Capítulo 3 - "A grandiosa Família Beast!"

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Dia da Família. O dia onde se comemora o amor e a união, um dia de paz, harmonia e felicidade para todas as famílias dos contos de fadas de Auradon. O dia em que todas as famílias se unem para demonstrar o quanto são felizes, bondosas e harmônicas.

Tosco.

Quero dizer, eu não tenho uma família grande, nem uma figura materna, e se tivesse talvez fosse pior do que já era.

Mas lá estava eu sendo obrigada a não só escolher o que vestir para o dia, mas também a ajudar com os preparativos para a comemoração da manhã seguinte. Prendi a fita azul no pilar e me encostei no mesmo, encarando Jie conversar com o irmão pelo celular. Que ódio! Tudo eu nessa casa... Ah não, espera, frase errada.

Evelyn parou ao meu lado e me estendeu uma flor de sua cesta quase vazia, neguei com a cabeça enquanto ela tentava colocar a flor de plástico no meu cabelo.

— Eve!

— Vem cá, vem!

Riu a morena, tentando me abraçar. Revirei os olhos me afastando dela, enquanto a mesma ria, tentando me prender em seus braços. Senti alguém me abraçar por trás e soltei um suspiro de frustração, percebendo que a neta da Mulan já não falava no telefone com o idiota do irmão.

— Afeto não mata ninguém, princesa fera.

Riu a descendente de asiáticos.

— Ajudar as pessoas também não mata ninguém, Khan Al-Abadi.

Ela riu junto da Dopey, adorando me irritar, como sempre.

As empurrei para longe e tirei a flor da minha cabeça.

— Deixa de ser chata, Mabel!

Jie resmungou.

— Você está naqueles dias?

— Não, Evelyn, não estou. — Cruzei os braços, me afastando delas — Apenas não estou afim de contato físico por hoje.

— Você odeia o Dia da Família, não é?

Evelyn disse tediosa.

— Sim, você sabe que sim.

— Quem sabe o que?

Me virei para encarar meu irmão sorridente.

— Nada!

Respondi irritada, entregando a ele a rosa branca que estava em meu cabelo.

— Ela está irritadissíma hoje.

Jie resmungou com frustração.

— Caiu da cama, bela adormecida?

Olhei para meu irmão, sentindo minha magia queimar em meus olhos, porém isso não o assustou, apenas o fez rir, afinal de contas ele tinha tanta magia quanto eu.

— Vem, temos coisas a fazer.

Ele agarrou minha mão, me puxando para longe de minhas amigas que hoje estavam tentando se tornar minhas inimigas de tanto que estavam me irritando.

Ele nós levou até o auditório do colégio e me fez sentar em uma das cadeiras. Fiquei observando a sala enorme em que estávamos. Ficava encantada toda vez que via aqueles instrumentos todos alinhados e prontos para serem tocados, para aquele palco perfeitamente brilhante e com lindas cortinas escarlate. Perdia as contas das inúmeras apresentações que já tinha feito ali: já havia estrelado uma peça, um número musical, um show de ballet, e entre outras inúmeras peripécias minhas, algumas que em nada me agradavam, outras que eu mesma havia escolhido. Observei os mais de cinco adolescentes ensaiando para a apresentação de amanhã, entre eles Amberly e Anastácia.

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