Pov
Saky- Ele não tem endereço nem telefone pra contato, nada. - Fala mexendo em seu armário, depois dela ter falado sobre a ficha de Itachi estar vazia, viemos para o seu quarto onde agora eu estou sentada na cama, enquanto ela vasculha seu armário em busca de algo para vestir. Nós iremos para uma das famosas reuniões do Suigetsu nesta noite.
- Essa tá boa? - Mostra um moletom com uma estampa a qual desconheço, parece ser sobre uma banda, com um esclipse solar estampado na frente a tinta e alguns raios solares saindo dele.
- Gosto. - Falo mexendo na unha, descascando o esmalte.
- É a mesma coisa com todos eles. - Veste o casaco se olhando no espelho da porta do armário, para ver como ficou. - Tem alguma coisa que não tá certa com aquele grupo. - Fala virando na minha direção. Saímos do quarto, passamos pelos corredores e chegamos na parte de fora do colégio. - Eles nunca comentam sobre a família ou sobre as antigas escolas, mal vão as aulas e parece que todos se conhecem diante daqui.
- Espera, de quem tá falando? - Pergunto.
- O Itachi chegou primeiro, foi transferido no começo do ano passado. Depois veio a Ino...
- Ah, a loira alta sempre pendurada nele? - Revirou os olhos, por que eles estão sempre grudados? Será que tem alguma coisa entre eles?
- É, oitenta e cinco por cento do corpo dela é formado por açúcar refinado. Depois a Temari...
- Ah eu sei, ela me mostrou a escola no primeiro dia. - Interrompo.
- E a Karin, toda problemática. - Continua. - E o Suigetsu eu não tenho a menor ideia de como ele passou no exame de urina. E aí o senhor de vinte e cinco anos, o perpétuo Neji, transferido na última primavera. - A imagem do perfeito bad boy aparece em minhas lembranças com seu sorrisinho cretino. - A senhorita Mei também, ela é nova aqui e ignora todo mundo, tirando os preferidos dela.
- E o que acha disso?
- Sei lá. - Dá de ombros. Entramos no bosque atrás do prédio. Se na luz do dia é difícil andar aqui sem se perder, imagine agora. O lugar é meio nebuloso, dificultando a visão, cheia de árvores irregulares, raízes espostas, e escuro, por causa dos topos das árvores impedindo a entrada da luz. De onde estamos já é possível ouvir a música, baixa, mas audível.
- Ah, não acredito! - Diz empolgada.
- No que?
- Que eu estou realmente indo numa das festas do Suigetsu! - Fica ainda mais animada, solto um sorriso achando graça da sua animação. A música mais alta agora.
Vejo a enorme fogueira aparecer, espantando a escuridão do lugar e atraindo as pessoas para festa. As pessoas em volta dela, se aconchegando ao calor que emana, bebendo, comendo, conversando, alguns em grupos, outros em duplas, se pegando e algumas pessoas sozinhas sentadas nos troncos caídos de árvores. Deslizamos pela ladeira, chegando ao centro, onde estão os convidados e a fogueira.
Ino é a primeira a nos ver, vindo ao nosso encontro.
- Vocês estão uma gracinha. - Cumprimenta.
- Valeu. - Hina e eu falamos juntas, meio sem jeito.
- Você tá... - Tento encontar um elogio para ela, mas ela está sempre muito arrumada. - Como sempre . - Digo.
- Sua fofa. - Fala antes de virar as costas, saindo.
- É meio que errado eu odiar ela? - Pergunto me virando para morena.
- Por que? - Caminhamos . - Só porque ela é uma loira perfeita, com cheiro de mel, bronzeada, depilada, de unhas feitas, tá sempre sorrindo e agora tá beijando quem você quer? - Ino chega por trás do Itachi, que está sentado num tronco com o capuz na cabeça, tira o capuz dele e beija sua bochecha.
- É, por causa disso.
- Tá pode ser errado, mas dá pra entender. - Desvio o olhar deles quando alguém surge no topo do barranco gritando. Olho, é Suigetsu.
- Alguém aí tá com sede? - Pergunta, recebendo um coro de confirmações. Atrás dele surgem quatro caras, carregando dois barris de alumínio, um barril por dupla.
Estou esperando pela Hina que foi buscar nossas bebidas, quando sinto uma presença nas minhas costas.
- Ainda tô tentando entender como foi que você parou aqui. - Fala perto da minha orelha, os pelos do meu pescoço arrepiam pela sensação.
- Bom, você me convidou lembra? - Viro o rosto para Neji, as chamas da fogueira refletindo em seus olhos claros.
- Não foi isso que eu quis dizer. - Fala atrás de mim. - Com todos os outros é óbvio, drogas. - Acena para um garoto perto da fogueira, sentado e tremendo, como se estivesse morrendo de frio, acreditaria nisso se não tivesse calor aqui. - Vandalismo, depressão.- Olho para uma garota riscando a árvore, logo em seguida olho um garoto sozinho olhando para os outros. - Ninfomania. - Vejo uma garota entre dois garotos, ela falando que hoje não ia dá. - Por que você foi parar num lugar como esse? - Pergunta genuinamente curioso. Fico de frente para ele.
- Talvez eu não seja tão inocente. - Digo olhando dento de seus olhos. Sem esperar alguma outra pergunta, vou a procura da Hina. Não sem antes ver do outro lado da fogueira Itachi nos encarando, ou melhor, encarando Neji com um olhar hostil.
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Infinitely yours
RandomDizem que todos nós estamos destinados a encontrarmos nossa alma gêmea. Também falam que em alguns casos você até já encontrou com ela, mas é como dizem, as almas gêmeas estão destinadas a se encontrarem, não ficarem juntas. Sakura nunca acreditou...