Capítulo 12

269 50 8
                                    

Pete acordou com seu despertador berrando em seu ouvido. Poderia estar irritado, mas acordou com um humor ótimo, talvez Vegas tenha ajudado com aquilo.

Se levantou, tomou banho, escovou os dentes e colocou uma de suas melhores roupas. Veria Vegas talvez na metade da manhã, pois ele disse que iria ver o tio e conversar sobre o acontecido na empresa dele no dia anterior.

- Bom dia, família! - Pete cumprimentou Porsche e Porschay com um beijo na cabeça de cada um. - Que dia mais lindo, não é?

- Sim, dia lindo. - Porsche sorriu, olhando para o melhor amigo de forma maliciosa. - Conta tudo.

- Tudo não, né, Che. - Pete apontou com a cabeça para Porschay.

- Eu sei que vocês transaram, podem falar sobre isso na minha frente; não sou criança. - Porschay disse, vendo os dois mais velhos o olharem com as sobrancelhas franzidas. - Macau e eu não transamos, ok?

- Que bom. - Porsche olhou para Porschay com o rosto sério. - Ele precisa vir aqui em casa pra pedir sua mão pra mim.

- Fala sério! - Porschay riu, revirando os olhos. - Já não basta a vergonha que Pete me fez passar, você também vai fazer isso comigo?

- Não fiz vergonha nenhuma; apenas devolvi na mesma moeda. - Pete respondeu.

- E eu preciso conhecer o Macau! Sou seu irmão mais velho, sou seu responsável, e tenho que conhecer o garoto que você está namorando! - Porsche disse, em tom firme, vendo os ombros do irmão caírem. - Ele pode vir esse fim de semana, o que acha?

- O Vegas pode vir junto! - Pete completou, animado. - Assim o Cau não fica tão desconfortável e o Che conhece os dois, o que acha?

- Ok, eu falo com o Cau. - Porschay sorriu minimamente.

- Agora nos conte você sobre o Vegas. - Porsche mandou, e Pete sorriu ainda mais enquanto preparava seu café.

- Estamos namorando! - Pete soltou, vendo os irmãos comemorarem. - Finalmente, depois de meses! Eu tô muito feliz, gente.

- Aah. - Porsche suspirou. - Vocês dois namorando, e eu aqui, sem ninguém!

- Não tem ninguém interessante no seu trabalho? - Porschay perguntou.

- Eu não sou igual ao Pete, que fica flertando com meus colegas. - Porsche viu Pete mostrar a língua pra ele. - E não, não tem ninguém interessante. E os homens minimamente bonitos que vão lá no hospital estão sempre passando mal, então não consigo pegar o número deles. Oh, vida cruel!

Porschay e Pete riram das lamúrias de Porsche.

- Por que você não saí qualquer dia desses? Se arruma e vai pra uma boate e tenta conhecer alguém. - Pete sugeriu.

- Eu poderia, mas não quero ir sozinho, e você já é comprometido e não pode me fazer companhia. - Porsche choramingou.

- Eu falo com Vegas e ele pode ir com a gente.

- E eu ser vela de vocês? Na-ah, nem pensar. - Porsche revirou os olhos.

- Então você quer desencalhar como, desgraça? - Pete bufou. - Que mona mais chata!

- Fala com a minha mão! - Porsche levou a mão até o rosto de Pete, que bateu nela, rindo.

Eles terminaram de comer e Pete e Porschay saíram para seus destinos: trabalho e escola. Porsche disse que só iria mais tarde e aproveitaria para passear um pouco.

- Tanto tempo no hospital tá me fazendo mal, preciso de sol e ar puro. Tô até perdendo a cor. - Porsche comentou.

Pete e Porschay seguiram juntos até o metrô, mas cada um pegou o seu e eles se separaram.
Pete presenciou uma situação um tanto estranha enquanto estava à caminho do Clarim Diário.

Who's Spiderman? - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora