Capítulo 13

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Saio de casa sem pensa duas vezes e começo a ouvir tiros longes e  mais fogos sendo estourados, resolvo ir em direção a pracinha, não sei se eles ainda  estão por lá, assim que eu desço uma quadra vejo uma moto parar na minha frente...

Falcão: sobe ai (Arthur tá grudado nele se tremendo), eu subi atrás e abraço ele o máximo que consigo pra tentar proteger o Arthur... Ele vai direto pra casa dele, abre o portão e eu entro com o Arthur, olho pra trás e vejo o portão fechar e ele subir na moto enquanto puxa a arma e sai cantando pneus.. entro na casa junto com o Arthur a casa é linda, toda chique, com mesas grandes e sofás retrátil, uma *_tv_* de umas 72 polegadas e o chão de porcelanato, tudo beeeeem organizado e nem se quer parece que mora um homem e uma criança dentro dessa casa.. Arthur me chama e me mostra o quarto dele, tudo beeem organizado, cheio de brinquedo, ele escolhe um carrinho e eu fico ali brincando com ele, enquanto lá fora os tiros continua, e meu coração acelerado enquanto Arthur parece não se importa.. uns minutos dps vejo que o Arthur está com sono, então deito ele na cama e fico sentada do lado da cama, vendo ele dormir.. uns 20 minutos dps os fogos e os tiros param e eu escuto um barulho no andar debaixo, desço com cuidado pra ver oq se trata... E vejo falcão entrando rapidamente e deixando uma poça de sangue, corro até ele pra ver se está ferido e quando me aproximo vejo o braço dele enrolado com uma faixa, que já estava enxarcada, quando me aproximo pra tirar a faixa ele me afasta de forma bruta.

Falcão: eu não preciso de ajuda (diz e sobe as escadas)

Uns minutos dps desse com um short e outra blusa, o braço sem a faixa e os cabelos molhados, indicando que ele tomou banho, o braço dele continua sangrando e ele tá com um pano passando encima do ferimento.

Jully: isso não vai estancar o sangue.

Ele ignora

Jully: você diz que não é um monstro, mas não aceita ser ajudado.. (falo me aproximando olhando o braço dele)

Falcão vira o braço em minha direção sem dizer uma palavra e eu consigo ver que foi de raspão, mas mesmo assim está feio o ferimento..

Jully: vamos no pronto socorro, pra eles limparem bem e te dar medicação, se não pode inflamar.

Falcão: não vou pra poha de lugar nenhum ( fala estupido)

Ignoro e continuo o encarando.

Falcão: se você quiser, vc cuida se não, deixa aí. Uma hora melhora (diz e caminha em direção ao quarto do Arthur)

Homem teimoso (penso)

Sigo ele e vejo ele olhando o filho dormir, com um sorriso no rosto.

Jully: tem algum kit de primeiro socorros (pergunto já prevendo a resposta)

Falcão: tenho, sou pai né (diz sai e volta com uma caixinha cheia de medicamentos, soro, gases... Me questiono se de fato é pro Arthur, mas resolvo guardar pra mim esse pensamento)

Ele se senta do lado da cama do Arthur e eu começo a limpar o ferimento dele com soro e gazes, passo uma pomada anti inflamatório e fecho com gazes e micropore enquanto cuido dele ele me encara com um olhar que instantaneamente me deixa sem jeito...

Falcão:

enquanto a doutora cuida do meu braço, percebo o quanto ela é linda, cheirosa e cuidadosa, mesmo eu quase matando ela a uns dias atrás ela está aqui ajoelhada me ajudando ou ela é louca, ou acha que está em um filme de ação, onde ela é a mocinha e eu o vilão...

Dou risada em meu pensamento e vejo o olhar dela confusa.

Jully: tá delirando já? (Pergunta confusa, fazendo uma cara muito linda)

Falcão: talvez, então por favor não faça essa cara, se não eu serei obrigado a fazer coisas que eu não posso.

Assim que eu falo vejo o rosto dela ainda mais confuso e dou risada novamente, essa mulher é a minha perdição menor, e eu preciso manter ela longe de mim, o mais longe que eu conseguir, pq nunca me senti assim, nem com a doida da Luana, e eu sei que não posso baixar minha guarda... Me levanto e estendo a mão pra ela levantar.

Falcão: vamos, vou te levar embora

Desço as escadas e assim que chego no final me viro pra encarar ela...

Jully: pq vc tá me olhando com essa cara? (Pergunta confusa)

Falcão: eu já disse pra não me olhar assim (digo a encarando)

Jully: pq?

Falcão: pq disso (Falo e puxo ela para um beijo)

O beijo era calmo, mas tinha muito desejo, era como se eu esperasse isso desde a primeira vez que a vi naquela praça... De repente ela me empurra e se afasta.

Jully: nunca mais faça isso (diz séria me dando um tapinha no ombro)

Eu dou um sorriso e me aproximo dela novamente, que dá uns passos pra trás e para na parede.

Falcão: sua _boca_ diz uma coisa e seus olhos outra( digo enquanto sussurro próximo ao ouvido dela)

Ela não responde, mas eu sinto seu coração acelerado, começo a distribuir beijos no pescoço dela e ela arranha minha nuca, nesse momento eu não tenho mais controle nenhum, pego ela no colo e volto a beijar ela, pressionando ela na parede e roçando meu amigo nela, começo a apertar a bunda dela e vejo ela sorrindo no meio do beijo, tiro minha mão da bunda dela e coloco por dentro da blusa dela e começo a fazer carinho no seu peito e sinto ela apertar suas pernas na minha cintura, começo a  roçar nela com mais força, mas sou forçado a parar quando escuto uma voz me chamando longe.... POHA

Arthurzinho: paaaaaai (grita)

Eu olho pra ela e a desço, não falamos uma palavra eu apenas me viro e subo correndo, vejo que ele teve um pesadelo e fico na cama com ele, alguns minutos depois  escuto o barulho do portão e já sei oq aconteceu...

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