7. Antônio

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Ficamos por mais de duas horas todos conversando e comemorando a vitória da Amanda, até que em um certo momento o Dindinho percebeu que eu queria ficar a sós com ela e tratou de dispersar todo mundo. Depois de todos os abraços e despedidas enfim ficamos a sós. Eu não sabia o que dizer, apenas a encarava, ela estava tão linda, tão perfeita nesse vestido. O cabelo um pouco mais curto e menos repicado, a maquiagem básica do jeito que eu amava e igualmente linda como eu lembrava dela em todas as minhas memórias.

- Vai ficar aí só me olhando? - ela perguntou

- Na verdade eu ainda não acredito que você está aqui, eu imaginei tantas coisas e agora eu não sei muito bem o que fazer.

- E o que você quer fazer? - ela perguntou

- Bom o que eu gostaria de fazer eu acho que nem passa pela sua cabeça, então que tal a gente conversar um pouco?, que horas você precisa ir?

- Em três horas eu preciso estar na emissora para a entrevista da manhã, depois terei o dia todo cheio de compromissos. - ela falou

- Você quer dormir um pouco então? Depois eu posso te levar.

- Eu não vim aqui pra dormir Antônio, eu posso dormir apenas amanhã e não me fará falta. Eu quero saber o que você gostaria de fazer que não passaria pela minha cabeça ?. - ela falou, já se apoiando no aparador de fotos para tirar as sandálias de salto que ela calçava.

- Bom, eu acho melhor a gente conversar então. - eu disse já chegando mais perto e abraçando ela, que parecia mais pequenininha e magra do que nunca.

- E sobre o que você quer conversar então? Eu já me atualizei por alto sobre as notícias e acredito que mais tarde vai vir tudo como uma enxurrada sobre mim, então eu não quero falar sobre isso. - ela falou enquanto eu ainda a abraçava.

- Você viu as DocShoes? Elas são sensacionais, eu recebi tanto carinho delas nesse tempo, elas são doidas, eu tenho um armário inteiro de fotos nossas no quarto de hóspedes. Elas amam a gente. - falei

- E você? Ama a gente? - ela perguntou com aquele jeitinho sapeca dela.

- Eu amo a gente e amo você. - falei.

- Eu também amo a gente e amo você. - ela falou se aconchegando mais ainda em mim.

Eu a olhei nos olhos buscando o seu consentimento e quando ela consentiu eu a pequei no colo e levei para o quarto, a deitei na cama e eu só queria ficar ali a observando. Eu estava com tanta saudade dessa garota que eu estava com medo de não ser real. Deitei atrás dela e ficamos abraçados um bom tempo em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

- Eu posso tomar um banho? - ela perguntou

- Vou pegar uma toalha pra você. O banheiro é nessa porta aqui. Tem banheira se você preferir. Você quer que eu espere lá fora? - perguntei

- Não, você pode ficar por aqui e me emprestar uma camisa sua. - ela falou já entrando no banheiro.

Separei a camisa e coloquei dobrada em cima da cama, troquei de roupa e fiquei aguardando ela sair do banheiro. Quando ela terminou saiu enrolada na minha toalha, com os cabelos molhados já penteados, ela apenas enfiou a camisa pela cabeça, puxou a toalha por baixo e se deitou ao meu lado. Eu puxei um pouco a coberta sobre ela, por que estava atordoado de imaginar que ela estava completamente nua sob a camisa.

- Então, sobre o que vamos conversar? - perguntei

- Sou completamente a favor da gente não conversar nada, você apenas fazer carinho na minha cabeça e a gente curtir o momento, eu estava com saudades de você e tenho certeza que teremos vários momentos pra conversar. - ela disse já deitando no meu peito e acariciando bem ali.

Com uma mão eu acariciava o rosto dela e com a outra o cabelo. Eu queria muito externar o que estava sentindo, mas estava com muito medo de estar entendendo tudo errado. Eu queria beijá-la, eu queria abraçá-la, tocá-la e mimá-la tanto. Ficamos assim por vários minutos, até que eu não não estava aguentando mais, levantei o queixo dela com os dedos, olhei bem nos olhos dela pedindo permissão e então a beijei.

Eu a beijei com todo meu amor e paixão, eu esperei tanto por isso, foram dias tão difíceis. A sensação era tão perfeita que eu não queria que acabasse. Agarrei-a pela cintura e aprofundei ainda mais o nosso beijo. Quando já estávamos completamente sem ar nos separamos um pouco, ouvindo o barulho das nossas respirações.

- Uau. - ela falou

- Você escovou os dentes. - comentei.

- Com a sua escova. - ela falou com aquele olhar travesso.

Eu amo essa mulher, já falei isso?. Nos beijamos novamente e havia tanto amor e tanta paixão que o beijo evoluiu e tivemos uma noite maravilhosa juntos, eu amava cada pedacinho dela, a risada, o jeitinho única, ela era perfeita e feita especialmente pra mim. Amanhecemos o dia nos tocando, nos amando, nos beijando. O sexo com ela era incrível, muito mais do que eu achei que seria. Próximo da hora dela ir embora, tomamos um banho e café juntos e eu a deixei na emissora para cumprir os compromissos do dia.

Eu não participaria do dia 101 mas combinamos de nos encontrar quando tudo acabasse.

Docshoe - AfterOnde histórias criam vida. Descubra agora