Cidade

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Adriana Silva

A Andreia acordou atrasada para ir para a universidade, ela despachou-se e fez tanto barulho que me acordou.

- Adriana desculpa, mas tenho que ir para a universidade. Vemo-nos depois sim? - Afirmo, resolvo despachar-me também e ir passear pela cidade, não ia ficar fechada ali num dia lindo de sol, peguei no cartão suplente do quarto, agarro nas minhas coisas, como alguma coisa no quarto e levo outras coisas para comer no caminho e depois saiu do hotel.

Saí do hotel e ponho no Google Maps, enquanto andava distraída sinto um rapaz bater em mim. Reconheço-o de imediato, mas não digo nada, autocontrolo ativado, com sucesso.

- Desculpa! Peço-te imensas desculpas. - disse.

- Não faz mal. - disse apenas.

- Sinto que me conheces! - Olho para ele e ergo as sobrancelhas.

- Talvez. - digo.

- É injusto saberes os nossos nomes e nós não sabermos o teu. - disse e eu neguei a sorrir.

- Quem quer saber? - Ele olhou para mim como se dizesse "Boa miúda!"

- Henrique Araújo! - Esticou a mão.

- Adriana Silva! - disse a cumprimenta-lo.

- Vais passear? Nós também. - disse e eu engolo a seco. - Não queres vir connosco? - Ele largou a minha mão.

- Não... Não quero incomodar. - disse a afastar-me lentamente dele.

- A mim não me incomodas. - disse. - Tenho a certeza que não incomodas nenhum deles.

- Não quero problemas. - disse apenas a lembrar do segurança.

- Tu é que sabes, vemo-nos por aí! - Sorri e vejo-o afastar-se e a  ir até o autocarro. Passo as mãos pelos cabelos, a sério Adriana? Que burra.

- Precisa de ajuda? - disse um homem.

- Não obrigada! - disse a afastar-me dele.

- Tem a certeza? - Disse a aproximar-se de mim.

- Tenho a certeza! - digo e ele negou a aproximar-se mais.

- Adrianaaa! - A voz do Araújo foi ouvida e ele abraçou-me a beijar-me a testa. - Estás boa, há imenso tempo, que não te via! - disse e o homem afastou-se. devagar.

- É não nos viamos há muito tempo. - disse a meter conversa, ele ainda estava abraçado a mim, e puxava-me para perto dos outros.

- Tens que ter mais cuidado, ADriana! - disse já a metros dos outros e a acentar o meu nome alto.

- Eu tenho cuidado, HeNrique!

- Convido-te mais uma vez, nós vamos ver a cidade, podes vir connosco! - Olho para os outros que assobiavam para os lados, enquanto o Neves olhava para mim.

- Não sei! - disse.

- Mister. - Vejo o Roger a afirmar.

- Vamos ou não? - Ele puxou-me para dentro do autocarro e eu não tive lá grandes escolhas. Ele sentou-se na poltrona a minha frente e empurrou o Neves para sentar-se ao meu lado. Não disse nada. Vejo o Neves pegar no telemóvel e os outros também, por isso penso que estejam a falar em grupo. Peguei no meu e a Andreia liga-me, atendo.

Chamada On

Resolvo falar em Alemão

Hello!

- Falas em alemão porquê?

Porque não posso falar em Português.

- Mas logo alemão? Fogo. Que coragem. (Ela respondia-me em Português) - Mas onde estás?

Barcelona | João Neves | ACABADAOnde histórias criam vida. Descubra agora