Olá meus amores, como vocês estão??
Estou aqui de volta com mais dois capítulos pra vocês, espero realmente que gostem, amo receber os comentários de vocês e me mantém muito motivada a escreve ♡
Acho que voltei relativamente rápido, né??
Queria agradecer à brunarizando por ter feito essa capa linda pra mim ♡ e agradecer imensamente pelo carinho de vocês pela história, muito obrigada mesmo ♡♡♡
Enfim, boa leitura ♡
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Clara se olhou no retrovisor do carro vendo seu rosto inchado e vermelho.
Ela olhou para o relógio digital no pulso e viu o horário. 8h57 da manhã.
Ela deixou Verônica na escola às 8 horas.
Demorou 20 minutos para chegar ao hospital.
Saindo do hospital e indo até o seu carro novamente foram pelo menos 5 minutos.
Isso significava que em 32 minutos ela descobriu que sua filha não era realmente sua filha biológica como sempre acreditou, reencontrou seu antigo amor e descobriu que a filha biológica tem uma doença cujo ela já teve e não pode fazer nada para ajudar.
32 minutos, pouco mais de meia hora.
Era assim que as coisas aconteciam? Realmente em 32 minutos tudo poderia ir por água abaixo? Ela já ouviu a expressão de que as coisas mudam tão rápido quanto um piscar de olhos mas, sinceramente, isso era rápido demais.
Tinha um lado dela que queria dirigir até a escola da filha, pegá-la e ir para o mais longe possível de toda aquela situação, esquecer desse dia, fingir que nada daquilo aconteceu e só seguir em frente, mas não era tão simples.
Ela não se sentia mãe da outra menina, Alice. Embora fosse uma criança muito fofa e que fazia você criar carinho rápido, ela não se sentia mãe dela e isso a fazia se sentir a pior pessoa do mundo. Ela era mãe, por que não se sentia assim?
Quando Rafael nasceu e ela teve um quadro de depressão pós-parto, tudo parecia em câmera lenta, até seus sentimentos, ela se lembra de segurar ele no colo e ao mesmo tempo em que queria protegê-lo de tudo, não queria nem olhar para ele, se lembra de como era sentir falta de ar toda vez que não conseguia fazê-lo parar de chorar, ou de como seu leite secou e não conseguia amamentá-lo, de como se sentia inútil por não ser o suficiente para a vida que ela mesma gerou.
No caso de Verônica, por mais que as circunstâncias fossem impossíveis, ela a pegou no colo quando voltou do banho e sentiu como se o mundo fizesse sentido, algo que só sentiu com Rafa depois de alguns meses, foi instantâneo, era o mesmo amor, mas... diferente. Toda vez que a garotinha olhava para ela com seus olhos inchados de recém-nascida ela sentia que poderia literalmente morrer de amor. Verônica foi a melhor coisa que aconteceu com ela em 19 anos, mesmo que ela não quisesse que tivesse acontecido daquela forma, mesmo que tudo parecesse horrível, ela foi a única luz para Clara e com ela era fácil se sentir uma boa mãe.
Agora tinha Alice, a quem ela não deu qualquer amor, não deu o primeiro colo, o primeiro banho, não viu os primeiros passos ou ouviu as primeiras palavras, a garotinha que ela só conheceu agora e mesmo que ela realmente sentisse que poderia fazer de tudo para ajudar, ainda assim não era como se sentia com Rafa e Verônica e ela não sabia se queria se sentir assim. Ela não era mãe de Alice, ela nunca foi, nem enquanto gestante, quando ela descobriu da gravidez e tudo desmoronou, ela não pensou em nada sobre a menina, nem no quarto, ou nas roupas, nem mesmo um nome. Para Clara, aquela gravidez foi um grande problema ao qual ela não poderia se livrar, mas então Alice nasceu, ela nem mesmo olhou para o rostinho da menina antes da enfermeira levá-la depois do parto, não fez questão de segurá-la, e quando finalmente conseguiu fazer isso, já não era Alice, era Verônica. Então a única coisa que ela poderia fazer por Alice era uma doação e nem mesmo isso ela conseguia.
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entrelaços | PARADA
FanficO destino é uma coisa engraçada, é estranho como certas pessoas estão ligadas a nós para sempre, existem tantos laços que as prendem e mesmo quando achamos que se desfizeram e os laços já não existem, o destino prova o contrário, as trazendo de volt...