𝟑𝟒. 𝐒𝐄𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓𝐑𝐎

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ACORDEI SENTINDO UMA DOR DE CABEÇA TERRÍVEL, porém, este não é o único problema

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ACORDEI SENTINDO UMA DOR DE CABEÇA TERRÍVEL, porém, este não é o único problema. Não me recordo de quando eu caí no sono. Não me recordo nem de ter voltado para o meu apartamento.

Assim que abro os olhos, percebo que estou num local diferente. Diferente da minha casa ou de qualquer outro lugar que eu possa ter dormido.

— Já acordou? — ouço uma voz familiar. Tento me levantar para ver quem era, mas não consigo. Estou com os pés e as mãos amarradas. — Se lembra de mim ainda?

Após muito esforço, consigo me levantar e reconhecer de quem era a voz. Era a voz de Miguel.

— O que eu 'tô fazendo aqui? Ou melhor, o que você 'tá fazendo comigo?

— Ah. Já que você não quis ficar comigo por conta própria, eu resolvi facilitar as coisas. — ele diz calmamente.

Não é possível isso.

— Olha, Miguel. Podem ter outras formas...

— Que formas? Se você continuar solta, vai continuar com aquele jogador.

— E você devia aceitar isso. Eu nem te conheço...

— Porque você não quis! — ele me interrompe mais um vez — Todas as vezes que eu fui atrás de você, eu fui tratado como nada!

— Óbvio! Você apareceu na minha casa do nada, sem eu nem ter te passado meu endereço! E não foi só uma vez, foram mais!

— Isso não importa mais. Agora vai ser eu e você. — ele diz, em seguida, tenta me beijar. Uso todas as minhas forças pra dar uma joelhada em sua barriga. — Ótimo, já vai começar ficando sem comer por hoje.

Essa é a última coisa que o rapaz diz, antes de sair do local onde estamos.

Não é possível que isso seja real. Eu me recuso a acreditar. Como que a pessoa chega em um estado desse? Achando que prender a outra pessoa vai fazê-la se "apaixonar". Isso é loucura, muita loucura.

Eu não posso relutar. Não posso negar. Não posso fazer nada. Estou presa. O que me resta agora é esperar que notem que eu sumi. E eu espero que não demore muito tempo.

Analiso onde eu estou com muito cuidado. Provavelmente é um apartamento. Agora onde, eu já não sei.

Tem uma janela... será que é muito alto? Só chegando perto para saber.

Tento me arrastar até o local e depois de muita dificuldade, eu consegui, mas a janela 'tava fechada, ou seja, não consegui abrir. Bacana.

Não é possível que a Catarina não tenha notado que eu sumi. Eu provavelmente já devia estar em casa a muito tempo.

Será que ela achou que eu larguei ela por causa da gravidez? Droga! Por que essas coisas ruins só acontecem comigo?

Estou aqui, estirada num chão gelado de um local que eu não faço ideia de onde é com um maluco psicótico.

Por Acaso | Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora