspirou apaixonado.
Quando começou o estágio, Pete foi a primeira pessoa que ele conheceu. Ele que apresentou o prédio do jornal para ele.

Pete era tão lindo, tão fofo e tão inteligente. Vegas se apaixonou rapidamente por ele. Mas escondia sua paixão à sete chaves, apenas por achar que Pete não gostava dele do mesmo jeito. Achava que Pete apenas o via como um irmãozinho mais novo.

- Que susto, Pete! - Vegas riu, nervoso. - Achei que fosse uma aranha!

Pete riu ainda mais, não notando, ou não ligando, que estava chamando atenção das pessoas à sua volta.

- Desculpe, Vegas. Não foi minha intenção te assustar. - Pete disse, vendo Vegas levantar uma sobrancelha. - Ok, você me pegou. Foi minha intenção te assustar. Mas, quem mandou você ficar tão perto das aranhas? Era a oportunidade perfeita!

- Ainda vai ter volta, Phongsakorn. - Vegas ameaçou, vendo Pete fingir uma expressão de medo, o fazendo rir. - Cadê ele que não chega?

- Está falando de mim? - Vegas olhou para trás, avistando seu primo Kim, que era o filho mais novo de seu tio.

- Apareceu a margarida. - Vegas brincou, sorrindo e cumprimentando Kim com um abraço rápido. - Oi, Kim. Como você está?

- Eu tô ótimo, primo. - Kim respondeu, com seu sorriso aumentando quando seus olhos cravaram em Pete. - E esse é o seu colega?

Kim se aproximou de Pete e apertou sua mão, mais que o necessário, na opinião de Vegas.
Não tinha nada além de amizade com Pete, mas não podia deixar de sentir ciúmes.

- Sim, sou o colega de Vegas. Pete, prazer. - Pete se apresentou, apertando de volta a mão de Kim.

Os olhos de Kim ganharam um brilho diferente quando ouviram o nome dele.

- Ah, você que é o Pete? - Kim deu um sorriso malicioso e olhou para o primo. - Vegas fala muito de você, sabia?

Vegas prendeu a respiração. Filho da puta.

Nunca mais contaria nada para o primo.

- Ah! Ele fala? - Pete perguntou, olhando para Vegas, com as bochechas levemente coradas.
Vegas, naquele momento, estava com o rosto pegando fogo. Ele olhou para a janela; era alta o suficiente para que ele morresse, caso decidisse se jogar?