capítulo 11

7 0 0
                                    

Sentado no parapeito da janela de um corredor, Neji observava alguns funcionários do internato retirando os últimos resquícios da estátua quebrada. Os primeiros raios de sol já batiam no alto do edifício, ele amava a sensação que o alvorecer e o crepúsculo despertavam nele. O cheiro da manhã misturado com a neblina era fantástico em sua concepção.
A movimentação aumentava conforme o tempo passava. -Você só pode tá brincando! - Ouve a voz baixa e rouca da ruiva. Ela senta junto a ele na janela, ele desvia olhar para ela. Não recebendo uma resposta dele, continua:
- Não acredito! O Neji apaixonado?
Pergunta não demonstrando o quanto aquilo lhe chocou. O moreno volta a se concentrar na movimentação do pátio. - Isso pode dificultar as coisas pra você. - Declara ficando em pé. - Só não esquece pra quem você trabalha. - Acrescenta antes de sair.

♤°♤°♤
Pov
Saky

Atravesso o portal da sala de aula seguindo os passos do moreno.
- Itachi espera! - peço o alcançando. Ele para e me encara esperando que eu dê continuidade. - Eu não tive a chance de agradecer por ontem.
- Não precisa.
Volta a andar e eu sigo em seu alcance.
- Obrigada mesmo assim. Tem uma coisa que eu tô um pouco constrangida de te perguntar mas...
- Então não pergunte. - Para novamente me interrompendo. Grosso, ignorante, imbecil. Disparo ofensas mentalmente.
- Olha eu já comecei então vou perguntar. Você parece familiar pra mim, como se eu te conhecesse de algum lugar, isso é possível? - vejo um brilho de hesitação atrevessar seus olhos.
- Não. - Diz com convicção. - Eu me lembraria. - Fala vagando em lembranças, antes que eu conseguisse dizer mais alguma coisa, ele sai em rumo a loira que o aguardava impaciente na porta para próxima aula. Solto um suspiro de frustração e sigo em direção ao vestiário pra me preparar para aula de esgrima. Já devidamente arrumada caminho pra sala, esbarro com a Temari igualmente arrumada saindo do vestiário.
- Essa aula não é uma boa ideia, colocar armas nas mãos de adolescentes que precisam de remédios e não sabem controlar os impulsos. - Digo em forma de cumprimento. Ela apenas ri concordando.
Chegamos ao salão onde à aula já tinha iniciado. Dois alunos duelavam enquanto o professor instruía e corrigia alguns movimentos. O restante da turma estavam juntos perto da imensa janela apenas assistindo os movimentos, esperando sua vez. Me despeço da garota temporariamente e vou ao encontro da Hina, cumprimento-a e me junto a observar. O professor dispensa os dois, se preparando para próxima dupla.
- Uzumaki sua vez! Haruno, vamos ver se estava prestando atenção. - E é claro que tinha que ser minha vez, ainda mais com a ruiva que parecia ter sério problema comigo. Me posiciono no lugar indicado por ele e espero a Karin assumir sua posição. Espero o sinal do professor. Ajeito a postura quando a garota dá o primeiro passo, iniciando nosso duelo. Mal tenho tempo de erguer o punho com a espada, antes dela quase colidir com meu rosto, Recuo mantendo a espada erguida sem vacilar, recebendo os impactos dos golpes, um atrás do outro, sem tempo nem para respirar. Acompanho as investidas dela bloqueando, mas perco o equilíbrio no pequeno degrau caindo de bunda no chão.
- Troquem de parceiro. - Diz o homen na casa dos quarenta anos no meio da sala.
- Não foi tão ruim assim. - Fala a Hina me ajudando a levantar. Não tenho tempo de responder, pois estou ocupada demais observando meu recém trocado parceiro. A vida não gosta de mim! Novamente o homen responsável pela aula autoriza para que comecemos.
Ele insveste e eu o bloqueio, tento investir contra ele, mas estava com a guarda alta, pronto para me bloquear. Ele avança, fixo meu pés no chão pronta para revidar, desvio do seu golpe de última hora, o deixando golpear o ar. Pelo impulso que ele tomou acabou sendo amparado pela mesa, espalmando a mão nela. O som atraiu os olhares dos adolescentes na nossa direção, que antes estavam conversando ou só observando o nada. Assume a postura e volta a atacar, me perco em imagens aleatórias que passam por minha mente, a essa altura já não sei nem o que estou fazendo, me deixo guiar pela atrenalina e acompanho os movimentos dele.
Fogo, luta, fumaça, um homen e uma mulher, no que parece ser algum lugar feito de madeira batalhando contra outras pessoas com espadas nas mãos aparecem em minha mente. Não sei porque dessa imagem ter aparecido de repente na minha mente, talvez o duelo tenha desencadeado a lembrança de algum filme que tenha visto. Domino a lâmina dele num golpe direto, acabo por o acertar, levando o ponto dessa rodada. Nos posicionamos para a outra, pego impulso e inicio o ataque, ataque, bloqueio, ataque, bloqueio, ataque, bloqueio. Novamente cenas embasadas surgem, não consigo destinguir os rostos, só tem fogo, fumaça e o tilintar das espadas se chocando. Deslizamos pelo espaço inteiro, tento o induzir ao erro, falhando lindamente. Salto para trás, na intenção de escapar do seu golpe, a ponta da espada passando a menos de um centímetro do meu corpo, bloqueio e avanço. Ele faz uma ação ofensiva, afim de parar o golpe, retrai o braço armado e avança. Bloqueio, bloqueio, bloqueio e bloqueio. Não consigo fazer mais nada, ele simplesmente não para de atacar e não consigo achar nenhuma brecha. Ao longe consigo ouvir o professor dizendo para parar, mas só o que consigo fazer é impedir que a lâmina entre em contato com a minha pele. Suor escorre pelas minhas costas e rosto, conforme continuo bloqueando, sinto que não vou aguentar mais. Sinto a sensação de algo perfurar a minha barriga e logo em seguida a dor ardente. Sem forças para me sustentar de pé, desabo.

Infinitely yours Onde histórias criam vida. Descubra agora