Capítulo 23

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Escutamos um barulho na porta e ele se levanta pra atender, ele olho no olho mágico, abre a porta e é a quenga da recepção.

Xxx: vim avisar que ainda tem almoço no restaurante, caso queira comer outras coisas também, pode me procurar (diz mordendo os lábios)

Falcão revira os olhos e me olha.

Falcão: vai querer almoçar, morena ?  (Diz frizando a última parte)

Jully: eu tô sem fome, mas o Arthur vai acordar com de fome, então é melhor descermos para ele comer.

Falcão assente e fecha a porta na cara da mulher, eu confesso que dou risada por dentro. Acordo o Arthurzinho que depois de muita manha, finalmente abre os olhos... Lavo o rosto dele para que ele desperte, assim que ele acorda vamos comer, chegamos no restaurante e eu vejo aquela mesa self service, linda, cheia de comida, tinha de tudo. Arroz, macarrão, lasanha, nhoque, escondidinho, purê, nuggets, almôndegas, batata frita, bife, frango cozido, frito e empanado, peixe.. eu olhei pro Arthurzinho que parecia que não via comida a um século dei risada e vi que falcão já estava colocando o prato deles. Então escolho uma mesa e sento, não posso comer... Não posso voltar pra casa com 1kg a mais, se não minha vida vai ser ainda pior, quando penso em casa me lembro que já estou 24 hrs sem dar notícias para os meus pais e para as meninas, suspiro já imaginando oq irei ouvir.. falcão se aproxima e põem um prato na minha frente e um na frente do Arthur eu o encaro confusa.

Falcão: voce vai comer, não vi você comendo nada até agr, então sem desculpas, coloquei pouca quantidade, lasanha bife batata frita e saladas. (Diz e sai indo por o prato dele)

Arthur: somos duas crianças tia (diz rindo)

Jully: seu pai é um folgado.

A princípio decido ignorar a comida,  mas sinto meu estômago roncar então decido comer só um pouquinho, espero o falcão chegar e começamos a comer em repleto silêncio, ele pega uma coca e um suco de maracujá pra mim, pq eu avisei que não bebo refrigerantes, lembram meus planos de não comer tudo? Foi por água a baixo, eu comi meu prato e queria mais o falcão me olhava com um sorriso de satisfação e eu morria de vergonha... Assim que ele e o Arthur terminaram de comer, falcão nós levou pra mesa dos doces, lá estava repleta dos melhores doces, brigadeiros, tortas, muses, pudim, bolos e sorvetes, faço uma mistureba com um pouco de tudo e os meninos me seguem... Terminamos de comer e o falcão nós chama pra sala de jogos, lá tem um monte de criança então rapidamente o Arthur nos abandona para ir brincar enquanto eu e falcão, vamos jogar sinuca eu perco, mais vezes do que consigo contar.

Falcão: na aula de medicina, devia ter uma matéria para ensinar a jogar sinuca, pq você não tem coordenação nenhuma, ainda bem que não é Cirurgiã (diz rindo)

Jully: eu tenho sim, mas essa bola tem vida própria e me odeia..

Falcão: você não tem coordenação nenhuma, eu que não quero ser atendido por você.

Jully: que isso, me caluniando, sou ótima profissional. (Falo fazendo bico)

Ele da risada enquanto me vê errando novamente uma bola na boca do buraco, finalmente ele desiste de jogar comigo e nos sentamos nos puffs só analisando as crianças correndo e brincando.

Falcão: como eu queria merecer uma mulher como você (diz mais pra ele do que pra mim)

O encaro confusa

Jully: como assim? Uma mulher como eu ? Pq você não merece ?

Falcão: sim, uma mulher sem frescura, doce, autêntica, sincera e de um bom coração... E um tanto doida da cabeça (diz rindo)

Jully: e pq não merece? (Falo um tanto brava?)

Falcão: essa não é minha realidade Jully, esse sou eu 1 vez na semana, sou eu com o Arthur... Quem eu sou de verdade? Eu  sou o falcão, dono do morro, que mata qualquer um que entrar no meu caminho, sem querer saber o nome... Você é uma médica, de família, merece alguém a sua altura (diz e vira o olhar)

Eu não sei explicar, mas isso me atinge, mas do que eu gostaria.

Falcão: eu sou destrutivo, você merece mais.

Jully: eu não acho que você seja o falcão dono do morro, não o tempo todo eu acho que aqui, é o Diego, um pouco perdido e danificado, mas um homem paciente, prestativo, carinhoso e empático.

Falcão: nem sei o que é empático, então sou não. Eu não sou ninguém Jully, nem vou ser, não posso querer algo que eu sei que eu vou destruir.

Jully: em semanas eu vou embora.. e eu estou aqui mesmo sabendo que as meninas irão me matar, sabe pq?

Falcão: pq é doida. (Diz rindo)

Jully: um pouco, mas pq depois que eu for embora nada disso, fará mais parte da minha realidade, então prefiro colecionar momentos do que passar vontade e se eu te achasse um doido estaria bem longe de você... Eu acho que você não é um monstro, apesar de preferir ser visto assim. Se você se permitisse viver o que tem vontade, seria mais feliz, mais leve e teria menos problemas, não tô te pedindo em casamento, só quero que você se permita fazer o que da na telha e ouvir mais seu coração do que a razão, não pode ser o Diego no morro? Ok, seja ele fora dele, pelo menos com quem te ama ou te quer bem  (Digo e pego na mão dele)

Ele me encara e eu não consigo decifrar oq se passa na cabeça dele...

Falcão: vamos aproveitar esse tempo que falta pra você ir embora, sem arrependimentos, ok? quero que construa as melhores memórias e que sempre se lembre de quando  você foi você  mesma, marrentinha  (Diz com um sorriso de criança travessa)

Jully: e se eu falar que não quero?

Falcão: tarde demais pra isso (diz rindo enquanto me encara com um olhar indecifrável)

Concordo ele levanta e me puxa, sai me arrastando pelo hotel...

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