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Leiam as notas finais!!!
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📍 Rio de Janeiro, RJ
18 de novembro 2022, 07:48AM


Analiso o sol fraco começar a aparecer por entre as nuvens, enquanto dou pequenos goles no meu café preto.
Para ser sincera, detesto tomar café seja puro ou com leite, mas pela noite mal dormida que tive me vi na obrigação de ingerir cafeína pura com pouquíssimo açúcar.

Tenho que estar no aeroporto antes das nove, que é quando sai o vôo para o Qatar, por isso resolvi me arrumar mais cedo e desfrutar um café da manhã com calma. Dou um último gole no café e levo a xícara até a pia, a lavando logo em seguida.

— Já acordada querida? — mamãe pergunta, assim que aparece na porta da cozinha. Eu me viro, limpando as mãos.

— Não dormi muito bem, então resolvi me arrumar mais cedo — expliquei e ela se aproximou. Passou os braços pelas minhas costas e me aninhou em um abraço caloroso.

— Já deu tudo certo querida — ela fala me abraçando um pouco mais apeetado antes de se afastar e beijar minha testa. — Vou fazer um lanchinho leve para você levar e comer no caminho, ta bom? — ela fala abrindo o armário e pegando o saco de pães bisnaguinha, junto a outras coisas.

— Bom dia família — meu irmão chega esbanjando animação e um sorriso enorme, mesmo que tenha uma cara inchada e marcada pelo travesseiro. — Bom dia coisinha linda — diz para mim e deixa um beijo estalado em minha bochecha. O olho com o cenho franzido em completa confusão.

— O que tu quer? — pergunto de vez, e ele leva as mãos até o peito e abrindo a boca fingindo estar chocado

— Como você pode pensar que eu quero alguma coisa? Nunca fui interesseiro — ele diz e mamãe lhe olha discretamente enquanto passa o patê nos pães.

— Nunca foi, só quando se ofereceu limpar meu quarto e lavar minhas roupas só para eu trazer a Lavínia aqui em casa — o exponho e ele arregala os olhos para mim.

— Lavínia? Quem é Lavínia, Pedro? — pergunta papai pegando a conversa no ar.

— Ninguém pai, sua filha que ta delirando aí — ele responde me lançando um olhar ameaçador enquanto arrasta uma cadeira para se sentar.

— Sei — meu pai responde desconfiado, dando a volta na mesa e beijando a testa de mamãe que sorri em resposta. Ele beija minha testa também e depois se senta. — Já tomou café querida? — papai pergunta a mim e eu balanço a cabeça positivamente.

— Ótimo, sobra mais comida — Pedro diz alisando as mãos enquanto olha para os pães que mamãe ainda está preparando.

— Tira a mão daí, seu atrevido. Isso é para sua irmã — ela diz quando ele menciona roubar um pão. Ela os coloca dentro de uma vasilha quadrada e deixa em cima da mesa, se juntando aos outros para tomar seu café da manhã.

— Tenho quanto tempo sobrando? Não quero perder a hora de lhe levar ao aeroporto — papai diz preocupado.

— Na verdade, não vai ser necessário vocês me levarem até lá. Disponibilizaram um carro para nos levar — eu explico e ele assente. O conhecendo como conheço, certeza que ele não gostou muito da ideia de não me levar até lá mas também não vai se opor a isso.

— E com quem você vai viajar? — Pedro pergunta.

— Sarah, Roberta e Daniel — digo.

— Hmm, Daniel de sorte. Rodeado de mulher — ele brinca sugestivamente.

CONSEQUENCE | jude bellingham Onde histórias criam vida. Descubra agora